Ah, o ócio. Aquela velha denotação de ficar desocupado, sem fazer nada, apenas você e sua mente fazendo companhia uma a outra. Sempre odiei o ócio, vocês sabem disso. “Quando permanecia em casa sem fazer nada, ocioso, ficava maluco tentando ocupar meu tempo”. Ser consumido por ele sempre significou para mim ter que lidar com meus pensamentos que, depois de Vicente, foram clareados ainda mais - fugir do ócio não é saudável, viver essa rotina fajuta muito menos. Consumia-me por culpa do meu medo em perceber que nada possuía sentido, que essa era a verdade. Entretanto, agora tudo parecia diferente. Ser apenas mais um não é quem eu sou, não uma engrenagem, não uma peça mediana.