Capt 29

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Red olhou para a menina com um sorrisinho de canto, ela e Lizzie estavam atrás na diagonal dele, de frente para Crispin. Lizzie apoiada no encosto de outras poltronas e Amanda encostada na parede, atrás da loira, com os braços cruzados.

- Não importa quantas almas virem picolé, o processo está em curso… - Red continuou olhando para o homem sentado perto dele. - O mundo em que eles irão acordar, será incapaz de sustentar a vida humana. E por quê? Porque no ponto crítico de inflexão, um trágico megalomaníaco quixotesco canibalizou a humanidade, das próprias mentes que poderiam ter sido sua salvação. - Red continuou sem dar oportunidade para o homem se defender e defender seu trabalho. - Se você fosse um apostador, você entenderia que o agora triunfa sobre e depois todas as vezes. O futuro é uma aposta de otários. Um talvez, uma contingência, um "e se".

Das duas meninas presentes, apenas Amanda estava absorvendo cada palavra que era dita por ambos os homens; Elizabeth estava apenas olhando.

- A única coisa que é real, é o presente, e se você o saqueou, roubou-lhe os mesmos gênios, que poderiam ter evitado a distopia que você tanto teme. - Red disse encarando sério o homem que o encarava com um sorriso debochado. - Talvez a exata pessoa que poderia ter inventado um meio, de reviver esse seu triste cansado e congelado traseiro. - e com uma pausa dramática, Red respirou e continuou teatralmente: - Parabéns Crispin, você dobrou a aposta na extinção. 

- A vida na Terra vai acabar logo. - Crispin disse depois do discurso de Reddington, com uma calma absurdamente inimaginável de acordo com Amanda, que via tudo boquiaberta. - A criogenia será nossa única esperança. - ele disse ainda calmo.

- Não vai funcionar. - Red disse cheio de certezas.

- Eu aposto que vai. - Crispin insistiu.

- Ah, então você é um apostador!? - Reddington disse meio debochado. - Então vamos fazer uma aposta? - e se levantando já com a mão na sua arma nas costas, Reddington atirou no peito do homem sem nem piscar.

Amanda estava parada, ainda absorvendo tudo o que havia ouvido e o que acabara de ver e só ao ouvir uma correria longe, atrás da porta e Elizabeth é que ela acordou de seu transe e pegou a sua própria arma, ficando ao lado de Reddington.

- Ele morreu? - Elizabeth perguntou atordoada.

- Só não morreu se ele tiver um gêmeo congelado. - Amanda respondeu irônica, fazendo Reddington rir.

- O que houve? Pensamos ter ouvido um tiro… Ele morreu? - uma moça, médica, de acordo com suas roupas brancas entrou na sala junto com sua equipe indo direto para o homem morto.

- Morreu? Bobagem. O que é a morte? É apenas um processo, certo? - Reddington disse guardando sua arma e indo para o lado de fora da sala tranquilamente com Amanda ao seu lado e Elizabeth atrás, saindo por uma outra porta que tinha na sala, trancando-a logo em seguida.

Amanda riu do jeito debochado e da frase de Reddington e terminou de rir dizendo:

- Gostei.

Ele a olhou de canto e sorriu e então eles caminharam pelos corredores do avião gigante até que acharam uma sala meio gelada, com várias cápsulas, uma do lado do outro, em duas fileiras.

Amanda correu para o computador que ela avistou, enquanto Keen fechava a porta atrás e Reddington procurava o homem que queria.

- Andras Halmi, cápsula UT-0027. - Amanda disse logo depois que ficou na frente do computador. - Se esse cara estivesse certo… Ele era um gênio. - ela concluiu e foi correndo perto de Reddington enquanto Keen estava na porta.

Reddington então apertou um botão e a porta da cápsula abriu, revelando o homem.

- Er… O que exatamente você quer com esse picolé humano? - Amanda perguntou sem entender direito.

The Red Files - Season 2Onde histórias criam vida. Descubra agora