Lasanha à Bolonhesa

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- Amor, os gêmeos estão chorando! - grita da cozinha enquanto fazia a lasanha que tinha prometido a meses ao marido - Amor, anda logo antes que os vizinhos pensem que estamos matando os meninos!

- Mamãe, Akin e Aduke tiraram as fraldas e estão sujando o chão com cocô - Aruna aparece na cozinha com a mão no nariz - A sala está fedendo. Parece até esgoto, eca! - A pequena alfa era bem parecida com a alfa lúpus, moreninha e de cabelo cacheado, mas tinha alguns toques do ômega, como os olhos puxados e o narizinho.

- E cadê o seu omma? Estou a horas o chamando, mas até agora nada. Jimin, os meninos vão ficar mudos de tanto gritar!

- Estou cagando amor, olha os meninos aí pra mim! - O ômega grita do banheiro impaciente com toda essa gritaria.

- Aí meu Deus! Nunca vi uma família que cagasse tanto como a nossa - Resmunga enquanto lavava as mãos, as enxugando na camisa enquanto ia direto para a sala. - Akin, meu filho, para de passar cocô no rosto do seu irmão. - Chama a atenção dos gêmeos arteiros - Macaquinha, coloca a banheira para encher e pega duas toalhas no guarda-roupa para a mamãe, por favor.

- Tá bom, mas mamãe, é pra colocar os sais de banho?

- Sim, meu amor, agora adianta antes que eles sujem mais a sala.

- Vou virar o Flash - Sai correndo indo direto para o banheiro fazer o que foi pedido.

- Não corra Aruna! - Grita o ômega do banheiro do corredor do segundo andar da casa. - Já avisei um milhão de vezes para não correr enquanto estivesse subindo as escadas ou descendo.

- Já entendi omma - Suspira, logo fazendo um biquinho enquanto descia as escadas devagar com as toalhas na mão. - Aqui mamãe - Diz estendendo as toalhas.

- Thank you macaquinha - Beija a testa da pequena - Agora vai lá desligar a torneira da banheira. Ande com cuidado para não cair igual daquela vez e fique lá mesmo para me ajudar com esses dois monstrinhos aqui - A filha assente e sobe novamente as escadas devagar. - Vamos monstrinhos da mamãe - Os enrola com as toalhas para logo em seguida os pegarem, cada um de um lado - Vocês precisam de um banho com urgência! Arg, que fedor meu Deus! Acho que vou morrer - Sobe as escadas fazendo caretas, o que acabou provocando risadas dos dois lúpinhos. - E vocês ainda riem da minha desgraça - Resmunga indignada fazendo com que os meninos rissem mais, mesmo que não entendessem absolutamente nada.

- Olha a boca ______! - Repreende o marido ainda no banheiro.

- Estressadinho! - Resmunga baixinho entrando imediatamente no quarto quando viu a porta do banheiro sendo aberta.

- Você vai ver o "estressadinho" quando eu sair daqui ______!

Ignorando a fala do Park, ______ entra no banheiro que continha no quarto vendo a filha sentada no chão brincando com o patinho de borracha que sempre ficava no armário do cômodo. - Aruna, segura um pouquinho o Akin enquanto eu limpo o Aduke, por favor! - O coloca sentado de frente para a irmã que o impedia de cair ou sair engatinhando. - Agora vamos tirar toda essa sujeira seu danadinho - Liga o chuveirinho tirando todos os resquícios de bosta e logo o coloca sentado na banheira com a supervisão da irmã que brincava com ele, em seguida faz o mesmo processo com Akin que sem motivo começou a chorar.

Akin e Aduke eram gêmeos idênticos, tirando a personalidade e a casta. Eram bem parecidos com o Park, as únicas coisas diferentes eram os cabelinhos que eram ondulados, a cor da pele que era mais puxado para o pardo e as sardas, tudo isso sendo herdado da alfa brasileira. Akin era um ômega lúpus danado, carinhoso e sensível, chorava sempre que não o davam atenção, enquanto que Aduke era um alfa lúpus quieto, ciumento e brincalhão, só chorava quando algo o incomodava. A gravidez dos gêmeos fora muito arriscado, os Park's quase os perderam. Nasceram prematuro e tiveram que ficar na maternidade por meses, o ômega devido as complicações da gravidez, teve que ficar no hospital por dois meses e quando foi liberado, teve que ficar de repouso.

