O sapato Vermelho {Ji•Kook}

Capítulo 2

Boa leitura, flores da meia noite

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A cidade estava em um silêncio um tanto quanto assustador, o pensamento de animar a população não saia dos pensamentos do jovem garoto.

Apesar de ter o pensamento fiel que deixaria eles curtirem sua família, dentro da casa, aquele lugar estava em um completo tédio. A biblioteca que era visitada casualmente por si provavelmente estava fechada, assim como vários estabelecimentos, portanto, sem livros. No fim, o cansaço de não fazer nada consumiu seu corpo e Park se entregou para o sono.

Após horas dormindo, uma das consequências quando acordar era a fome, meio perdido por estar escuro do lado de fora ele se levanta se espreguiçando. As ruas que naquele horário deveriam estar cheias de pessoas circulando, estavam vazias, como se todos estivessem mortos. O sentimento de querer sair e animar todos o consumia cada vez mais.

Depois de deixar aquela sensação de lado, foi comer e limpar seus preciosos sapatos. Os pares eram em uma grande quantidade, chegavam a vinte ou até mesmo mais, em vários tons de vermelho e modelos diferentes, mas em seu coração o vermelho escarlate e social sempre iriam vencer todos,  Park se divertia limpando eles, mesmo acabando com dor na coluna depois.

Quando terminou de limpar e arrumar eles por tom e modelo, Jimin se deu ao luxo de tomar um banho longo e relaxante.

[...]

Park acorda tarde, meio-dia. Estava com uma temperatura bem baixa do lado de fora e muito silencioso, hoje seria mais um dia de diversão. Se o (futuro) presidente não aparecesse e estragasse toda a brincadeira de Park. Naquele país não tinha mais votações, era de geração em geração, a população não sabia escolher alguém bom o suficiente para ficar com o cargo, portanto nada melhor do que alguém que estudou para aquilo a vida inteira.

Assim que termina de vestir seu sobretudo preto, juntamente com uma calça jeans surrada e sem esquecer seus sapatos vermelhos, Park sai de sua residência onde ninguém nem desconfia, ele pretende ficar escondido por um tempo ainda, haverá um dia que ele irá se entregar para conseguir prosseguir com seu plano.

Ele já teve que fugir tantas vezes dos generais, policiais ou até mesmo das pessoas que pensavam que se tivessem a cabeça dele ganhariam algum tipo de recompensa do governo.
Essas pessoas que são realmente perigosas, querem lhe matar, e por isso a casa dele era afastada de tudo e de todos, mas não tanto, já que consegue escutar os barulhos das ruas e saber o horário certo para sair de sua casa.

Ele vai caminhando com a postura ereta apenas esperando que alguém lhe reconheça, o que não demora muito tempo já que seus sapatos literalmente brilham em meio a multidão. As crianças são as primeiras a verem ele, que logo contam para suas mães e assim, em questão de minutos, quase todos já sabem que ele está ali.

- Olá pessoal, como está indo o dia de vocês? - diz sarcástico, com os braços abertos, logo recebendo mais atenção ainda, mas recebe o silêncio como resposta - Poxa, vão mesmo me deixar no vácuo? Nem uma resposta? - Park forma um pequeno bico nos lábios fingindo estar triste.

Escutando os barulhos das sirenes da polícia, Jimin logo fica em alerta.

- Nossa, tão cedo assim? Vocês já acabaram com a minha diversão? Estou muito triste viu.

- PARADO AÍ!

- Nossa! Só porque o senhor mandou eu irei ficar paradinho aqui - ergue as mãos em forma de rendimento, eles começam se aproximando devagar e Jimin logo sai correndo, ele não seria louco de ficar lá, terá um dia que ele vai sim se render para tentar prosseguir com seu plano, mas esse dia com certeza não era hoje.

Ele sai correndo e para na ponte do Rio Han, subindo nela e se deitando de bruços arriscando sua vida, já que a água deveria estar congelando por ser inverno.
Chupando um pirulito sabor morango que roubou de algum vendedor na rua.

- Olha, olha se não é o estraga prazeres. Poxa Jeon, poderia aparecer um pouco mais tarde não acha?

- Park Jimin, o que de tão temível você tem que todos falam? Para mim você parece mais um gatinho assustado fingindo ser forte - diz dando um sorriso de lado em uma tentativa falha de provocação.

- Miau! Vai cuidar de mim agora? - faz carinha de inocente sarcasticamente- Que lindo da sua parte, ninguém nunca cuidou de mim. Vai me dar leite? Sou muito guloso, preciso ser muito bem alimentado, ou é você que vai se alimentar? - O ômega morde seu lábio logo dando um sorriso malicioso e ficando de pé, ainda em cima da ponte.

- Park desça daí, vamos ter uma conversa civilizada o que você acha? - emite fechando a cara, trincando o maxilar e dando uma leve erguida na sobrancelha direita.

- Nossa, mas só com minhas palavras você já ficou duro? Foi tão pouco, jurava que aguentava mais - dá uma risadinha maliciosa, começando a chupar seu pirulito de forma provocadora e sarcástica.

- Não brinque comigo! Se eu não quisesse te prender e ver você sofrer, com toda a certeza já estaria morto - proferiu já ficando bravo.

- Então me mate! O que eu tenho a perder? Minha mãe? Meu lindo, protetor e herói pai? Ah é... Esqueci que eles morreram. Então vá lá, serei uma lenda meu querido. Acredite ou não eu sou a salvação dessa e da próxima geração - O tom sarcástico nunca some de sua voz, porém sua raiva era bem presente.

- Tudo bem, quero te matar com todos vendo, seria prazeroso não? - avisa apontando a arma em minha direção

- Bye bye! - se joga para trás deixando as pessoas abismadas com tamanha coragem ou idiotice, mas o que não sabíamos é que existia uma ponta onde ele poderia facilmente se segurar e não cair naquela água super gelada que poderia dar hipotermia.
Ele não poderia morrer com um simples tiro, não seria uma lenda como queria e sim apenas um fracassado que depois de tanto tempo lutando para no fim morrer sem terminar seu legado.

Logo percebendo que todos iriam se escorar na ponte para ver o que tinha acontecido, o jovem foi logo entrando por baixo da ponte para que ninguém o visse.

Foi um nível elevado de animação para apenas um dia, por aproximadamente uma semana ou mais ele ainda falariam sobre o acontecimento.

Park voltará dia primeiro de janeiro tolinhos.