𝑹𝒆𝒃𝒆𝒍 𝒘𝒊𝒕𝒉𝒐𝒖𝒕 𝑪𝒍𝒖𝒆

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𝐄𝐧𝐫𝐨𝐥𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐯𝐜𝐬... 𝐍𝐚̃𝐨 𝐚𝐜𝐡𝐞𝐢 𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐝𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐦𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚, 𝐞𝐧𝐭𝐚̃𝐨 𝐣𝐮𝐧𝐭𝐞𝐢 𝐨 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐠𝐥𝐞̂𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐚𝐧𝐡𝐨𝐥...

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Sentada no meu quarto. ¿De que serviu tudo isso ?. Sentindo como se o mundo fosse acabar, antes que pudesse entenderlo. Bebe meu amigo a poção da emoção....

¿Pode sentir todo esse amor, o ódio, a inveja, a mera confusão ?

Porque eu realmente não sei quem sou. Ou como me apresentar a você. Não sei quem realmente sou... Sou uma rebelde sem causa.

Vamos nos sentar, assistir como os trens de descarrilham. Eles querem que aprendo. Bem... Eles podem sentar e me ver falhar. ¿Meus amigos estão mudando, ou é coisa de minha cabeça ?.

¿Algum dia, entrelaçaremos as mãos com o tempo ?. Porque realmente não sei quem sou, ou como me apresentar a você. Realmente não sei quem sou.... Sou uma rebelde sem causa

E agora você quer que eu mude, realmente não sei quem sou. ¿Não te parece tudo estranho ?.

Sentada no meu quarto... ¿De que serviu tudo isso ?.

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Faziam dias que não conversava com Ricky, depois daquele "Eu te amo", eu terminei com ele já que obviamente não estávamos na mesma sincronia.

Me sinto perdida, namoramos por três anos e quando decidi dizer que o amava, só ouvi um silêncio como resposta, Ricky levantou e foi embora, sem responder.

Nesse momento o odeio, várias dúvidas se passam em minha cabeça... ¿Não sou boa o suficiente pra ele. Ou simplesmente o que vivemos não significou nada ?.

Odeio não estar segura de mim, odeio toda essa confusão, me odeio ainda mais por amá-lo... Por não conseguir ficar zangada com ele.

Ouvi batidas na porta, cequei minhas lágrimas, respirando fundo, minhas mães devem estar preocupadas já que não sai do quarto desde que nós brigamos, e isso faz dois dias. Me surpreendi ao ver Ricky parado em frente a mim.

Assim que me viu, sua feição mudou para preocupação, ainda machuca vê-lo tão próximo, mas tão distante.

-¿Você estava chorando ?.- Diz mais como uma afirmação do que uma pergunta. Não vi necessidade de responder... Minha cara dizia tudo.

Olhos vermelhos e inchados, cara amassada. Eu tô ótima.

-Droga. Eu...- Respirou fundo, eu encostei na cabeceira da cama segurando meus joelhos o encarando.- Sinto muito por tudo.

-Você não fez nada.- Digo, minha voz da uma breve falhada. Nada... Talvez esse tenha sido o problema.

-Sim, e é por isso que sinto muito. Eu fui pego de surpresa, não devia ter fugido... Você deve me odiar.- Seus olhos não me encaravam, parecia achar o chão mais interessante. Sua voz denunciava que as lágrimas estavam por vir.

-Nunca vou conseguir te odiar.- Ele me olhou e seus olhos brilhavam.- Só me diz o que eu fiz...

-Nada.- Disse rapidamente.- E não pensa que fez algo errado, eu não te mereço.- Revirei os olhos.

-Ricky... ¿Por que fugiu ?.- perguntei diretamente.

-Medo.- O encarei confusa.- ¿Você já viu o relacionamento dos meus pais ?. Eles costumavam dizer que se amavam e olha o que aconteceu...

-Mas não somos eles. Eu fiquei pensando que você tinha desistido da gente, que não gostava de mim...

-Claro que não...- Um sorriso fraco escapou de meus lábios, ele retribuiu.

Ricky foi se aproximando de mim lentamente, colocando uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha, acariciando minha bochecha delicadamente com a outra mão.

-Odeio te ver chorar, principalmente se for por minha causa.- Distribuiu beijos por meu rosto me fazendo rir.- Bem melhor.- Sorriu pra mim.

-Idiota.- Soquei seu ombro brincando.

-Sim... Seu idiota.- Senti meu coração bater bater mais rápido com aquilo. Ricky não era muito bom se declarando... Acredite.

Sempre me diz como se eu soubesse, conseguimos nos entender pelo olhar, as palavras saem naturalmente pra mim, já ele se comunica pela música.

Adoro ouvir sua voz cantando algo pra mim... Somente pra mim. Seu sorriso fofo, o brilho nos olhos me olhando. É como um sonho.

-Eu...- Começou a dizer, mas foi interrompido pelo toque de meu celular.

-Hey E.J.- Pude vê-lo revirar os olhos, com ciúmes.

E.J Caswell é um atleta, capitão do time de polo aquático da escola e virou meu melhor amigo quando comecei a gostar de Ricky, não podia contar ao meu melhor amigo sobre o amor que eu sentia por ele mesmo.

Mas desde que me aproximei dele, Ricky não esconde os ciúmes e as vezes é possessivo... E eu como a idiota que sou, acho fofo.

-Não, eu tô bem...- Digo depois do bombardeio de perguntas.

-Você sumiu por dois dias. ¿O que aconteceu ?.- Perguntou preocupada.

-Serio, eu já resolvi. Obrigada por se preocupar...- Ele revirou os olhos e eu ri.

-Ah, entendi...- Escutei a risada de E.J pelo telefone.- Diz pro Ricky que eu mandei oi. E nós conversamos amanhã.- Me despedi, dando total atenção ao garoto a minha frente.

-E.J mandou oi.- Provoquei.

-¿Por que ficou amiga dele mesmo ?.- Eu ri, colocando meus braços em volta de seu pescoço.

-Não importa.- Desistiu agarrando minha cintura... Possessivamente.- ¿O que estava falando ?.

-Ah sim.- Sorriu.- Eu te amo, muito... Muito mesmo.

-¿Demorou dois dias pra tirar essa conclusão ?.- Provoquei.

-Nah, disso eu já sabia faz tempo, mas como eu disse, você me pegou de surpresa. Eu queria ter te falado aquilo, acredite.

Quebrei o pequeno espaço entre nós selando nossos lábios, sorrimos durante o beijo, a batida forte do meu coração me lembrava o quanto senti falta desse beijo.

-Ah, da próxima vez que eu me declarar e você fugir.- Afastei um pouco.- Nunca mais falo com você.

-Tudo bem, deixa que eu me declaro depois.- Nós rimos, logo depois retomando o beijo.

Ficamos na minha cama assistindo alguns filmes, enquanto eu deitava em seu peito e seu braço rodeava minha cintura.

Espero que esse idiota nunca mais fuja desse jeito.

𝓞𝓷𝓮 𝑆𝓱𝓸𝓽𝓼: 🄹🄾🄻🄸🅅🄸🄰 / 🅁🄸🄽🄸Onde histórias criam vida. Descubra agora