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Eu conseguia ouvir o som de um bip continuo e vozes abafadas ao meu redor, sussurradas, tentei abrir meus olhos os sentindo pesados e senti uma dor latejante em todo meu corpo, principalmente atrás da minha cabeça.

As lembranças me atingiram com força, passando pela minha mente, o bip parecia apitar mais rápido e eu forcei as minhas pálpebras a se abrirem, uma luz forte atingiu meus olhos, pisquei tentando me acostumar, até minha visão se ajustar.

-Querida

Eu olhei para minha mãe, que atravessou o quarto e veio em minha direção, ao seu lado estava a doutora Kushina, que olhounpara uma prancheta, segurando uma caneta e se posicionou ao meu lado da cama

Mebuki- como você está se sentindo ? Onde dói ? - questionou, passando as mãos pelo meu rosto e meus cabelos, eu senti a tranquilidade novamente, quando vi que minha mãe estava bem, sem nenhum arranhão.

Meus olhos arderam e as lágrimas vieram

Sakura- mãe - forcei minha voz a sair, rouca e no mesmo momento, minha garganta ardeu em reclamação, parecendo queimar por dentro.

Eu vi minha mãe ir em direção de uma mesinha e derramar água de uma jarra em um copo, voltando até mim e me ajudando a beber.

Kushina- como se sente, Sakura ? - perguntou, colocando uma luz em meus olhos e anotando algo na prancheta

Sakura- dolorida

Kushina- eu irei pedir mais uma dose de remédio para dor - ela sorriu de um modo gentil para mim, trazendo conforto - senhorita Haruno - ela se aproximou, deixando a prancheta ao lado da cama - o que aconteceu ?

Eu olhei em direção da minha mãe que também me olhava com atenção, seus olhos demonstravam a preocupação que sentia e isso fez um sentimento de culpa me preencher, crispei meus lábios, não quero mentir, mas também não gosto da ideia de contar o que ocorreu para ela.

Mebuki- por favor, querida - pediu - foram eles ?

Sakura- Kabuto- Respondi, ela arregalou os olhos

Dona Kushina olhou para mim e depois para minha mãe, esperando respostas

Kushina- quem é Kabuto ?

Mebuki- é um dos homens de Sasori - suspirou e eu vi os olhos de dona Kushina brilharem em compreensão, ela franziu as sobrancelhas parecendo irritada e cruzou os braços - o que ele fez a você, Sakura ? - ela perguntou temerosa, olhando para todos meus hematomas

Sakura- ele não conseguiu o que queria, mãe - eu tentei tranquiliza-la, pegando em sua mão e garantindo com um olhar sério - eu fugi

Kushina- ainda será necessário fazer um exame de corpo de delito, com todos seus hematomas- ela pegou a prancheta

Sakura- tudo bem - assenti, quando um lampejo surgiu em minha mente, eu fiquei eufórica - Daisuke, ele....

Kushina- está na lanchonete do hospital

Sakura- o que ?

Kushina- devo dizer, senhorita Haruno, você é muito querida por todos - sorriu - suas amigas estão lá fora, Ino está com Daisuke na lanchonete, irei avisar eles que você acordou, tenho que conversar com sua mãe, eu irei liberar a entrada.

Sakura- obrigada - sorri, recebendo um beijo estalado da minha mãe

Mebuki- logo estarei de volta, querida - ela garantiu, saindo com a dona Kushina.

Não demorou para um trio de meninas entrarem no quarto e se jogarem sobre mim, com um abraço coletivo.

Temari- você quase nos matou - ela lançou um olhar afiado - porque não falou conosco, garota ? 

a babá do meu filhoOnde histórias criam vida. Descubra agora