Capítulo 3 - Sabrinna

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– Oi Bruna – digo

– Oi amiga, que saudade, e ai como você tá?

– Tô bem, saudade por que se só tem dois dias que a gente não se vê?

– Mesmo assim, você é importante para mim, e ai alguma novidade? Conseguiu o emprego?

– É eu consegui sim, eles me avisaram poucas horas depois que sai de lá

– Nossa que eficiência

– Verdade, tenho uma coisa pra te contar

– O que é? Fala logo...

– O irmão do meu primo ta noivo e ele me convidou pra um jantar na casa dele, você vai comigo né?

– Aquele seu primo gato que te ama mais você não liga a mínima pra ele? Claro que você quer que eu vou né, pra mim jogar pra cima dele pra ver se o coitado desencanta de você, claro que vou, apesar de não gostar nada disso o cara é gostoso e eu adoraria dar uns pega nele em um quarto escuro.

– Você e suas fantasias sexuais, se não quiser ir não vai posso ir sozinha

– Calma Sabrinna, eu vou com você tá?

– O jantar vai ser às sete e agora são o que? Umas 17:30 horas?

– 17:26 horas

– Ok, se arruma que umas 18:50 horas eu passo aqui

– Tá, tchau.

– Tchau

Desligo o celular e vou me arrumar para ir ao jantar, vestir um vestido preto que vai até o joelho e um salto baixo cheio de pedrinhas ao redor, cabelo preso, pronto,  não sou como aquelas patricinhas que ficam se "emperequetando" como minha mãe diz. Espero Bruna me ligar para busca-la sentada no sofa da sala, agora são 18:10 horas, sem a menor paciência de espera-la ligo no celular dela:

– Bru você ja ta pronta?

– Não, eu tô acabando de fazer a maquiagem

– Pra que maquiagem amiga você é linda do geito que é.

– Oh que lindo, obrigada amiga, você ja ta pronta?

– Sim,  ja tô prontinha

– Tá, daqui uns minutos passo ai, beijo

Desligo o celular e ligo a TV, alguns longos minutos depois ela me liga:

– Ei Sá, eu tô chegando ai na sua casa tá?

– Mais eu ia passar lá na sua casa

– É, eu sei, mais eu prefiro passar aí

– Ta bom então, vou pedir pro porteiro deixar você entrar quando chegar.

– Tá, Beijos

Aviso o porteiro, e logo depois ela chega, entra pela porta e me abraça, logo depois diz: – Amiga tenho que te dizer que você tem um péssimo gosto pra se vestir, meu deus

– É já me disseram isso, muitas vezes...

– Tá, você não vai pro jantar assim, vou te ajudar, vem aqui – Ela me leva até o quarto e começa a vascular meu guarda roupa – O que está procurando?

– Uma roupa que presta.

Ela continua a vasculhar, e de repente ela tira um vestido rosa de lá que eu usei uma vez quando tinha 19 anos.

– Pelo amor de Deus, esse vestido não, ele é incrivelmente curto, não vou usa-lo.

– Se incrivelmente curto for cinco dedos acima do joelho, é realmente está curto sim.

Inevitável tentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora