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Any Gabrielly

Acordo com os raios solares batendo forte na minha cara. Ontem, enquanto acabava de arrumar minhas malas, adormeci e esqueci me de fechar as cortinas. Pego meu celular e vejo que já são quase 10 horas. Fico uns segundos olhando meu papel de fundo, era uma foto minha e de Henry , no nosso aniversário de 3 anos de namoro. Conheci Henry com 6 anos, ele era um amigo de infância, a gente estudou sempre junto , e durante muito tempo ele foi meu único amigo. Ele era meu melhor amigo, éramos inseparáveis, até que um dia ele se declarou e me pediu em namoro. Eu não gostava dele daquela maneira, mas aceitei, pois não queria perder meu único amigo, pensei que depois de um tempo pudesse sentir o mesmo que ele. Nós namoramos durante 3 anos e quatro meses. No dia em que terminamos , a gente tinha combinado de ir assistir um filme, mas ele cancelou falando que estava doente. Ele insistiu para que eu não o fosse visitar, mas mesmo assim eu fui.
É, podemos juntar teimosia a minha lista de defeitos.

Ao chegar lá , bati a porta, mas ninguém respondeu, talvez ele tivesse ido ao hospital.
Como já era de casa, entrei , pois precisava pegar umas coisas que tinha deixado , da última vez que vim cá. Entrei ,a casa estava silenciosa.
Subi as escadas em direção ao quarto de Henry, quando ouvi uns barulhos estranhos, semelhantes a gemidos. A porta estava apenas encostada , então abri.
Ao ver a cena à minha frente, meus olhos marejaram instantaneamente. Não acreditava no que via. Henry estava me traindo, com umas das líderes de torcida do colégio.
Desde que ele entrou pro time de basketball da escola, já não era o mesmo. Ele me evitava,andava sempre em festas com os novos "amigos" dele.
Pensei que fosse uma fase, e que tudo fosse voltar ao mesmo, mas não aconteceu.

Sai de lá correndo, ouvindo os gritos desesperados de Henry , me chamando.

Henry ficou me ligando durante dias. Eu não o amava, mas confiava nele, era o meu único amigo, e me traiu.
Depois daquilo acho que nunca mais vou conseguir olhar pra cara dele.

Afasto esses pensamentos e vou me arrumar.
Vou para o banheiro do meu quarto e me olho no espelho. Eu tinha cabelos negros ondulados que batiam do meu ombro,e olhos de chocolates,herdados da minha mãe.

Sinto tanta falta dela... Não gosto de pensar no que aconteceu , então vou terminar de me arrumar. Faço logo minhas higienes e me visto. Estou morrendo de fome.

Desço as escadas em direção à cozinha, onde encontro meu pai tomando café . Sorriu dando bom dia.

-Bom dia filha, dormiu bem?- Pergunta meu pai sorrindo

-Dormi sim, e o senhor?- Pego uma chávena na mesa e preparo um café para mim.

-Eu também filha- Respondeu meu pai ainda sorrindo - Terminou de arrumar suas malas?

Fui aceite em UCLA, a faculdade dos meus sonhos, em Los Angeles. Quando me candidatei, não pensei que fosse ser aceite, mas fui. De início quis recusar, pois não quis deixar meu pai sozinho aqui em Santa Clarita. Mas ele insistiu muito que eu fosse, pois eu trabalhei  muito para aquilo, e merecia. Então decidi aceitar.
Santa Clarita e Los Angeles tinham apenas 45 minutos de distância, mas para mim já era muito.

-Terminei sim, estou tão cansada-, Disse eu comendo o pão que meu pai tinha feito. Meu pai era chef em um restaurante aqui da cidade. - Isso tá delicioso. -Disse eu de boca cheia me referindo ao pão.

Papai soltou um risinho e agradeceu. Em seguida apontou para um buquê de flores em cima do balcão.

-Henry passou daqui mais cedo e deixou isso pra você. - Disse ele referindo se ao buquê.

