- Que está acontecendo aqui? Que está acontecendo? - atraído, sem dúvida, pelo grito de Gabriela, Argo Filch apareceu, abrindo caminho com os
ombros por entre os alunos aglomerados. Então ele viu Madame Nora e recuou, levando as mãos ao rosto horrorizado. - Minha gata! Minha gata! Que aconteceu a Madame Nora? - gritou ele. E seus olhos pousaram em Harry. - Você! Você! Você assassinou a minha gata! Você a matou! Vou matá-lo! Vou...- Argo! - Dumbledore chegara à cena, seguido de vários professores. Em segundos, passou por eles e soltou Madame Nor-r-ra do porta-archote. - Venha comigo, Argo - disse a Filch. - Os senhores também, Sr. Potter, Sr. Weasley, Sr. Riddle e Sr. Malfoy.
Lockhart deu um passo à frente pressuroso.
- A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, por favor, fique à vontade...
- Muito obrigado, Gilderoy - disse Dumbledore. Os presentes se afastaram para os lados em silêncio para deixá-los passar. Lockhart, com o ar agitado e importante, acompanhou Dumbledore, apressado; o mesmo fizeram a Prof
a McGonagall e o Prof. Snape. Ao entrarem na sala escura de Lockhart, ouviram uma agitação passar pelas paredes; Harry viu vários Lockharts nas molduras se esconderem, com os cabelos presos em rolinhos. O verdadeiro Lockhart acendeu as velas sobre a escrivaninha e se afastou um pouco.Dumbledore pôs Madame Nora na superfície polida e começou a examiná-la. Os meninos trocaram olhares tensos e se sentaram, observando, em cadeiras fora do círculo iluminado pelas velas.
A ponta do nariz comprido e curvo de Dumbledore estava a menos de três centímetros do pelo de Madame Nora. Ele a examinou atentamente através dos óculos, apalpou-a e cutucou-a com os dedos longos. Snape esticava-se por trás deles, meio na sombra, com uma
expressão estranhíssima no rosto: era como se estivesse fazendo força para não sorrir. Lockhart andava à volta do grupo, oferecendo sugestões.- Decididamente foi um feitiço que a matou, provavelmente a Tortura Transmogrifiana. Já a usaram muitas vezes, que pena que eu não estava presente, conheço exatamente o contrafeitiço que a teria salvado...
Os comentários de Lockhart eram pontuados pelos soluços secos e violentos de Filch. Ele se afundara em uma cadeira ao lado da escrivaninha, incapaz de olhar para Madame Nora, o rosto coberto com as mãos. Por mais que detestasse Filch, Harry não pôde deixar de sentir uma certa pena dele, embora não tanta quanto a que sentia de si mesmo. Se Dumbledore acreditasse em Filch, o garoto com certeza seria expulso.
Dumbledore agora murmurava palavras estranhas para si mesmo, tocando Madame Nora com a varinha mas nada aconteceu.
- Lembro-me de algo muito parecido que aconteceu em Ouagadogou - disse Lockhart. - Uma série de ataques, a história completa se encontra na minha autobiografia, naquela ocasião pude fornecer aos habitantes da cidade vários amuletos, que resolveram imediatamente o problema...
As fotografias de Lockhart na parede concordavam com a cabeça quando ele falava. Uma delas se esquecera de tirar a rede dos cabelos. Finalmente Dumbledore se ergueu.
- A gata não está morta, Argo - disse ele baixinho. Lockhart parou imediatamente de contar o número de assassinatos que evitara.
- Não está morta? - engasgou-se Filch, olhando por entre os dedos para Madame Nora.
- Então por que é que ela está toda... toda dura e gelada?
- Ela foi petrificada - disse Dumbledore. ("Ah! Eu bem que achei!", disse Lockhart.) - Mas de que forma, eu não sei dizer...
- Pergunte a ele! - gritou Filch, virando o rosto manchado e escorrido de lágrimas para Harry.
- Nenhum aluno de segundo ano poderia ter feito isto - disse Dumbledore com firmeza. - Seria preciso conhecer Magia Negra avançadíssima...
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𝓔𝓼𝓹𝓪𝓬𝓸 𝓣𝓮𝓶𝓹𝓸 - tomarry
Fanfiction❬hiatus❭ ❝Assim que nasce, Tom viaja no tempo caindo em 1980, em frente ao orfanato Wool. Enquanto isso, Harry tentava viver o menos pior possível com seus tios, felizmente, é tirado daquele lugar no qual nunca foi sua casa.❞ - Personagens pertencem...