O ar me parecia um pouco úmido, estendi minhas mãos ao céu, em seguida me perguntei: Será que vai chover? Normalmente este local é sempre ensolarado, então não venha até aqui se não aguentar o calor de 25 graus a cima.
A avó se aproximou de mim, e colocou a mão sobre meu ombro, a chuva começou a escorrer, e meu cabelo se encontrava molhado pelos pingos da chuva.
_Vamos? Acho que não é uma boa ideia pegar um resfriado nas suas férias, nossa aposta ainda está de pé. Disse olhando nos meus olhos.
Ainda calado me levantei e agarrei sua mão, eu me sentia bem em estar sobre seus cuidados, porém eu deveria prova-la que cresci, que aquele garoto que corria em sua direção com o nariz escorrendo havia sido deixado para trás, porém eu não sabia como isto seria possível, eu ainda me sentia um bobo facilmente manipulado, que traz consigo a esperança de dias felizes nos olhos, e um semblante triste.
_Acho que aquele coberto esta pequeno para você, você cresceu mais do que eu esperava este ano.
_não precisa de cobertor, eu geralmente não sinto muito frio, amanhã arrumamos um.
Nervosa a vó veio e me deu um leve tapa sobre a cabeça.
_Idiota! Em momento nenhum eu disse que não havia outros cobertores, desta vez você ficará com o antigo cobertor do seu avô, não ouse ir para a chuva, se precisar de algo, é só bater na porta do quarto, certo?
_Desta vez não direi certo! Isso eu dizia antes.
Minha avó sorriu e apenas virou as costas após apagar a lâmpada e escorar a porta, olhei novamente para todos os lados do quarto, um buraco na telha no canto da parede me fez pensar naquela garota de hoje cedo, aquelas lagrimas pareciam sinceras, ela disse algo sobre pais, e eu me senti absurdamente abençoado, meus pais nunca me bateram ou se aborreceram comigo, sempre tive todos os privilégios de um garoto rico, mesmo eu lutando para conquistar meu próprio espaço, meu próprio tempo, meu próprio eu.
Me levantei e continuei olhando para o buraco, a agua entrava, e segundo minha mente inundaria o quarto assim como as lagrimas estavam inundando o coração daquela garota. Eu fiz certo em dar as costas daquela forma? Me levantei e me coloquei de pé de frente a porta, abri vagarosamente e fui para fora de casa, aquele frio, aquele vento que batia fortemente nos meus cabelos, vinham da direção da praia, então sem nenhuma proteção saí na chuva, sem ao menos me importar com o que eu faria naquele lugar, é como se me chamasse.
Em minha chegada olhei em direção a árvore de mais cedo, a garota ainda estava lá, se molhando.
_Ei? Não tem medo de pegar um resfriado? Gritei indo em sua direção.
Cheguei perto e abaixei perto da mesma, e a olhei no rosto enquanto ela estava de cabeça baixa.
_Não sei que tipo de punição é essa, mas isto não é saudável, vamos, vou lhe retirar daqui.
Estendi minhas mãos e continuei a olhando no rosto, a mesma passou a mão sobre seu rosto para aliviar a agua que escorria e esbarrava em seus cílios, e logo após jogou o corpo para cima de mim e me abraçou, eu não entendi a reação, mas cedo ela havia sido mal humorada, mal educada, desconfiada, e todas as coisas más que alguém possa imaginar, e agora isto? Fiquei em silêncio enquanto ela mim apertava entre seus braços e chorava desesperada.
_Meu nome é Jeon Jungkook, mas se quiser chame somente de Jungkook, agora vamos?
Continuou em silêncio me apertando naquele abraço, enquanto suas lagrimas se misturavam com os pingos da chuva, tentei me levantar e a levei em meu colo, fomos até a varanda da casa da avó assim, nunca carreguei nada além de minhas desculpas para fugir, e desta vez carreguei em meus braços aquela garota, que por calor do momento, nem se quer senti nenhum peso.
_Desculpe, eu não posso te convidar para entrar, a casa não é minha, mas posso trazer algo para se secar, posso trazer algo quente para beber também, se quiser se trocar tem um banheiro aqui do lado de fora, mas só posso oferecer uma de minhas camisas.
Assim que virei as costas para pegar a toalha a mesma me agarrou pelo braço, e me puxou para perto de si.
_Precisa de mais alguma coisa? Se quiser também posso te levar para casa.
_Você ficaria lá comigo? Você não me deixaria sozinha, e me defenderia? Ela disse.
Me assustei e me afastei para trás, me desprendendo do seu braço.
_Desculpa, mas acho que está entendendo errado, eu apenas quero te ajudar.
_Ta vendo? Ninguém pode ficar comigo, nem me defender, então não precisa ser bom comigo, ter me tirado da chuva é o suficiente.
_Não acho, você não me parece bem, parece que também precisa de um amigo.
_Não, um playboyzinho não poderia me entender e nem me ajudar.
_Não posso ficar a noite toda aqui fora, a noite passará, e minha avó acordará, não quero que ela saiba que sai na chuva durante a noite. Entrei para dentro e lhe trouxe a toalha, a mesma se levantou e colocou a toalha sobre minha cabeça, secando meu cabelo, e soltou um sorriso.
_O que foi? Você me salvou esta noite, devo te deixar resfriar?
_ Vamos, me mostre onde é sua casa, eu te levo.
_Não precisa, hoje você já fez muito.
Me despedi dela com um aperto de mãos e fechei a porta, logo após escorei sobre a mesa e pensei no quão angustiada aquela garota deveria estar para ter permanecido naquele local mesmo durante a chuva, cheio de preguiça me arrastei até o quarto, fechei a porta, troquei de roupa e dormi.
AUTORA:
Qual nome a S/N deveria ter? As noites na praia são geralmente muito frias T-T Jungkook agiu certo em deixa-la ir?
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IMAGINE: JEON JUNGKOOK _ Amor de verão
Teen FictionNo fim da jornada escolar, o aluno recém formado na faculdade, resolveu descansar durante o verão, e ainda nestas férias terá a chance de conhecer o amor de sua vida, será? Jungkook tem muitas decisões a se tomar, e terá que optar pela escolha certa!