west village T. CHALAMET

the nightmare

Fiz esse meme da capa para alegrar o coraçãozinho de vocês antes de lerem este capítulo :)

***

Meu aniversário estava chegando e eu não podia estar mais do que ansiosa. Nunca fui uma pessoa que liga muito para o próprio aniversário, mas esse ano seria diferente, porque agora eu tenho amigos e um namorado.

Dana ficou a semana toda me perguntando se eu já tinha planos para celebrar esse dia ou se gostaria que ela planejasse uma festinha no nosso apartamento, já que ela conhecia muito mais pessoas em Nova York do que eu. Como eu não tinha nada em mente, falei que por mim tudo bem, afinal minha alma brasileira não recusaria uma festinha por nada.

Estava até planejando criar uma playlist com os melhores funks que conheço porque algo em mim diz que Dana adoraria ir à um baile funk no Brasil. Consigo até imaginá-la sensualizando para todos os garotos e arrasando o coração de cada um deles com seu jeito safado e tentador de ser.

As últimas semanas tinham sido incrivelmente maravilhosas para mim, apesar da discussão que tive com Timothée semana passada. Depois de tudo o que aconteceu na sua vida profissional, eu percebi que ele ficou um pouco mais distante de mim, e aquilo estava me afetando de uma forma completamente negativa.

"Nós havíamos chegado de um jantar não tinha muito tempo. Timmy disse que eu poderia passar a noite em seu apartamento, já que estava tarde para eu voltar para o meu. Não recusei. Apesar de ter aula pela manhã e estar bem exausta com minha rotina pesada na faculdade e no trabalho.

Eu sentia dores frequentes nas costas e Timothée até as massageou para mim por um tempo. Foi bom. Relaxante. Mas eu realmente precisaria dormir por uns cinco dias direto para acabar com a exaustão que estava sentindo nas últimas semanas.

- Vou tomar uma ducha rápida – ele avisou, tirando a blusa e entrando no banheiro.

Eu estava deitada na sua cama já, sentindo meus olhos pesarem de sono, porém queria ficar acordada e esperá-lo para que eu pudesse usar o banheiro depois. Tentei concentrar meus olhos no desenho que passava na TV em seu quarto, mas estava sendo uma luta.

Foi quando ouvi o barulho do toque do seu celular em cima da mesa ao meu lado da cama. Peguei para checar qual era a notificação e vi que sua irmã, Pauline, havia lhe mandado uma mensagem.

- Timmy! – o chamei, alto o bastante para que me escutasse dentro do banheiro. Ele nunca fechava a porta por completo quando eu estava aqui.

- QUE? – gritou de volta.

- Seu celular!

- O que tem?

- Sua irmã te mandou uma mensagem.

Escutei o chuveiro desligando e a porta do box se abrindo.

Timothée apareceu completamente molhado na porta do banheiro, segurando apenas uma toalha na cintura e uma expressão preocupante no rosto.

- Você estava mexendo no meu celular? – indagou, quase me julgando.

- O quê? Claro que não. Ele vibrou e eu peguei para ver quem era.

Sua face não parecia ter aceitado muito bem a minha resposta. O que havia acontecido com ele?

- Há algum problema nisso? – perguntei, receosa, quando ele se aproximou molhando o quarto inteiro com seu corpo pingando água.

- Não. Apenas não gosto que fiquem invadindo minha privacidade.

O quê?!

- Privacidade? Baby, eu nem sei a senha do seu celular. Não era como se eu estivesse tentando procurar por alguma coisa.