ᝰ | 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗝𝗔𝗗𝗘𝗡 busca refúgio em coisas "erradas" para suprir seus sentimentos. Porém, acaba indo fundo demais e encontrar uma saída parece impossível.
SEGUNDA TEMPORADA DE "PARENTS".
➥ 𝗔 𝗝𝗔𝗗𝗘𝗡 𝗛𝗢𝗦𝗦𝗟𝗘𝗥 fanfiction.
plagio é crim...
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GABRIELA GONZALEZ julho
Hoje é dia 22 de julho, ou seja, completa-se exatos um mês de que Jaden está em coma.
Ele não demonstrou nenhum sinal de "vida" ainda, mas os médicos disseram que ele pode nos ouvir. Sempre procuro interagir com ele, mas sem sucesso.
O aniversário de lili foi há alguns dias atrás. Por sorte, conseguimos distraí-la com uma festinha do pijama com algumas amigas da escola. Tentei ao máximo não deixar minhas emoções me abalarem, a pequena já estava sofrendo muito, ela merecia um dia sem tristezas e traumas.
Maelie também passou a frequentar uma psicóloga. A menina comentava todos os dias sobre ter visto Jaden cair sobre a mesa de vidro, todos os cacos espalhados pelo chão, ele tendo convulsões e eu tentando reanima-lo. Era horrível ouvir como ela descrevia toda a cena ou perguntar constantemente sobre o pai...
Ela sente muito a falta dele, assim como eu, como todos.
A garotinha, de agora sete anos, passava muito de seu tempo com Mads, Kay, Nessa, ou os meninos, todos eram boas distrações. Ela também gosta da companhia de Tom, que sempre jogam vídeo games juntos. O garotinho estava sendo uma ajuda imensa.
Eu passava grande parte do meu dia no hospital. Posso até dizer que conheço aquele lugar com a palma da minha mão, somente em um mês frequentando-o todos os dias. Até mesmo conheci algumas pessoas que estavam passando pela mesma situação que eu, o que realmente me ajudou. Os concelhos daquelas pessoas eram tão válidos e quando eu estava extremamente triste, eles me confortavam.
━━ Nessa ligou e disse que lili não quer comer e acabou vomitando...está sendo bem difícil sem você. ━━ seguro a mão do garoto. ━━ eu preciso ir para casa agora já que o horário de visitas acabou, mas saiba que eu te amo e amanhã cedo estarei aqui do seu lado, okay?!
Deixo em beijo suave em sua mão e pego minha bolsa, saindo do quarto logo em seguida. O hospital possuía um horário de visitas bem regrado e era preciso cumpri-lo, mas qualquer "novidade" eles ligavam para nos informar.
Antes que ir para a sway, tive que passar no apartamento pra pegar algumas roupas para mim e lili. Eu estava evitando ao máximo que podia ir até lá. Os flashbacks daquela noite eram muito presentes quando chegava a simplesmente pisar naquele prédio.
Agora estava sentada no sofá cinza desse não tão grande apartamento gélido e sem graça. Prestando atenção em cada pequeno detalhe, móvel, canto, cada memória. Tudo ali remetia ao garoto, que agora lutava pela sua vida em uma cama de hospital. Lembrava-me de cada momento, exatamente, que vivenciei ali com ele e nossa filha.