- Ohh meu príncipe - O tira da banheira para o acalmar - Para de chorar hum? - Faz carinho nas costas do filho que ainda chorava deitado com a cabeça no pescoço da alfa. - Aposto que deve estar com soninho - Alisa o cabelo do lúpus, fazendo com que o choro cessasse aos poucos. - Vou terminar logo de te dar banho - O coloca na banheira de novo, o que ocasionou em mais choro, então rapidamente o deu banho - Macaquinha, tire o Aduke da banheira e brinque com ele fora dela, quando eu voltar darei um banho nele. Tenha cuidado com seu irmão! - Sai apressadamente com o filho no colo, indo direto para o quarto dos gêmeos. Lá o arruma enquanto ele ainda chorava, quando acabou foi o acalmar. Em poucos minutos Akin dormiu e foi colocado no berço.

- Voltei! - Entrou no banheiro encontrando os filhos brincando. Aruna cantava uma musiquinha enquanto fazia bolhas de sabão e Aduke tentava as pocar. - Agora é você alfinha - O coloca novamente na banheira, o dando banho enquanto a alfa fazia caretas para ele que gargalhava e acabava batendo na água que respingava na lúpus - Cadê o omma? Será que ainda está cagando? Aposto que deve estar de caganeira - Rir junto com a filha, mas imediatamente para quando sente um tapa sendo desferido na nuca - Aí caramba! - Passa a mão na nuca tentando acabar com a ardência.

- Onde está o Akin? - Se escora na pia observando a esposa e a filha.

- Está dormindo - Tira o filho da banheira o enrolando na toalha para levá-lo ao quarto dos gêmeos.

- Deixa que eu o arrumo, amor. Vai ver se a comida está pronta e depois descanse. - Dá um selinho demorado na alfa - Ultimamente você anda muito cansada, precisa descansar - Pega o filho no colo e sai junto com a filha.

Ultimamente, ______ andava bastante ocupada com o trabalho. Era vários plantões seguidamente, quase não parava em casa. Isso preocupava bastante o ômega, o mesmo já tinha tentado a convencer de que não precisava se desgastar tanto para o que planejava, mas isso não entrava na cabeça da esposa. Depois de tanto insistir, desistiu de fazer com que a esposa parasse de se desgastar e passou a encher de comidas saudáveis. O peso que fora perdido durante esse tempo de trabalho árduo voltou, o que alegrou um pouco o Park. E o dinheiro que estava precisando já tinha conseguido com tanto esforço da alfa. Agora o marido implicava com a esposa por ela não querer descansar naquele momento e sim recompensar a família com um jantar.

______, Jimin, Aruna e Aduke estavam prestes a comer quando um choro foi ouvido. - Humm, parece que alguém acordou - Diz a alfa se levantando da cadeira e indo pegar o filho. Ao voltar, o colocou na cadeirinha perto de si para que facilitasse quando fosse o alimentar. - Estou morrendo de fome - Diz passando a mão na barriga que roncava e logo começou a comer, sendo seguido pelo marido e a filha.

- Nossa, que delícia! Essa é lasanha é de quê, amor?

- Lasanha à Bolonhesa. Te ensino a fazer depois - Recebeu um "ok" com a mão como resposta. - Gostou macaquinha?

- Muitooo! - Responde com a boca toda suja.

- Amanh-

Puuumm ~

- Akin!

- Acho que ele cagou!

- Esse menino não cansa não?! Minha mão ainda fede caramba! Só pode ter puxado a seu omma. Nunca vi uma pessoa cagar tanto quanto ele.

- Idiota!

- Aí anão de jardim!

- Mais tarde você verá o anão de jardim ______!

Que Fedor! - Imagine Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora