Sinceridade,
Eu reclamei tanto das facadas
Das várias facadas
Que recebi pelas costas
Que pra falar a verdade
Não são essas as que realmente doem
A vida é injusta
E foi dela a facada mais dolorosa
Uma cicatriz que não se fecha
Pois ao retirar o punhal
Que gentilmente adentra
Meu peito
Ela tira mas em questão de segundos
Me apunhala novamente
E num órgão
Que pra mim
É o que me move
A vida
Ela me apunhalou
Onde mais poderia
Me fazer sofrer
De final
Eu cheguei a escutar
As últimas batidas
As lágrimas escorriam
E por fim
Infelizmente não morri
Pois pelo visto
Tenho ainda muito pra sofrer
E com a adaga em meu coração
Ele continua a pulsar
Sem parar
Ainda em tudo o que amo
Não paro de pensar
De almejar
Mas o punhal sempre lá
Pra me lembrar
Que jamais terei o que
E a quem tanto amo...
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vida Cretina
RandomSobre todo o peso da injustiça, da dor que a vida proporciona e afins