O Fruto De Um Demonio

07

- Mas.. não estava com raiva dele?-Niall voltou para a cama, abraçando um ursinho de pelúcia que lá havia

- Eu não sei...-Parei por um segundo e percebi que estava confuso, eu estava com raiva dele, mas ao mesmo tempo, o amava

- Como assim? Você tem que saber-Niall mais uma vez me fazendo pensar, eu estava mais que confuso, ou eu amava ou odiava, talvez meus pensamentos insanos por Harry estavam querendo me enganar

- Acho que esta mais para amar do que para odiar- Dei um sorriso sapeca, Niall sempre foi o único dos meninos que me entende, entende como é não ter família, já que a dele morreu em um acidente, a minha não morreu, somente me abandonou na véspera do meu aniversário...Nada muito trágico

- Mas ele não sabe disso, ele pensa que você o odeia-Exatamente, Harry nunca teve a paciência de tentar me entender, ou até mesmo me deixar falar

- A culpa não é minha, ele que não quer aceitar que será pai em breve-Acariciei minha barriga, ela estava crescendo rápido de mais e ainda nem completou 2 meses

- Como vai esse pequeno?-Ele se levantou e veio até mim, levantando meu sweater com cuidado e observando minha barriga recém-crescida

- Me machucando um pouco...-Fiquei imaginando como iria ser quando ele nascesse, Harry iria continuar a ser bipolar e o trata-lo mal? Meu maior medo é que Harry se atreva a tentar meu filho já grande

- Não tem medo dele te matar?-Niall tirou seus olhos azuis da minha barriga e os fixou nos meus, fiquei em duvida, ele se referiu a Harry ou ao meu bebe? Tentei adivinhar, apostei no bebe, porque ele é o único a essa altura que pode me matar

- Não...-Olhei para o chão e comecei a pensar sobre minha resposta, será mesmo que eu não tinha medo disso acontecer? Muitas coisas já aconteceram comigo ao longo desse ano, fui abandonado pela minha família, engravidei de um demônio e tenho risco de morrer por causa disso, perdi todos os meus medos quando tudo isso aconteceu

- Você é a pessoa mais corajosa que já conheci, pequeno Lou-Ele me lançou um sorriso de lado, eu seriamente não me considero uma pessoa corajosa, só aprendi na maneira difícil que nem tudo é o que queremos e que precisamos ser valentes nas horas difíceis

- Só tenho medo de dizer uma coisa...-Voltei para a cama, me deitei e coloquei o ursinho em cima da minha barriga

- O que?-Ele sentou, colocando minha cabeça em seu colo e acariciando meus cabelos

- De dizer eu te amo..- Me senti um idiota por falar aquilo, eu poderia ter medo de tudo, de cobra, de escuro, de montanhas-russas mas não, eu preferi ter medo de algo que ninguém tem

- Ninguém tem medo de dizer isto, e sim da resposta...-Ele falou em um modo manso, bem devagar, talvez tentando esfregar na minha cara que eu sou um imbecil

- Sério?-Me virei a ele, vendo seu lindo sorriso em seu rosto