Capítulo 2- Grande Aguaceiro

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- Você quer?- Peter estica o pacote de Doritos em minha direção.

Nego com a cabeça. Estou preocupada demais para sentir fome. Peter dá de ombros e continua comendo enquanto observa o movimento de pessoas pelo aeroporto, como se isso fosse algo interessante.

- Durante quantas horas vamos voar, mesmo?

- Ah, sei lá. Acho que umas quatro horas.- Ele lambe os dedos avermelhados e me encara com o cotovelo apoiado no joelho.- Por que a pergunta? Você não parece muito contente.

Eu e Peter somos bem orgulhosos, é verdade. Quando brigamos, dificilmente damos o braço a torcer. Mas dessa vez, estávamos em uma situação bem importante. Inconscientemente, sabíamos que emburrarmos um com o outro não adiantaria de nada.

Peter está agindo como se já fosse acostumado com essa coisa de aviões, só que é puro fingimento. Ele é tão novo nisso quanto eu, nunca chegamos tão longe como agora. Quer dizer, eu sonhava com esse momento, mas agora admito que estou meio perdida com toda nossa rota de fuga.
Não é todo dia que você vai se muda do Alasca de maneira tão afobada.

- Eu só queria confirmar. Hum... Para onde vamos depois que desembarcamos?- Indago.

- O que foi, hein? Até parece que você sabe de algo que não sei.- Ele riu entre os dedos. Me olhando como se eu fosse de outro planeta.- Já te expliquei tudo, gata. Vamos para Olympia, casa do meu tio e meus primos. Você vai gostar deles, são gente fina. Eu nunca conheci pessoalmente, mas sei disso.

- Como assim você não conhece eles pessoalmente? Peter, eles sabem que estamos indo?!

E lá vem outra briga. E é tudo culpa do Peter, outra vez. É impressionante como ele consegue me dizer todas essas coisas com a maior cara de sonso, como se estivesse tudo bem.

- Eu estou começando a achar sinceramente q...

- Ei, relaxa Lucy, tá legal? Eu liguei para eles antes, não sou tão louco assim. Acha que vou arrastar você comigo sem plano nenhum? Tenho que cuidar de você, por mais que você odeie isso.

Relaxo um pouco após a declaração.

- Ainda bem que você sabe.

- Claro que sim.- Então ele dá aquele sorriso que poderia iluminar o mundo todo, se quisesse.- Você me ama, Lucy. Não adianta negar.

Faço uma careta, fingindo que ainda estou me decidindo sobre isso. Ele ri enquanto amassa a embalagem de Doritos.

- Hm... Não tenho certeza...

- Bem, pelo menos eu sei que te amo.

Eu disse. Esse cara consegue ser bem gracinha quando quer.

Leve-me ao Anoitecer ❮❮Seth Clearwater❯❯Onde histórias criam vida. Descubra agora