05. Rezo

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Fui bem recebida pelos amigos de Jungkook. Todos eles foram muitos simpáticos, claro que boa parte dos olhares deles em mim, eram sugestivos demais e claros demais. Estava ciente do que se acontecia em festas, e bom, eu não sou nenhuma boba.

Festas incitam sexo, drogas e bebidas. E o que mais estava acontecendo nesta festa eram beijos, bebidas e sexo. A parte das drogas, não é algo que me interesse tanto, para ser mais sincera.

Contudo, não me foi uma surpresa compreender todos os olhares sugestivos dos amigos de Jungkook. As opções não eram muitas, já que bebidas e drogas estavam fora de cogitação. Eu estava ali apenas para curtir e tirar Jungkook do meu pé. Porque sabe-se lá o que tipo de coisa ele queria fazer, já que aos meus olhos, me chamar para sair não era um tipo de agradecimento.

Apenas um "obrigada" bastaria. Contudo, há outras intenções por trás. Assim como pode não ter. Mas, não posso simplesmente descartar todas as opções apenas porque Jungkook me agradeceu e foi um completo cavalheiro comigo.

Eu sei que aqueles olhares sugestivos dos amigos de Jungkook são claros de que eu possivelmente seria apenas mais uma que cairá na lábia dele, e que provavelmente ele vai levar para a cama. Porque dentre todas as opções, ele é um fuck boy. E em fuck boy, não podemos confiar.

A não ser que você tenha interesse em uma foda rápida e simples, sem envolvimento emocional. Mas, eu não sou assim.

Eu gosto e sempre vou gostar de sexo com envolvimento emocional. É mais gostoso. É único e se torna algo intenso quando você tem sentimentos pela pessoa a qual está envolvida. Mas, é diferente quando se trata de Jungkook.

Contudo, se ele acredita que conseguirá algo de mim, está enganado.

Porque mesmo que eu esteja atraída fisicamente por ele, não irei me envolver sexualmente. Não posso, não consigo.

No fim de tudo, eu sei que tenho medo de me envolver com ele e acabar me apaixonando. É simples a teoria.

Me encosto na parede, perto da escada e posso observar as pessoas dançando descontroladas. Como se o amanhã não existisse. Outras, apenas se beijam e beijam, como se ninguém estivesse presente. Os outros parecem não se incomodar, já que estão fazendo a mesma coisa e alguns, apenas bebem e conversam animadas.

É como se fosse algo corriqueiro para eles, assim como é estudar para mim.

As luzes piscam conforme o clímax da música aumenta, que as batidas fortes se fazem presentes. A multidão da festa vai a loucura. Eles cantam enlouquecidamente boa parte da música, erguendo os próprios copos de bebidas.

É uma confusão efervescente, que surpreendentemente eu gosto de admirar.

Sorrio, cruzando os meus braços, enquanto balanço a cabeça no ritmo gostoso da música. Chase Atlantic não decepciona nunca quando a questão é música boa.

Alguns me chamam para dançar, mas, me recuso. Gosto de observar as pessoas se divertindo, me causa uma sensação de nostalgia muito boa. Fecho os meus olhos, balançando a cabeça calmamente, me sentindo contagiada por toda aquela felicidade; que mesmo que momentânea, me deixa feliz.

Mas, logo sinto uma presença em minha frente. Uma presença alta, forte e firme. Posso perceber isso, já que a luz não bate em meu rosto. Respiro fundo, mordendo meus lábios, receosa por abrir os olhos. Não sei se devo abrir, estou confusa quanto aos meus próprios desejos.

Mas, contra todas as divagações, eu acabo abrindo os meus olhos. Observando os lumes castanhos escuros, redondos e tão bonitos como duas frutinhas maduras.

Fuck Boy ©Onde histórias criam vida. Descubra agora