11/05/2019|sábado, 13:45 da tarde
Abro os olhos de forma assustada, retomando minha consciência indesejada.
Eu podia sentir minha cabeça doer quase à ponto de explodir por tanto latejar.
Ainda estou vivo ou no inferno...? Bem, creio que os dois devido a visão que tenho de meu quarto, o que significa que permaneço na minha casa e pior, com meu pai.
Sentia-me fraco e meu estômago doía fortemente, porém, nenhuma das dores eram mais terrivelmente dolorosas do que ainda estar vivo.
Viro de lado devagar, vendo Taehyung sentado enquanto mexe no celular.
─ T-Teteco...? ─ Perguntei meio desnorteado.
Ele solta o que segurava nas mãos e um sorriso animado surge de imediato em seu rosto.
─ Jimin-ah! ─ O mesmo grita e pula em cima de mim, me apertando em seus braços enquanto deposita beijos por meu rosto gélido.
─ O-Oi... ─ Respondi e apertei um pouco os olhos.
─ Eu podia te esganar agora! Mas vou deixar isso para depois, pois estou muito feliz. ─ Apertou o meu rosto após dizer e deu-me um beijo na testa.
Uma risada fraca é tirada de mim e em seguida começo a fazer carinho em sua nuca.
─ Pelo amor de Deus, nunca mais faça isso comigo! A sorte foi que eu cheguei na hora, mas imagine se não tivesse sido assim? ─ Questionou enquanto me encarava.
─ Eu já estaria morto. ─ Afirmei.
─ Seu insensível! ─ Ele exclamou e fez careta, cruzando os braços depois.
─ Você é muito dramático, Teteco. ─ Disse enquanto fazia careta também.
─ Sou dramático por me preocupar com meu melhor amigo??? ─ Perguntou indignado.
─ Desculpa... Obrigado por tudo, Teteco. ─ Faço bico e lhe abraço, me aconchegando em seguida.
─ Hm. ─ Foi tudo o que Taehyung respondeu.
Após sua tão comum resposta, ele me apertou nos braços e senti que respirava fundo enquanto fazia carinho por minhas costas.
Não queria preocupá-lo de forma alguma... Eu não contava com sua aparição tão de repente.
Sei que não podia ter feito isso com ti, meu amorzinho... Sinto-me o pior dos melhores amigos. Fui egoísta, mas preciso ser... Tuas intenções são ótimas e sei que queres apenas me ver bem, porém, eu só estarei de tal forma quando não houver mais vida em meu corpo.
O abraço se estendia enquanto eu pensava. Ele aparentava não querer me largar e sinceramente, não o julgo.
Eu te amo, Tete... Nunca iria querer ver-te morrer. Sim, sou um grande hipócrita e egoísta por isso. Perdão por tantos defeitos.
─ Teteco...? ─ Quebro o silêncio lhe chamando assim que saio de meus torturantes pensamentos.
─ Oi, meu pão de mel. ─ Respondeu docemente e de maneira tranquila.
─ Eu te amo. ─ Declarei e o mesmo me apertou mais, demorando um certo tempo calado.
─ Eu também te amo, Jimin-ah. ─ Afirmou amoroso enquanto permanecia fazendo carinho.
Ali ficamos por minutos, os ambos calados em um silêncio confortável e aconchegante.
Toda a tristeza, acompanhada da angústia que tomava conta do meu ser, foi arrancada rapidamente, isso sempre acontecia quando estávamos juntos.
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O Inconsciente - jikook
RandomPark Jimin, um jovem de dezoito anos cujo a vida é conturbada, começa a ter sonhos com um garoto que jamais ouviu falar. Nos mesmos, ele lhe ajuda a lidar com seus problemas psicológicos e o constante desejo de tirar a própria vida. O que Park não s...