11 - Balls

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Camila

Óbvio que eu tinha esse plano de fugir dela na boate, eu já tinha visto ela chegar com duas amigas. Então sabia que seria questão de minutos para ela vir até mim. Falei com Dinah que assim que mandasse um sinal, era para ela intervir de alguma forma. Para mim era fácil fugir, eu só precisava de poucos segundos de distração. E o foi o que ocorreu quando um amigo de Dinah esbarrou "acidentalmente" na caçadora.

Eu percebi o quanto minha presença influência naquela mulher, ela tinha ficado vidrada em mim enquanto dançava. Seu corpo tremeu ao sentir minhas mãos por dentro do casaco. Aquela respiração ofegante, as olhadas intensas em todo meu corpo. De alguma forma ela me tinha, mas eu também à tinha.

E até agora isso tem me ajudado.

Dias se passaram e em minha cabeça tantas coisas rondavam que eu estava a ponto de explodir. Aquela mulher de olhos verdes mexia tanto com meu corpo e minha mente que eu já estava começando a achar que ela era alguma espécie de droga. Eu a queria tanto... Mas ao mesmo tempo tinha que me manter longe.

Poucos minutos em sua presença e eu já entrava em combustão, mesmo sabendo que tudo o que ela queria era me capturar. Mas de alguma forma, seja destino ou até mesmo o subconsciente dela, eu sempre conseguia escapar.

Ela está me enlouquecendo!.

Eu precisava ver minha mãe, já faziam dias que eu estava na cidade e ela nem mesmo sabia do meu paradeiro. Resolvi depois de brigar com Troye que iria vê-la em seu restaurante, meu amigo achava arriscado e queria me manter dentro do nosso apartamento, era mais seguro. Mas eu sou Karla Camila Cabello, ou seja, sinônimo de teimosia.

Então lá estava eu entrando no Versailles.

Logo sou recebida pelos braços carinhosos da minha querida mãe, que demorou bastantes minutos para me soltar, era muita saudade.

Entre conversas, abraços e risadas minha mama acabou me contando tudo que aconteceu naquelas últimas semanas. Lauren a procurou se passando por amiga de trabalho, logicamente eu não desmenti, não queria meter minha mãe em toda essa loucura. Alessandro também tinha ido até ela, e minha mama disse que ele chorou de saudades, implorando que se ela soubesse de algo era pra dizer a ele.

Cínico!

Obviamente eu não era tão idiota em dizer pra minha mãe onde eu estava todo esse tempo, e nem mesmo dizer onde era meu apê. Eu sei o quanto ela é preocupada e se imaginasse que eu estivesse em perigo logo passaria meu endereço a ele. Infelizmente ele era o "genro perfeito" para dona Sinu, se ela soubesse a metade das coisas que esse idiota faz.

Mas eu não queria envolvê-la em nada, era minha mãe, tinha sua vida linda e perfeita com seu negócio próspero. Não precisa ter um problema envolvido em sua vida, por mais que fosse com sua filha. Sei que ela largaria tudo e enfrentaria quem fosse por mim, mas eu não queria isso, sei muito bem me virar sozinha.

Saio do restaurante com o sorriso de orelha a orelha, caminhava calmamente pela calçada indo em direção ao carro que Troye tinha me emprestado. Era sempre revigorante estar na presença da minha mãe, eu me sentia a criança protegida de anos atrás.

O que eu não imaginava era que tinha um dos caçadores vigiando o restaurante dela. Consequência...

Ele rapidamente agarrou meu braço esquerdo, me arrastando pela calçada na intenção de me levar ao seu carro.

Eu não tinha como fazer muito alarde, pois o filho de uma égua estava com uma arma apontada para minha barriga.

_Lembra de mim gracinha?. -- Michael Clifford o caçador do Mustang. Porra! Como ele me achou?.

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