Yѳu ɑɳɗ ɑkɑtรuki +18

Tadinho do bagre

A roxeada estava parada em frente a porta de meu quarto, ela segurava dm mãos uma pequena maleta, convidei a entrar dando espaço em seguida para ela passar. Sentamos nas poltronas do canto.

- Pain pediu para que viesse aqui para lhe ajudar com as unhas.

-O que tem minhas unhas?

-Temos que pintar as unhas, é uma regra na Akatsuki. - ela abriu a maleta e puder ver alguns tons de esmalte.- Posso te ajudar a escolher a cor, o que acha desse pretinho básico?

Regra? Um tanto quanto engraçado...

- Ah claro, pode ser.

A roxeada preparou os materiais necessários para a pintura, ela parecia ser uma pessoa pouco comunicativa, eu via que a mesma se esforçava para conversar comigo, falamos sobre coisas não tão pessoais, até que chegamos em algo um pouco pessoal demais, queria criar algum vínculo com a garota, e achei ser uma boa ideia fazer aquela pergunta.

-Konan você já pensou em ficar com alguém da Akatsuki?

-Não nunca... - pude perceber o leve tom de vergonha em sua voz

-Desculpe, mas está claro que é mentira.

-Esta tão na cara assim? - ela não tentou disfarçar

- Acho que se trata de intuição, o jeito que você olhava para Pain ontem era suspeito.

- Só ele não percebe... - ela parecia decepcionada

- Você tentou tomar iniciativa?

- Sim... Cantadas, palavras de duplo sentido, roupas curtas, mas recebi apenas o mesmo olhar duro e sério de sempre, quem notou foi apenas o babaca do Hidan.  Acho que o Pain não me vê como uma mulher, apenas como colega de trabalho.

-Pra ser sincera, ele provavelmente é lerdo. Quem não veria você - dei ênfase na palavra.- como mulher? Uma obra de arte dessas, que foi esculpida pelos deuses!! - ela sorriu tímida e com as bochechas coradas, fofa.

- Acho que homens são burros...

- Eu tenho certeza!

Ela deu uma risada gostosa, era tão linda e ficava ainda mais quando ria, seu sorriso brilhava e o som que fazia era confortante, meu tempo parou quando vi ela rir, poderia ficar parado, mas fui despertada com sua doce voz dizendo que havia terminado de pintar minhas unhas, conversamos por mais alguns minutos até que fosse a hora do almoço.

A mulher me acompanhou até a cozinha, ao chegar puder ver todos os homens sentados, exceto Pain, a mesa de madeira era grande e tinha mais de quinze lugares, sentei ao lado de Deidara e frente a Hidan, que por sua vez me comia com os olhos. O cheiro que exalava no ambiente era maravilhoso, pude perceber o moreno alto, Itachi, lidando com o almoço, ele era hábil com o que fazia.

- Qual é seu clã mesmo?

- Hinui. - tentei ser o mais séria possível.

- E o que tem de especial para você estar aqui? - me olhou com desdém.

Mas como sou uma mulher adulta, eu apenas lhe ignorei, já que ele agia de forma imatura.

- Babaca, hm. - disse Deidara.

- Sim sou, loirinha. - provocou o homem, que levantou da mesa em um impulso.

- Do que me chamou?

- Loirinha. - Hidan agiu de maneira debochada.

O moreno das cicatrizes revirou os olhos vendo a cena, Sasori, o garoto ruivo, levantou e falou algo no ouvido de Deidara, que o fez sentar-se, em seu rosto ainda havia raiva, pelos seus olhos era possível vê-lo torturando Hidan .
A

atenção se voltou toda a Itachi, ele trazia uma travessa que tinha um cheiro espetacular.

-Comam e calem a boca.

-Que porra é essa? - Kisame diz totalmente incrédulo - Você fez peixe assado?

-Simples, não coma. - falou sem importância.

- É o que farei. - levantou-se bravo, foi em direção as escadas. - Estou extremamente decepcionado com você. - enquanto ele subia, era possível ouvi-lo resmungar.

-Mas ainda tem arroz! - gritou Hidan.

-Vai tomar no meio do seu cu! - completamente irritado, bateu a porta assim que entrou em seu quarto.

O garotos riam com a cena, confesso que achei engraçado, mas o almoço estava apetitoso e realmente delicioso, o sabor e a textura eram perfeitos. Após aquilo, Kisame não saju do quarto, todos que comeram se dispersaram para algum lugar da casa, fui a última a terminar de comer, Itachi foi um dos últimos, mas ele me pareceu estar mais pensando do que comendo. Me levantei juntando alguns pratos sobre a mesa, o moreno me acompanhou, levei até a pia e comecei lavar a louça.

- Não precisa. - o homem falou quase num sussurro.

- Quero ajudar.

Ele não contestou, chegou ao meu lado com o pano de prato, enquanto eu lavava, ele secava, não trocamos olhares, muito menos palavras, o silêncio não era perturbante. Após terminar, fui até a sala, Itachi provavelmente subiu para seu quarto; Deidara, Tobi e Konan estavam assistindo um filme de terror, pareciam indignados com o filme, eles diziam como os personagens eram burros. Sentei ao lado de Konan, ela sorriu graciosamente para mim, Deidara brigava com Tobi, o mascarado abraçava o loiro nos momentos que a criatura aparecia, fingindo medo.

-Para com isso, hm!

- Tobi tá com medo.- disse se agarrando ainda mais ao homem.- Deidara-senpai sempre me protege.

- Me solta caralho!!

Meu olhar saiu dos dois e foi parar em Hidan, estava sentado em outro sofá, me encarava descaradamente, olhei fixamente em seus olhos e pisquei para ele, o mesmo desviou o olhar, passando a assistir um filme, pude ver um sorriso cafajeste surgir em seus lábios, babaca.

Quando encarei a mulher ao meu lado, vi que a mesma dormia tranquilamente, tão doce, doce demais para uma criminosa. Levantei calmante do lugar, com cuidado peguei Konan em meu colo, ela não era pesada, iria levá-la até seu quarto, o sofá seria desconfortável para dormir, subi as escadas até ouvir a voz de Hidan, virei para vê-lo.

-Vou começar a dormir no sofá, talvez algum anjo me leva para meu quarto, né  Deidara? - cutucou o loiro com o cotovelo, ele ria maliciosamente para mim.

-É melhor perder uns bons quilos, hm. - disse Deidara.

- Cala sua boca loira oxigenada.

Outra discussão se iniciou ali, dessa vez com um apelido novo. Levei a mulher até seu quarto, deixei a gentilmente sobre a cama, ela proferiu um suave e sonolento "obrigada". Fui para meu quarto, após entrar sentei escorada na cabeceira, peguei um caderno e caneta na cômoda, comecei a rabiscar coisas perdidas em minha mente. Aos poucos os riscos foram tornando-se uma figura masculina, o mesmo se fazia presente em meus sonhos, eu me perguntava quem era ele.
Aos poucos meus olhos se fecharam e adormeci com meus pensamentos.