Capítulo 22: Deveria ser você

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Júlia foi para casa aos prantos.

Ela caminhava. Seu apartamento ficava a algumas quadras do apartamento de Mateo.

Talvez ela houvesse dado um fim a aquele sentimento.

Talvez aquele sentimento nunca deveria haver existido.

Quando Júlia chegou em seu apartamento, o esposo não deu sinais de que havia estado ali.

Ela deitou a sua cama e chorou.

Chorou por horas, talvez.

Ouve a porta.

Ela segue deitada, viu que era André.

Fechou os olhos quando viu que o esposo se aproximava da cama.

Sentiu as mãos do homem sobre ela.

_ não me toque!

Ela gritou tirando as mãos dele sobre si.

_ o que há?

O homem perguntou.

_ o que há? Você passou a noite fora!

Pensou que ironia parecia, quando ela havia feito o mesmo dormindo no apartamento de Mateo.

_ e dai? Você ainda é minha esposa!

O homem caiu sobre ela segurando seus braços.

_ solte-me!

O homem a beijava a força.

_ não!

A seguir,  Júlia foi violentada.

O homem ao terminar a deixou ali.

Sem alma.

Júlia chorava em silêncio, suas lagrimas apenas lhe caia dos olhos.

_ acho bom levantar. Porque nao foi ao trabalho?

Júlia não respondeu.

_ estou falando com você!

Andre gritou.

_ me deixe em paz!

Ela gritou e levantou

O homem quase a acertou um golpe, mas Julia correu ao banheiro onde se trancou.

_ abra esta porta!

Ela se encolheu em um canto distante a porta e ficou ali.

Chorava.

Ela colocou a mão em seu ventre.

_ sinto muito meu filho.

Ela disse entre lágrimas.

Júlia poderia ficar ali ate aquele homem sair.

Porém, teria que enfrenta-lo.

Quando abriu a porta, notou que o homem estava na cozinha.

Ele estava sentado a mesa.

Ela se aproximou.

Andre a encarou.

_ me desculpe.

Ela o ouviu dizer.

Nada disse.

_ eu disse me desculpe, Júlia.

_ o que quer para o almoço?

Ela perguntou fingindo não ouvir o pedido de desculpas do homem.

_ nao quero nada, vou almoçar fora. Aliás, eu sairei hoje e so volto na segunda.

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