Muitas pessoas acham a vida ótima e prezam por elas, mas no meio de tanto otimismo tem aqueles que acham a vida irrelevante
Finn achava que de certo modo nada faria total sentido, pra ele o mundo não era um bom lugar, ele não pediu para estar nele então ao mesmo tempo não fazia a questão de estar. Finn sentia dor, uma dor inexplicável que não conseguia falar, o cacheado queria, mas quanto mais tentava conversar, mais afundava em suas próprias palavras
Dor, era o sentimento que Finn mais conhecia, um sentimento que andava ao seu lado, ele tentava ser feliz e ter amor pela vida, mas a morte flertava com ele e o mesmo dava bola, Finn sabia que uma hora corresponderia, teria de corresponder, então ele da forma mais natural o possível afastava as pessoas, as afastava para que quando ele finalmente fosse menos pessoas sentiriam, menos vidas chorariam
Mas ha aqueles que adoram a vida, Jack a adorava (oq não significa que ela era 100% boa para o menor)ele adorava acordar com o sol batendo em seu rosto, o som dos pássaros animavam o belo garoto, ele pulava de sua cama cantarolando e logo ia para a sorveteria, Jack sempre pedia 2 bolas, morango e cereja, mas oque Jack mais gostava na sorveteria era observar os clientes, principalmente um jovem pálido e magro, com algumas borboletas coladas em sua pele, eram curativos temáticos, Jack gostava daquilo
Mas Jack sabia que o garoto tinha problemas, afinal, quem pede uma bola de pistache?
Jack achava pistache um sorvete triste, aquilo combinava com o garoto alto, magro e de pele pálida, Jack reconhecia a dor, havia sofrido bastante mas se livrado dela, porém sabia que muitos não conseguem se livrar antes de se aliviarem da sua própria formaEntão Jack finamente resolveu falar com o garoto das borboletas
-Um fã de pistache, será que guarda algum segredo?- Jack disse tirando um sorriso nasal de Finn
-Você nem sabe quantos- olhou para o menor em sua frente- morango, um olhar doce do mundo
Jack percebeu que a forma como Finn olhava para o mundo era diferente, afinal, ele não queria estar ali
-Como se chama?
-Finn- Jack olhou em tom de dúvida para o cacheado- Finn Michael Wolfhard- respondeu pausadamente
-Sou Jack. Jack Dylan Grazer, Eu costumo Te observar, parece gostar bastante de pistache- disse deixando que as bochechas do cacheado ali tomassem um tom rosado
-Eu gosto de sentir todos os sabores- suspirou- sabe, pra quando for a última vez, mas confesso que me apaixonei pelo de pistache
Jack logo pensou que Finn não teria tanto tempo no mundo, não quanto Jack queria que ele tivesse, mas ele seria capaz de mudar aquilo e mesmo que fosse para dar errado ao lado de Finn ele arriscaria tudo pelo cacheado
Jack começou a observar a forma como o sorvete escorria para a mão de Finn, a cara de nojo que o garoto fazia, como Finn sujava seja cachos com o sorvete de sua mão e mesmo sem percebe o menor ria
-Ei, oque foi?- o cacheado contraiu os músculos
-Você é um tanto desastrado- disse rindo- mas é tão lindo assim
As bochechas de Finn coraram novamente e ele deu um leve sorriso, fazia tempo que Finn não sorria de uma forma verdadeira e talvez o menor que o acompanhava pudesse mudar o destino de Finn
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100 borboletas | fack
FanfictionOnde Jack amava as estrelas, até seu amado virar uma Ou Onde finn amava uma borboleta e cuidaria de Jack na forma de uma ⚠️: essa história pode conter gatilho para alguns leitores, falando sobre suicídio