Olho para o enorme campo com indiferença, o céu completamente azul e limpo me deixava enjoado, mas acho que as pessoas gostavam assim. Olho de um lado para o outro, "talvez mamãe tenha me abandonado"
- CEDRIC!!!
Aquela voz eu conhecia bem, minha meia-irmã, com seus cabelos pretos enrolados e pele morena, suspirei fundo quando ela chegou perto e passou seus braços finos em volta do meu pescoço. Agarro sua cintura fina a puxando mais perto.
-Vamos crianças.
Mamãe diz enquanto alisa seu vestido, minha Irmã me solta e sorri enquanto me pergunta como foram as coisas na escola, conto tudo a ela que sorri animada.
(Brasil ano 1601 Período de escravidão)
As ruas estavam tomadas de pessoas, umas acorrentadas e outras com chicotes na mão as leiloando, ando no meio da multidão o mais depressa possível, e assim que chego em uma parte mais afastada do restante das pessoas, observo a casa de madeira e entro trancando a porta.
- Como está?
Minha mãe pergunta baixinho.
- Chegaram mais dois navios, algumas pessoas já estavam mortas.
- Meu deus!
Mamãe agarra seu crucifixo e começa a rezar baixinho, caminho até o quarto de Lolla, abrindo a porta de seu quarto e a vejo lendo o livro que acabei roubando da biblioteca. Caminho lentamente e aperto sua cintura fazendo-a se assustar.
- Idiota!
- Como você está?
- Entediada, queria poder sair.
- Sabe que não pode, é perigoso.
- Sim, mas estou cansada de ajudar mamãe com as coisas aqui. Já sei! eu posso te ajudar no trabalho.
Solto uma risada alta e olho para ela sem acreditar.
- É sério, posso carregar os sacos e madeiras, posso até corta-las com o machado.
- Acho que você precisa comer muito, pra carregar tudo aquilo.
- Você não come e tá sempre carregando.
Olho para seu rosto e sorrio mais uma vez, não poderia deixa-la se machucar, "é ruim dizer que gosto dela trancada em casa? Que se foda, eu vou pro inferno mesmo".
- Talvez você possa me ajudar,
Me aproximo do seu rosto, pegando uma mecha do seu cabelo e cheirando, "meu deus eu sou doente, porque o simples cheiro dela me faz ficar de pau duro".
- Se fizer algo pra mim.
Suas sobrancelhas se contraem, cheiro mais profundamente seu cabelo e espero por sua resposta.
- O quê?
- CHEGUEI!
Me separo dela e olho para a porta, "porra meu pai tinha que chegar agora". Olho mais uma vez para o rosto de Lolla e saio pela porta, meu pai me olha e sorri vindo me cumprimentar.
- Como vai garoto? Trouxe umas maçãs pra você, sei que gosta de torta de maçã.
- Sim, obrigado.
Ele bagunça meu cabelo e tira uma boneca da bolsa, seus cabelos pretos e pele morena me lembram minha Lolla.
- Pai é linda.
- Pedi para a costureira fazer igual você, gostou?
"Acho que se ela tivesse doze anos gostaria mais"
- Sim, muito obrigada.
Ela sorriu e se abraçaram, mãe me chama na cozinha para ajudá-la com a comida como sempre.
- Você está estranho.
"Se estranho quer dizer que me masturbo pra sua filha, sim, estou."
- Está gostando de alguma garota?
- Não, apenas muito cansado.
Eu não odiava carine, ela é uma boa mulher, meu pai é feliz o problema é Lolla... tudo que tem haver com Lolla é um problema.
- Você deveria sair, conhecer alguma menina da sua idade e se casar.
Eu já tinha saido com algumas garotas da vizinhança, mas apenas pra poder me esquecer de Lolla por um momento, porém não funcionou, cada vez que fudia com alguma garota eu automaticamente imaginava ela.
- Talvez.
É talvez eu devesse me casar, e usar a "felizarda" como substituta.
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Obssessao
Historical FictionCedric sabia que era proibido amar sua meia-irmã, mas algo dentro dele borbulhava e queria tanto que ela sentisse o mesmo por ele