Minho nunca agradeceu tanto salvar uma vida

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A guerra havia acabado há uns dois dias e nem mesmo parecia. O campo de guerra era o mesmo; cheio de corpos mortos e aquela coisa linda que você imagina que é a guerra. E, para a sorte de, Seungmin, eles haviam ganhado! E, tinha mais; ele estava vivo, por muita sorte, já que muitos não tinham sobrevivido. O Kim não tinha que lidar com pessoas próximas mortas e, bem… o único próximo dele era Chris.

— Cara, eu acho que vou ficar traumatizado depois disso... Bem, quem não iria ficar? — Chan comentou ao lado do Kim, que apenas riu soltamente. Bom, pelo menos algo com sons parecidos com o de tiro eles iriam criar e sofrer ao decorrer da vida.

― Eu também acho. — Terminou de arrumar as coisas e assim começou a arrumar seus outros pertences para poderem irem ao avião, e, finalmente, poderem voltar para a Coreia, o tão sonhado momento. Voltar para casa, descansar, bater uma e tentar ver se poderiam fazer alguma coisa, tanto em casa quanto em questão de trabalho - antes mesmo de irem para o exército e terem sido convocados, Seungmin já era um desempregado.

Os caras que estavam ao redor dos dois estavam calmos. Bem, eles mesmos estavam calmos. Era normal, já que depois daquilo tudo poderiam finalmente respirar um ar e não se preocuparem com do nada ter uma bala bem dentro da cabeça. 

Seungmin estava  avoado enquanto arrumava as próprias coisas, pensava sobre o que ocorreu no meio da batalha. Tinha alguns caras que ficavam de faca, e enquanto o sniper camperava o local inimigo, e pegava - às vezes - alguns caras tentando invadir o local do adversário ou o do time do Kim.

 Um cara aleatório que usava a tal da faquinha veio por trás e, se não fosse por um dos homens seu time que estava ali para cuidar do prédio que estavam, estaria morto no chão daquele prédio, sendo esquecido como um qualquer.

— Mano, você conhece um tal de Minho? Sabe onde ele está? — Se virou e tocou no ombro do Bang, chamando sua atenção para o questionar. O australiano ficou pensando um pouco, tentando lembrar se conhecia algum Minho. O máximo que puderam trocar de palavras eram seus nomes e, em alguns casos, a idade.

— Aquele baixinho das coxas grossas e com uma pinta no nariz? — Perguntou, lembrando do único Minho que tinha conhecido nesses quatro meses fora do próprio país e vivendo naquele local. Havia outro Minho mas, diferente do que Seungmin procurava, aquele tinha quase uns dois metros de altura.

— Cara, deve ser esse mesmo. Mas por que raios "coxas grossas" é uma descrição dele? — Concordou com o mais velho, mas logo depois o questionou sobre a segunda descrição. 

— Talvez eu tenha notado as coxas dele? Bem, não importa! Ele… — Assim que começou sua segunda frase, ela morreu no ar. Estava tentando lembrar se havia visto o cara que seu amigo estava perguntando. Não demorou muito para ele lembrar da imagem do Lee saindo com um baixinho da outra cabana. — Sabe aquele outro baixinho de cara amarrada? Então, eles foram juntos para aquele local. 

— Opa, valeu! Te devo uma. — Sorriu, agradecendo. 

— Mas por que quer saber sobre ele, hein? — Andando lado a lado, o mais velho o questionou com um leve sorrisinho maldoso.

— Apenas quero agradecer ele por salvar minha vida. 

Com um olhar malicioso bem perceptível o perguntou. — E vai agradecer como?

— Tá querendo saber por quê? — Fingindo estar bravo com a intromissão do outro, o questionou, mas não demorou nada para os dois rirem novamente, como sempre. 

— Vai saber, né. — Os dois andavam até o aeroporto que tinha perto, nem tão perto já que era alguns quilômetros de distância. — Nossa… nem parece que a gente tava na guerra a uns dias atrás…

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