Único.

808 117 10
                                    

Boa leitura!

❝🎨͡࿐

Os campos da propriedade Kim ganhava cor ao escaldante sol do meio-dia enquanto a brisa fresca elevava o cheiro da lavanda. O vento entrava pela janela aberta da casa, balançando as cortinas azuis celestes. Jeongguk se sentia no paraíso. Seu cabelo negro embaraçava ao vento e o cheiro da plantação infiltrava na camiseta que cobria sua nudez. A música calma que saia da pequena caixa de som acalmava seus nervos, aquela melodia é sua favorita. Segurava uma taça enquanto pintava um quadro, bebericando, poucas vezes, o vinho Bordeaux de Mouton-Cadet – um dos mais caros na região francesa. Ele desenhava seu modelo: Taehyung é o nome dele.

O homem de cabelos cacheados negros mantinha uma expressão neutra enquanto observava a paisagem através da janela. Sentado a uma cadeira de madeira, ele exibia seu corpo atlético, o blazer verde escuro aberto e a calça social de tonalidade lavagem folgada. A veste lhe dava o ar de sexualidade. Estava descalço. Quando podia, se deliciava com a imagem à frente. Taehyung não demonstrava vergonha por estar exposto ao jovem pintor, mas, pelas noites de amor que já tiveram juntos, aquilo não chegava perto dos pecados que já fizeram. O corpo de Jeongguk ainda estava marcado pelos lábios do Kim. Os chupões que Taehyung havia feito nele ontem à noite continuavam roxos, e só o Jeon sabe quanto tempo ele fica abobado em frente ao espelho observando as marcas em sua epiderme.

Taehyung o olhou por um breve momento, mantendo o semblante inexpressivo, como um verdadeiro profissional. Ele moveu os lábios avermelhados e delineados, logo traçando um largo sorriso de canto.

— Adora me observar, não é?

Jeongguk soltou um riso nasal e negou com a cabeça, totalmente abobado. Seu coração acelerava por tão pouco.

— Quer dar uma pausa? — pincelou mais uma vez a jaqueta verde — Acho que essa posição não é confortável... e ficar sentado à essa cadeira de madeira por horas, em uma mesma pose, deve estar dolorido, não é mesmo? — piscou o olhando. Taehyung observou os longos cílios do garoto seminu.

— Sim, minha coluna não é a mesma de antes. — resmungou baixinho, mas foi o bastante para Jeongguk ouvir. — Estou velho, querido.

Ele se levantou, se esticando ao máximo para tirar a dor. O tronco com poucos músculos fora mais exposto.

— Você tem apenas vinte e oito anos, Tae. Ainda é jovem — abandonou o pincel no suporte do quadro e voltou a tomar seu vinho velho, de alguns anos atrás.

— Estou quase na casa dos trinta! — andou até o mais novo, afim de roubar sua bebida. Sua garganta estava seca e nada era melhor que os vinhos guardados, e comprados, por Jeongguk. — Quase — enfatizou.

— Me lembro quando nos conhecemos. Você tinha apenas vinte e cinco anos, mas falava as mesmas coisas que agora. — Taehyung riu e roubou a taça das mãos do jovem pintor — Tem mais taças no armário, amor...

Kim bebericou e soltou um barulho de satisfação, estalando o céu da sua boca. Estava gelado, mesmo que estivesse algum tempo fora da geladeira.

— Me sinto feliz quando me chama assim... — comentou, respirando fundo.

Jeongguk se levantou, mostrando as coxas pálidas torneadas e a parte interior com chupões em trilhos. Taehyung podia ficar excitado apenas por notar como a camiseta celine, sua predileta, ficava bela no corpo esguio.

O jovem pintor enlaçou os braços em volta do pescoço do cacheado. Kim passeou com as mãos ossudas a silhueta provocante, devagar e intenso. Jeon mordia o lábio inferior enquanto chegava ainda mais perto do de cabelos cacheados. Os dois reconheciam muito bem essa situação. O modelo queria relembrar da noite anterior, no quarto do casal. E por isso Taehyung agarrou as nádegas de Jeongguk com as duas mãos.

TU ES PARTOUTOnde histórias criam vida. Descubra agora