09|𝑳𝑼𝑮𝑨𝑹 𝑺𝑨𝑮𝑹𝑨𝑫𝑶|

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 E meus cortes se tiverem curado com o tempo

O conforto se pousará sobre o meu ombro

E enterrarei o meu futuro para trás

Vou sempre manter você comigo

Você estará sempre na minha mente

HOME | GABRIELLE APLIN 

•QUINZE ANOS ATRÁS•

Era a minha primeira vez que eu vinha aqui depois que meu pai faleceu

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Era a minha primeira vez que eu vinha aqui depois que meu pai faleceu. Nunca tive coragem de vim para cá. Ou eu nunca tive coragem de pedir para a minha mãe voltar para cá.

Meu pai conheceu minha mãe, quando eles tinham entre 14 ou 15 anos. Ela me contou que eu me parecia muito com ele. Acho que isso a machuca muito, se lembrar da pessoa que mais amou em toda sua vida todos os dias.

A única coisa que eu não o puxei foi o cabelo, nisso eu tive sorte de puxar o loiro acastanhado de minha minha mãe.

Ela disse que a primeira vez que eles se encontraram foi no bosque. A cidade estava ainda em construção, tinha apenas algumas casinhas e pequenas fazendas. Na época o bosque era um dos poucos lugares favoráveis a ir. Não tinha muitas coisas divertidas a se fazer. Se bem que minha mãe era uma leitora incurável — se bem que até hoje, depois que eu a ajudo a fazer os serviços eu a vejo lendo, alguns clássicos —,sei que era seu grande sonho poder escrever algum livro ou até mesmo fazer uma faculdade de literatura. Já o meu pai... bem eu não sei muito sobre meu pai, eu sei o que me falaram dele, não tive a chance de conhecê-lo pessoalmente.

— Caleb ? Por que a gente está aqui — me perguntou, foi só assim que percebi que eu não disse uma palavra depois que entramos no bosque.

— Foi aqui ... — foi só isso que consegui respondê-la , depois que eu vi o cadeado com as iniciais do meu pai e da minha minha.

Ela percebeu que eu estava olhando fixamente para a grade da ponte,foi aí que percebeu que eu estava olhando para um cadeado específico.

— Que era o lugar especial de seus pais — finalizou e eu assenti.

— Hoje vai fazer seis anos que ele faleceu, eu sempre quis vir para cá, porque sei que tem um pouquinho dele aqui. Mas...— suspirei, vendo várias flores de Lótus e dei um sorriso sem mostrar os dentes — Eu nunca consegui. Acho que... era o medo, de saber que ele não iria mais voltar.

Sem eu perceber eu já estava chorando e Ashley me abraçou, não por pena, mas para me reconfortar e para mostrar que ela sempre iria estar comigo.

— Eu também perdi alguém especial — murmurou — Mas sabe que eu aprendi? — eu neguei.

— Não precisamos esquecer para deixar ir — disse por fim.

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