• Capítulo 3

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Emy

Segundo Jason Ross, meu primeiro dia será tranquilo, já que o meu chefe não está no escritório.

Não demoro para entender o que vou fazer, vou ser assistente de ninguém menos que Dylan Petterson, o próprio dono. Uma boa oportunidade para alguém que acabou de se formar.

Dizem que o senhor Petterson é o melhor advogado de Seattle, o que acredito, apesar de assumir poucos casos, ele ganha todos.

A manhã passa tranquila, organizo a agenda da semana, reuniões e mais reuniões, hoje ele teria duas, mas Jason disse que iria em seu lugar, uma parte minha ficou decepcionada, queria conhecer o senhor Petterson, esse é o trabalho dos meus sonhos, mas não foi possível, pelo menos hoje.

Duas horas de almoço é o que tenho, o suficiente para uma boa refeição e um descanso, meu celular vibra quando estou retornando para o escritório, vinte minutos antes do meu horário de almoço acabar.

- Oi, mamãe. – atendo o celular.

- Oi, filha, como está?

- Tudo bem, foi uma manhã bem tranquila, o senhor Petterson não está no escritório e Jason disse que seria um dia tranquilo.

- Jason? – preciso lembrar de chamar todos os homens pelo sobrenome, senão mamãe vai me jogar para cima de todos.

- Sim mamãe, ele é o vice-presidente, nada demais.

- Bonito? – ela pergunta.

- Sim.

- Jovem? – ela continua.

- É casado, mamãe. – minto e aperto o botão do elevador.

- Que pena, mas deve haver um jovem bonito para roubar seu coração por aí. – acho que já teve, mas não vem ao caso, mamãe não precisa saber, foi uma loucura. – Hum, ficou quieta tempo demais, já encontrou esse alguém?

- Mamãe, preciso voltar para minha mesa, falamos mais tarde?

- Com toda certeza. Te amo.

- Também te amo, mamãe. – desligo a chamada e suspiro.

Não vou me livrar de um interrogatório, estou completamente ferrada, espero que essa tarde seja longa e que Ally apronte algo, ou Jack, tomara. Talvez eu passe na casa dos meus avós, ou do meu irmão Theo, assim ganho tempo. Boa ideia!

Volto para minha mesa e para os intermináveis relatórios.

- Emy. – Jason me chama. – Preciso de um favor.

- Sim, em que posso ajudar?

- Você vai ter que ir à casa de Dylan, senhor Petterson. – ele sorri. – Preciso que leve esses documentos para ele assinar e traga-os para mim, até as dezessete horas, são para a última reunião.

- Tudo bem, ele sabe que estou indo? – pergunto levantando da cadeira e desligando o computador ao mesmo tempo.

- Sabe sim. – ele me estende um papel. – O número dele e o endereço, não se preocupe, os gastos serão pagos.

- Não estou preocupada. – sorrio envergonhada.

- Aqui os papéis, Emy. – ele aperta minha mão e sorri, Jason é bem bonito mesmo. – Obrigado, está me salvando, vou ficar te devendo essa.

- Não está me devendo nada. – digo a ele quando estou caminhando para o elevador.

- Estou te devendo sim, você não sabe o quanto. – ele pisca para mim e a porta do elevador se fecha. O que será que ele quis dizer com isso?

A casa do senhor Petterson é perto da casa da Serena, o que me deixa tranquila, ele deve ser um homem casado, então não preciso me preocupar, não é?

Toco a campainha, que ele seja um homem casado e sua esposa esteja em casa, nunca fui na casa de um homem sozinha. Engulo em seco, a porta se abre.

Meu coração acelera, meu rosto começa a queimar, vou ser demitida, se esse é o senhor Petterson.

- Senhor Petterson? – pergunto.

- Sim, você é? – ele pergunta subindo a manga da camisa social.

- Sou Emy Harris, sua assistente. – estico a pasta para ele. – Jason enviou isso.

- Canalha. – ele pega a pasta da minha mão. – Entre, por favor.

- Entrar? – pergunto.

- Sim, algum problema? – ele questiona.

- Posso esperar aqui.

- Tudo bem, mas acho que vai começar a chover. – ele diz olhando para o céu, o que não é nenhuma novidade, é Seattle, está sempre chovendo.

- Eu aceito entrar em sua casa, senhor Petterson.

- Dylan. – ele diz quando dá espaço para que eu entre, consigo sentir o cheio do seu perfume quando passo por ele, que cheiro bom.

- Senhorita Harris, pode ficar à vontade. – ele aponta o sofá. – Aceita alguma coisa?

- Estou bem, obrigada. – me sento no sofá, assim talvez consiga esconder a ansiedade que estou.

- Deixa eu ver o que temos aqui. – Dylan retira os papéis da pasta, ele tem um rosto tão bonito, seu cabelo preto combina com os olhos, sua boca tem um tom avermelhado que combina com o formato de seus lábios, Dylan pressiona os lábios em uma careta e sinto vontade de beijá-lo e eu nunca senti isso antes.

Minha garganta fica seca e eu paro de encara-lo, o melhor é prestar atenção nos moveis da casa. Ótima ideia, brilhante, como se algo fosse capaz de chamar atenção.

Volto para as mãos dele, não tem aliança, então não pode ser casado, o que me faz estar em uma casa de solteiro, já que não vi nenhum empregado por perto.

- Mais que droga. – ele grita e me assusta.

- Papai? – uma voz chama por ele, então ele é casado, não é?

- O que está fazendo fora da cama? – ele corre para a jovem, ela se parece com o pai, os cabelos negros e olhos escuros como os dele, ela me olha e sorrir.

- Estou me sentindo melhor, papai. – ela senta ao meu lado. – Sou Kristen, qual é o seu nome?

- Emy. – ela sorri, uma jovem bem bonita. – Assistente do seu pai.

- Ah. – Ela parece decepcionada. – Você é muito bonita Emy, é solteira?

- Kristen. – Dylan lança um olhar para ela. – Eu preciso ir ao escritório, acha que consegue ir comigo?

- Não papai, mas posso ficar aqui.

- Não vou deixá-la sozinha, vou ligar para Jason.

- Estou melhor papai, pode ir. Qualquer coisa eu te ligo. – ela está doente, e é bonito de ver que seu pai não quer deixá-la sozinha, me lembra meu pai, ele sempre ficava em casa quando um de nós estava doente.

- Eu fico com ela, se o senhor não for precisar de mim no escritório. – e ofereço.

- Faria isso? – ele questiona.

- Mas é claro, tenho experiência com crianças, e tenho dois irmãos médicos, qualquer coisa posso ligar para eles.

- Ótimo, Kristen eu realmente preciso ir ao escritório, mas volto o mais rápido que puder. – ele beija o topo da cabeça da filha.

- Tudo bem papai, vou ficar aqui conversando com a Emy. – ela diz sorrindo e segura em minha mão.

- Kristen, por favor. – ele pega as chaves e acena com a cabeça para mim.

- Então, senhorita Emy. – Kristen se volta para mim. – Você não respondeu se é solteira.

Até segunda ♥️

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