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━━ Londres, Inglaterra Departamento de Homicídio de Brishopsgate
Ocupar um cargo onde você vive no eterno êxtase de adrenalina, parece ser assustador; uma verdadeira coisa de louco. Era como se vivesse assistindo séries e documentários policiais, um filme de ação, vingança ou justiça, vinte e quatro horas por dia. Adrenalina correndo nas veias como uma queda d'água das mais belas cachoeiras; ou seja, sem cessar.
Para uma pessoa que sonhava com aquilo ficar com casos que não exigia tanto era irritantemente entendiante. Isso era nítido no rosto do Detetive Kim, que sem postura profissional ou escrúpulo, sujava a mesa e alguns documentos de seus casos a serem investigados, com seu sapatos muito bem engraxados de bico.
Kim soltava lentamente a fumaça do seu cigarro black sabor menta, pela boca, incensando o ambiente fechado com uma "neblina"e como usuário daquela droga — o cigarro — há um bom tempo, o rapaz nem sentia o ar asfixiante que aquela fumaça proporcionava.
— Detetive Kim... — o rapaz de fios loiros travou os passos logo na porta e exclamou— Ôh Deus! O caderno de casa servirá perfeitamente para cobrir o rosto daquela neblina de nicotina. Kim olhou o objeto mas mãos de Jeon e já considerava banal — tudo lá escrito ou impresso — antes de checa-lo.
— Detetive, para quê serve as janelas se você não se dá o trabalho de abri-lás? — questionou enquanto tinha a voz abafada e caminhava até as janelas com as persianas fechadas, abrindo tudo para o ar poder circular — Detetive...
— O que foi agora? — Kim resmungou tirando os pés e amassando a bituca do cigarro na mesa ao erguer o rosto para Jeon que contraiu o canto dos lábios se questionando mentalmente como havia caído na cilada de trabalhar como parceiro de Kim — Mais um caso de desaparecimento de algum animal? Se for, vá procurá-lo só.
— Todos detetives tem um começo.
— Nosso começo é ridículo, detetive Jeon, não vê?
— Desaparecimento de animais não é algo ridículo, pode ser tráfico.
— Quanto dos milhares de desaparecimento foi tráfico e não um animal cansado de ficar em casa com seus donos? — Kim ergueu a sobrancelha e Jeon abriu a boca soltando o ar com pesar. Pesar de ainda ter vontade de discutir com o mais velho — Nenhum, certo?
— Enfim. — resmungou Jeon colocando o caderno em cima da mesa do outro e lhe empurrando os mesmo com os dedos — Lembra daquele cara que estávamos procurando?
— O assassino? — logo Kim se endireitou, tendo postura e tomando em mãos o caderno.
— Sim. Ele havia sumido mas parece que retornou ao seu "hobby" de matar mulheres. Cinco pessoas fizeram uma denuncia de casos incrivelmente parecidos.
Jeon explicava enquanto Kim tirava de dentro de cada página do caderno fotos tirada pela equipe de médicos legistas.
— Se você reparar, todos os cinco corpos tem a mesma marca... — ele gesticulou com o indicador na imediação do rosto — O corte vertical do supercílio até a maçã...
