MarcelinoRodriguez

O BRASILEIRO E O LIVRO / Marcelino Rodriguez
          	
          	Dentre tantas as constatações que já fiz sobre a deficiência da educação no Brasil, a mais dramática é que o brasileiro não tem noção alguma da essência do livro. Ele sabe apenas que o livro é um objeto. Ele não vê o livro como uma parte do espírito da vida, e uma das mais importantes, sem dúvida.
          	
          	O homem sem conhecimento e sem uma mínima cultura sabe pouco, ´pensa pouco, produz pouco e desperdiça muito. O livro na verdade é a escova de dente do espírito, se me permitem a metáfora inusitada. Como escritor, evidente que essa ignorância consentida e essa indiferença em relação ao livro, dói mais. Pude sentir na pele o desconhecimento da importância do livro por parte da população.
          	
          	Para o brasileiro médio, um livro não é algo diferente de um artesanato de madeira ou que um porta CD. È apenas um objeto sem substância viva  de vida, para ele. Algo descartável.  Quem conhece pouco, valoriza pouco.  O que está contido nos livros não são apenas palavras, mas espírito. O que deve ser feito para se mudar essa cegueira absurda, que muito me estranha que mesmo muitos intelectuais não tocam  no assunto? 
          	
          	Em primeiro lugar, denunciar o crime. O país é um dos mais atrasados do mundo no quesito leitura, que bem poderia passar a ser uma matéria escolar. Por que não? Se isso é barato e necessário? Com investimento na leitura na base educacional garanto que em duas décadas a economia do país e a qualidade de vida vão melhorar em no mínimo, trinta por cento. Teremos uma gente mais qualificada, com senso crítico, consciência, imaginação, maior empatia humana, mais responsabilidade e menos preguiça mental.
          	
          	Com uma população nutrida de livros, a vida aqui deixará de ser uma mera luta pela sobrevivência para passar a ser alguma coisa mais interessante para todos. Como dizia tantos sábios, só há um bem, o conhecimento; só há um mal, a ignorância. Uma população que não lê é uma população de ignorantes.

MarcelinoRodriguez

O BRASILEIRO E O LIVRO / Marcelino Rodriguez
          
          Dentre tantas as constatações que já fiz sobre a deficiência da educação no Brasil, a mais dramática é que o brasileiro não tem noção alguma da essência do livro. Ele sabe apenas que o livro é um objeto. Ele não vê o livro como uma parte do espírito da vida, e uma das mais importantes, sem dúvida.
          
          O homem sem conhecimento e sem uma mínima cultura sabe pouco, ´pensa pouco, produz pouco e desperdiça muito. O livro na verdade é a escova de dente do espírito, se me permitem a metáfora inusitada. Como escritor, evidente que essa ignorância consentida e essa indiferença em relação ao livro, dói mais. Pude sentir na pele o desconhecimento da importância do livro por parte da população.
          
          Para o brasileiro médio, um livro não é algo diferente de um artesanato de madeira ou que um porta CD. È apenas um objeto sem substância viva  de vida, para ele. Algo descartável.  Quem conhece pouco, valoriza pouco.  O que está contido nos livros não são apenas palavras, mas espírito. O que deve ser feito para se mudar essa cegueira absurda, que muito me estranha que mesmo muitos intelectuais não tocam  no assunto? 
          
          Em primeiro lugar, denunciar o crime. O país é um dos mais atrasados do mundo no quesito leitura, que bem poderia passar a ser uma matéria escolar. Por que não? Se isso é barato e necessário? Com investimento na leitura na base educacional garanto que em duas décadas a economia do país e a qualidade de vida vão melhorar em no mínimo, trinta por cento. Teremos uma gente mais qualificada, com senso crítico, consciência, imaginação, maior empatia humana, mais responsabilidade e menos preguiça mental.
          
          Com uma população nutrida de livros, a vida aqui deixará de ser uma mera luta pela sobrevivência para passar a ser alguma coisa mais interessante para todos. Como dizia tantos sábios, só há um bem, o conhecimento; só há um mal, a ignorância. Uma população que não lê é uma população de ignorantes.

ClaudinhaSA

Querido, poste para nós. Conheço suas obras e acho um desperdício não compartilhar com os demais leitores. Aguardando resposta.

MarcelinoRodriguez

@ClaudinhaSA TRECHO DE MAIS VAZIO QUE O PARAÍSO, LANÇAMENTO 2015 DE MARCELINO RODRIGUEZ
            
            
            A EVA SECRETA
            Para A.C
            	Existe um momento em que o Deus do velho testamento nos visita, e assim como com Abraão, nos coloca num precipício.  O homem inteligente havia calculado tudo, com lógica; nada podia dar errado.  Faltava apenas mais uma cartada e a vitória era certa. Nada podia dar errado. 
            	Mas deu. 
            	Justamente no momento mais delicado da travessia das trevas para a luz. O homem inteligente chorou em seco, desestruturou-se. Caiu no mundo dos arquétipos infernais. Sentiu-se traído diante do deus mudo do espaço. 
            	Foi como uma morte. 
            	Na solidão absoluta, ele pede ajuda ao seu passado, uma mulher,seu sonho de juventude. Hoje uma bela quase senhora, com o mesmo sorriso que o derreteu sempre. 
            	“Fique por perto esses dias”, ele pediu. 
            	Ela disse que sim, e ele sabe que ela o entendeu. 
            	Conversa sozinho com Eva, no seu mundo particular.
            	“Sei que você tem limites, mas eles serão sempre medidos por você”, escreve-lhe. 
            	Subjugado pelo deus do velho testamento, poderoso e trágico, ele vai suportando as horas com uma única doçura rosa no coração: aquele afeto de três décadas quase, no qual ele se refugia, sonha, fazendo dela sua mãe, amiga, irmã, amante, enquanto estremece por dentro. 
            	Ela está dentro dele. Sempre esteve. Basta despertar e lá está a Eva o conduzindo.  Agora é segunda-feira e o homem vai encarar o deus do dente por dente, sem graça e absurdo. Mas agora ele vai com sua Eva, a força da mulher.
            	-- Senhor, por que meu livro? 
            Agosto, 2014.
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MarcelinoRodriguez

@ClaudinhaSA 
            
            
            Penso comecer a escrever o livro das fantasias secretas de um homem solitário para 2016.
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