Mad world

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Nota inicial da autora: Essa história é parcialmente baseada na minha história de vida. Tem algumas pessoas a quem eu dedico alguns personagens como Jace que é uma pessoa que eu conheci recentemente em uma plataforma de RPG

Eu não fazia a menor ideia de quem eu era de verdade. Minha mãe não era humana, ela era uma caçadora de sombras que escondeu aquilo de mim durante toda minha vida; mas todo meu mundo desmoronou no meu aniversário de 15 anos

— Rose querida, levanta. Hora de acordar — Meu padrasto falou já encostado na porta do quarto, ele me olhava de um jeito estranho como se me fodesse com os olhos. Ele sempre me olhava daquele jeito, desde meus 5 anos de idade, naquele momento comecei a gritar e o empurrei pra fora do quarto a tapas. Consegui me arrumar rapidamente antes que ele voltasse, passei o dia todo fora; ligando para minha mãe pra avisar que só voltaria pra casa perto da hora que tinha combinado com minhas amigas pra sair comemorar meu aniversário

— Você tá linda amiga! Puta que o pariu, tá gostosa! — Wanda falou rindo ao entrar em meu quarto; ela usava um short jeans preto com meia calça vermelha, camiseta e botas. Sua aparição me fez sorrir enquanto olhava no espelho, meu cabelo cor de rosa estava liso caindo sobre as costas com leves ondas, eu vestia um colete de couro da cor de meus cabelos com detalhes de tachas e asas de dragão nos ombros, calças e botas de salto também da mesma cor

— Vamos logo, eu só quero sair daqui! — Falei e logo fui arrastada para a boate Pandemónium, um lugar meio barra pesada no centro. Aquele lugar me fez ter arrepios
— Devíamos estar aqui mesmo? — Perguntei antes de um cara loiro, corpulento e bem atraente esbarrar em mim; naquele momento soltei um "Olha por onde anda babaca"

— Você consegue me ver? — Ele perguntou parecendo genuinamente confuso enquanto me olhava, então levou a mão a meu rosto fazendo um carinho delicado que fez eu me arrepiar e soltar um suspiro rendido antes de continuar
— Aqui não é um lugar bom pra uma garota tão delicada quanto você, melhor ir embora — Ele disse e caminhou, se enfiando no meio da multidão enquanto minhas amigas me perguntavam com quem eu tava falando

— Sério que não viram o cara gostoso que esbarrou em mim? — Perguntei rindo enquanto o que ele disse sobre eu poder vê-lo ficava martelando em minha mente. Logo elas encerraram o assunto me arrastando pra dentro da boate lotada

Elas me guiaram direto para o bar, enquanto elas se divertiam deixando suas bebidas desprotegidas pude ver que um homem estava colocando algo nos copos. Não tive tempo de avisar para que elas não tomassem, então ouvi uma voz em meu ouvido

— Feliz aniversário queridinha. Achou que ia escapar de mim? — Meu padrasto perguntou encostando algo em minhas costas, pude sentir o frio do metal que me fez ter certeza que era uma faca. Comecei a chorar enquanto ele me arrastava pra fora da boate

— Não encosta em mim filho da puta! Fica longe de mim ou eu... — Parei no meio da frase já sabendo que não conseguiria ameaçar o mesmo, ele riu tirando o cinto e bateu com toda força em meu rosto enquanto me despia

— Ou o que? Ninguém vai te ajudar, e se contar pra sua mãe sabe que eu posso inverter tudo contra você. Digo pra ela que você me seduziu, ela me ama — Ele disse enquanto me jogava no chão, eu senti tudo. Senti quando ele me invadiu, os tapas em meu rosto; mas estava assustada demais pra fazer qualquer coisa além de chorar e gritar por ajuda

— Cala a boca piranha. Cala a boca — Ele disse apertando meu pescoço até me deixar quase inconsciente, naquele estado tive a impressão de ouvir a voz do cara que tinha me dito pra ir embora dali

— Solta a garota, não percebeu que ela tá inconsciente? Ou gosta de transar com as indefesas? — O estranho perguntou puxando meu padrasto de cima de mim enquanto eu me encolhi tentando recuperar o ar. Meus pulmões doíam com aquilo

— A vadia é minha, procure a sua meu chapa — Meu padrasto falou, eu vesti minhas roupas rapidamente e o ataquei por trás, acertando uma pedra em sua cabeça. As lágrimas rolavam por meu rosto quando o louro me abraçou, ao voltarmos para a boate vi minhas amigas sendo atacadas por um grupo de homens; meu salvador me colocou sentada no chão e tirou da jaqueta de couro uma espada cuja lâmina brilhava azulada

— O Herondale, perdeu algo aqui? — Um dos homens perguntou em tom de deboche me deixando assustada, o louro sorriu de canto antes de responder

— Perdi, o cadáver de vocês. Deixem essas garotas em paz agora — Ele disse com uma calma que fez eu me sentir segura pela primeira vez em 17 anos

Eu não consegui me lembrar de onde estava quando acordei no dia seguinte, sentado numa poltrona aos pés de minha cama estava aquele garoto louro que havia me salvado. Tudo o que eu conseguia me lembrar naquele momento era de minhas amigas, procurei meu celular nos bolsos até perceber que estava com roupas completamente diferentes da noite anterior

— Suas roupas tavam imundas, mas não se preocupa eu não toquei em você garotinha. Pedi pra Isabelle colocar minha camiseta em você e dormi aqui sentado vigiando seu sono  — Ele disse com um tom de voz suave e protetor enquanto se levantava se espreguiçando. Naquele momento pude perceber o quão machucado ele tinha ficado durante a briga com meu padrasto, sua camisa tinha manchas vermelhas enormes no abdômen

— Você tá ferido, por minha culpa — Eu disse me levantando, disposta a cuidar dele. Mas antes que eu pudesse fazer algo uma garota de cabelos pretos e corpo curvelineo apareceu como um furacão na sala, trazendo consigo um cabide com algo incrivelmente sexy

— Desculpa não ter nada que faça seu estilo. Não sabia que teríamos visitas, eu peguei algo do meu guarda-roupa pra você — Ela disse e lançou um olhar feio na direção do louro que havia voltado a se sentar
— Pra fora Jace, agora! — Ela ordenou o arrastando pelos pulsos e me fazendo rir

It's a very very bad worldOnde histórias criam vida. Descubra agora