Capítulo Único

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BRENNA

Normalmente eu sempre me vestia de forma exemplar quando as entrevistas ocorriam nos estádios, à escolha mais comum sempre foram os ternos femininos, eles me deixam profissional, e eu sempre fiquei linda em um terno. Mas hoje seria diferente.

A ESPN, onde trabalho desde que Georgia Barnes me contratou inicialmente como sua assistente há alguns anos, me mandou pela primeira vez a um jogo dos Edmonton Oilers. Com a final se aproximando, os jogos começam a ficar ainda mais empolgantes e violentos, os jogadores querem vencer tanto quanto os seus torcedores querem ganhar. E eu faria uma pequena entrevista com o capitão do time vencedor de hoje para o final da matéria dessa semana. Cada vez mais próximo da taça.

Edmonton Oilers vs Arizona Coyotes.

É bom Edmonton vencer ou farei Jakey pagar. Eu estou usando um vestido preto e salto alto exatamente para esse momento, e eu não esqueci meu batom vermelho. Por enquanto, estou na área destinada aos repórteres assistindo o jogo como todos. Eu deveria me manter imparcial, mas é possível não vibrar com cada ponto feito pelo time do meu namorado.

— Os coiotes vão voltar para casa uivando de tristeza, — meu colega de trabalho, Ryder Davis comenta ao meu lado. Ele ficou responsável por entrevistar os outros jogadores como sempre é feito. Ryder também não parece ser muito imparcial.

Eu concordo, mas meus olhos continuam no capitão do time dos Oilers. Jake sempre me deixa impressionada no gelo, ele é veloz, feroz e dá tudo de si em cima dos patins. Ele é leal aos seus companheiros de equipe, como capitão está sempre motivando os outros jogadores a darem o melhor, e sei que está fazendo um excelente trabalho quando o jogo é encerrado e eles vencem com um placar de 5x3.

A galera vai à louca. Estamos jogando em casa, o que significa que a arena está tomada pelas cores laranja e preto, o barulho é ensurdecedor e os torcedores fazem as arquibancadas vibrarem. É nessa hora que os repórteres entram em ação, eles precisam descer e começar a gravar e entrevistas os jogadores, tanto o time que ganhou quanto o que perdeu.

Eu permaneço de pé, vai demorar um tempo até Jake estar livre para me encontrar na sala que a ESPN reservou para a entrevista, por isso ele no gelo consegue rapidamente me encontrar. Como ele tirou o capacete, Jake leva a mão ao coração e então a boca me mandando um beijo, eu retribuo com o mesmo gesto.

Quarenta minutos depois, Connelly finalmente consegue se encontrar comigo. Eu já estava sentada em uma das poltronas, a câmera já estava posicionada assim como o pequeno microfone preso em meu vestido. Ele entra e me lança aquele sorriso arrogante de sempre que eu tanto amo. A minha assistente prende o microfone em seu uniforme, que ele ainda não conseguiu trocar, e orienta o capitão dos Oilers a se sentar na única poltrona vazia ao meu lado. Ele é tão grande que seu joelho roça o meu.

Com o tempo apertado, não temos nem alguns minutos para conversar em privado, o cameraman faz a contagem e começa a gravar ao vivo.

— Vamos então ao vivo conversar com o capitão do time, Jake Connelly. Brenna é com você, — eu sou direto do meu ponto no ouvido e começo.

— Eu sou Brenna Jensen e estou aqui com o capitão do time Edmonton Oilers, o time vencedor desta noite. É um prazer ter você conosco, Connelly — eu faço a chamada.

— O prazer é todo meu, — ele responde sorrindo para a câmera.

— Vamos ao que mais interessa no momento: Capitão Connelly, como se sente com a vitória de hoje?

— Orgulhoso do meu time, treinamos dia e noite para estarmos aqui hoje, — ele responde cruzando as pernas como a maioria dos homens fazem.

— O que você acha que aconteceu para o bom desempenho do time?

Interview with DadOnde histórias criam vida. Descubra agora