Peguei o buquê e vi nele um bilhete :
"Eu te amo, vamos conversar amor, por favor. Henry"

Ainda com o buquê e o bilhete na mão, pude ver da janela da cozinha, Henry saindo do seu carro com algo nas mãos.
Fui ter com ele ao passeio. Nas mãos ele segurava uma caixa do meu chocolate preferido.

Um buquê de rosas e chocolates? Quase revirei os olhos de tão clichê que aquilo era.

Antes que ele falasse alguma coisa, peguei a caixa de chocolate de suas mãos, e juntamente com o buquê e o bilhete, joguei ele na lata de lixo próxima a nós no passeio.
E com a expressão mais indiferente que pude fazer, olhei para Henry, incrédulo , e caminhei no sentido oposto ao seu, andando pelo passeio, rezando para que ele não me seguisse. Felizmente não o fez.

Andei pela quadra pensando nessa situação toda com Henry . Não entendia o porquê de ele ter feito aquilo. Eu dava o meu melhor para o agradar, mas nos últimos tempos nada parecia ser suficiente.
Pouco depois do meu aniversário de 18 anos, ele insistiu muito para que fizéssemos sexo, eu não me sentia preparada, mas com medo de ficar sozinha acabei aceitando. Não foi oque eu esperava, ele não foi carinhoso e foi muito apressado. Fazendo com que eu sentisse zero de prazer.
Ele pediu para que voltassemos a tentar , dizendo que seria melhor e que eu ia gostar.
E pela primeira vez na nossa relação eu disse não pra ele. Ele ficou chateado comigo durante um tempo, mas eu pedi desculpa (ingénua,não?) e fizemos as pazes.
Tínhamos altos e baixos por causa das novas amizades dele , mas podia dizer se que estávamos bem, até aquele dia.

Andei por uns 30 mins , e já estava cansada. Pode dizer se que não sou muito atlética.
Ao voltar para casa, vi um carro estacionado em frente à minha casa. Era lindo, um Kia fort preto.
Entrei em casa , encontrando meu pai sorrindo de orelha a orelha . Estranhei e perguntei de quem era o carro lá fora.

-Seu! - Disse ele me entregando umas chaves.
Sem palavras , o abracei, chorando.

Corri para fora, já abrindo o carro e entrando. Era ainda mais bonito por dentro.
Meu pai entrou também, e pediu para que eu o ligasse e assim o fiz. Olhei-o e perguntei um pouco preocupada:

-Pai, nós temos dinheiro para isso?

- Filha - começou meu pai sorrindo gentil - você não precisa se preocupar, é um presente.

- Você já está tão crescida - Disse quase em lágrimas segurando meu rosto com as duas mãos.

-Sua mãe estaria orgulhosa de você- Disse já me abraçando já chorando. Retribui o abraço também em lágrimas.

Depois ele sugeriu que fossemos a sorveteria, eu assenti e dirigi até a sorveteria.
Chegamos lá fizemos nossos pedidos e nos sentamos. Ficamos conversado e rindo, mas tivemos que ir , pois eu ia hoje pra LA, as aulas começavam amanhã.

Voltamos para casa e eu fui me preparar para a minha ia a Los Angeles. Tomei banho e me vesti. Coloquei uma blusa de alça fina preta, meio colada, uma calça jeans rasgadinha , e all stars pretas. Não gostava muito de maquiagem então passei apenas rímel e um batom discreto.
Peguei minhas malas e com ajuda do meu pai guardei as no carro.
Despedi me do meu pai tentado não chorar.

-Se cuida, eu amo você- disse ele me abraçando- qualquer coisa não hesite em ligar ou vir para casa.

- Não vou, não se preocupe, também amo você.

Por fim entrei no carro, e acenando para o meu pai liguei o carro, e dirigi o carro em direção à Los Angeles.

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EAI OQUE ACHARAM ??

Esse cap foi mais para conhecer a Any....Me seguem para não perderem nenhuma novidade é deixem a estrelinha pfvv

BAD FOR ME [ ADAPTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora