capítulo único - maestria.

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universo alternativo em que meu nenezinho precioso sofre e eu quero chorar. não xinguem o adrien real, ele é meu filho. esse daqui eu acho que pode, dependendo da interpretação. boa leitura e em breve tem marigami piticas pra compensar! votinhos e comentários são sempre bem-vindos, viu?

(...)

Os dedos de Adrien eram bonitos. Delicados, embora um pouco calejados. Tocavam com maestria todas as teclas do piano, tocavam cinturas e mais cinturas, deslizando majestosamente pelas peles expostas das garotas bonitas do campus. Uma vez, há muito tempo atrás, tocaram o corpo de Luka. Cada centímetro possível. Mas não tocava mais.

Ele ainda tinha a vívida lembrança em sua memória. Os fios loiros beijados pela luz do pôr do Sol, os olhos verdes brilhando como as folhas secas que apreciam no outono, a grande janela de vidro iluminando o mais puro dos toques, ainda que sujo. Se lembrava das mãos contornando os desenhos que pintavam seu corpo, ainda as sentia afastando os fios azuis. "Quero te ver", ele dissera. E viu. Em seu íntimo, com o olhar de quem decifrava códigos ilegíveis, Adrien o viu. 

E na falta do toque de Adrien, com o Sol finalmente descansando e com a fria presença da lua, Luka não mais sentiu os calos das mãos exaustas. Não o sentiu tocar suas tatuagens, não mais tinha alguém para afastar seus cabelos. Não sentiu os lábios cor de pêssego descerem por seu corpo, não mais provava do gosto doce nos lábios finos. Então, vendo mais uma vez os dedos de Adrien na cintura de Marinette, ele se lembrou de quando o loiro o viu. 

Tolice da parte de Luka. Ele deveria saber que ver não era sinônimo de guardar.

(...)

obrigada por ler, desculpa por qualquer errinho, viu?

fingertips • lukadrienOnde histórias criam vida. Descubra agora