Sua história.

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É difícil saber como ela sobreviveu até os vinte anos de idade...
Completamente sozinha no mundo, sem amigos ou familiares com quem pudesse contar, sua mãe morreu durante o parto e ela não sabe sequer quem é seu pai. Viveu seus piores anos presa em um orfanato, sempre sendo desprezada por adultos e crianças. Ter seu sobrenome não era motivo de orgulho; ser uma pertencente do clã Hinui era um crime brutal para uma criança inocente.

As coisas mudaram um pouco quando conseguiu fugir. Com sete anos, morou na rua e ali aprendeu a roubar. Percebeu que era boa até demais nessa "habilidade". Era uma criança que, mesmo com todas as dificuldades, não deixava de frequentar a escola. Inclusive, era a melhor aluna e tinha um futuro promissor.

Aos onze anos, começou a fazer trabalhos menos honestos. Basicamente, "ensinava" lições aos que precisavam. Se fosse bem paga pelo serviço, ela até matava. Futuramente, conseguiu alugar um loft, pequeno, porém confortável.

Conforme foi crescendo e se tornando uma ninja melhor, começou a sentir os olhares de inveja caírem sobre ela. Sabiam que seu nível poderia evoluir além do que aquele pacato vilarejo poderia suportar.

Os dezoito anos chegaram num piscar de olhos. A maioridade não era algo tão sonhado, mas agora ela poderia trabalhar honestamente cuidando da vila. Estava voltando para casa, mas algo parecia errado. Pensou estar sendo seguida; talvez fossem apenas paranoias.

°•°

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O líder da vila, Takashi, tinha muita inveja da garota Hinui, o sentimento era tão forte que ele resolveu agir contra ela, a incriminou de ter roubado a vila, fazendo com que ninjas fossem até o apartamento dela, dispostos a lhe matar.

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Ao adentrar em seu lar, aquela estranheza a invadiu novamente, mas dessa vez estava cautelosa, segurava a espada que sempre carregava com si, e não estava errada. Cinco ninjas surgiram da escuridão assim que ela caminhou para frente, ela precisou ceifar a vida deles, pois agiam na intenção de tirar a sua própria. A garota sabia quem era o mandante daquilo, dominada pela sede de vingança correu até a casa do líder, o prédio principal.

Matava as pessoas que tentavam impedi-la ou que estavam em seu caminho, a família de Takashi foi morta, havia uma vontade interior que a fez agir de maneira irracional, ela era um animal incontrolável.

- Vejo que conseguiu escapar, boa garota. - disse Takashi quando viu o sangue na espada da menina. - Não queria sujar minhas mãos, portanto esse é o único jeito... - foi em direção a ela com a kunai, mas foi acertado sem piedade no peito com a katana.

- Por que esse ódio todo? Nunca lhe fiz nada. - segurou a espada cravada no peito do líder.

- Você é uma ameaça pra toda nossa vila...- naquele momento sua respiração enfraqueceu e em seguida parou de respirar.

A Hinui sabia que seria procurada, então a decisão que tomou era fugir daquela vila, correu em direção a floresta. Já estava longe o suficiente e não sentia estar sendo seguida. Era uma noite escura, não havia estrelas no céu, apenas a lua cheia e uma brisa gelada indicando que a chuva chegaria nos próximos dias. Ela estava cansada, teve que improvisar uma cama em cima de uma grande árvore, seria o local mais seguro.

Passou a madrugada praticamente em claro, aquilo que Takashi havia dito não saía da sua mente, por que ela seria uma ameaça? Não conseguia entender isso, ela não era má, a situação que tinha lhe tornado a vilã.

Quebra de tempo...


O sol estava iniciando o dia no céu, o clima estava levemente frio, mas era algo da manhã, desceu da árvore seguindo seu rumo para um destino longe e incerto, mas era certo que precisava comer e roupas para vestir. Ainda não havia caído a ficha que agora era uma procurada, sua vida estava indo tão bem, esse balde de água fria fez com que todos seus sonhos e desejos saíssem fora de órbita, levando eles para outra pessoa, em outra realidade.

Avistou um pequeno vilarejo no horizonte, conforme se aproximava do portão da cidade pode ver várias barraquinhas enfileiradas ao longo de uma rua. Tentou se inflitrar entre os turistas, desse jeito poderia roubar sem ser notada, o que pra ela não era algo difícil.

Cada barraca que passava puxava assunto com os vendedores que ficavam hipnotizados pela sua beleza, e então roubava algo. Ao fim da rua sua mochila estava cheia, havia comida o suficiente para uma, ou até duas semanas se economizasse.
Ela seguiu viagem para longe, sabia que não poderia ficar por ali enquanto a poeira não baixasse, teria que morar no meio do mato.

- Pov [Nome] -

O acidente havia ocorrido duas semanas atrás, eu já me encontrava bem longe daquela vila. Hoje o dia estava ensolarado, seria uma ótima oportunidade para treinar, eu estava concentrada quando ouvi algumas vozes distantes. Rapidamente peguei minha katana e me escondi.

- Senpai como vamos achar ela? Se não temos nenhum rastro. - a voz do homem era completamente irritante e um pouco infantil.

- Para de me chamar assim, hm! Você esqueceu que Pain mandou nós aqui?! Ele sabe o que faz, hm! - o outro era irritado e suas frases terminavam com "hm".

- Agora eu entendi senpaaai. - ele prolongou a última palavra.

Será que eles estavam falando de mim? E quem é esse Pain?

- Ei! você aí. Saía!! Não pode se esconder, hm.

Ele me viu, eu havia sido distraída e deixado minha mochila ao pé da árvore, burra. Sai do esconderijo segurando a katana empunhada, qualquer movimento suspeito eu agiria.

- É ela senpai?

- Sim, e não parece ser tão esperta... - falou sorrindo de maneira debochada.






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"Sou maior que meu corpo
Sou mais fria que esta casa
Sou mais cruel que meus demônios
Sou maior que esses ossos
E todas as crianças gritaram: "Por favor, pare, você está me assustando.""

Yѳu ɑɳɗ ɑkɑtรuki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora