Segredos do Coração

Snopise

 
Estou tentando, mas continuo caindo
Eu grito, mas nada funciona
Estou dando tudo de mim
E eu sei que a paz chegará
Eu nunca quis precisar de alguém.

Sia - Helium

          _________________________

Janeiro de 2013

Não tinha estrelas no céu, apenas uma grande escuridão,  o vento frio batia contra meu corpo, o frio que parecia estremece muito mas que meu corpo é sim minha alma, mas não conseguia sentir mais nada do que a dor, minha visão tava borrada com as lágrimas que insistiam em continua a cair.

A única coisa que passava na minha cabeça era o que minha avó disse pra mim um dia, era como se eu ainda pode-se ouvi-la falar.

- Você não pode se amada por mim e né por ninguém, você acabou com a vida da minha filha, você e uma criança que não deveria ter nascido, a única coisa que vejo em você e a vergonha da minha filha.

Minha vó nunca escondeu  o fato de não gosta de mim, para ela eu era a vergonha de sua filha, o fruto de uma relação da qual não tinha laço matrimonial, para minha vó isso era desprezível de todas formas.

Minha mãe engravidou muito nova é para completa a situação, o cara que ela confio seu coração e seu corpo, a abandonou assim que soube que ela estava grávida. Quando minha avó descobriu, não aceitou de forma alguma, uma filha grávida antes do tempo e ainda sozinha. Mas minha mãe não desistiu de mim, me teve e me criou sozinha, enfrentando tudo e a todos. Mas agora ela me deixou, ela se foi e agora não resta mais ninguém que me ame, ela era a única.

- Amanda? - uma voz me desperta. Anne vem em minha direção assim que me vê. - Amanda tava te procurando feito louca, o que você tá fazendo aqui nesse frio,desse jeito você vai fica doente. Vem, vamos entrar.

Me deixei se levada por ela se dizer nada, não queria falar. Anne me deixou no quarto dizer pra tomar banho, enquanto ela preparava algo para mim comer, não queria comer mas não disse nada. Entrei debaixo do chuveiro, a água caia sobre mim, eu deixei que que as lágrimas saírem, elas pareciam não querem parar, eu ainda não conseguia acreditar que ela havia morrido, que ela havia me deixado pra sempre. Sair do banho me vestir e fui para cozinha.

- Desgraçado! Atende - sabia muito bem com quem ela tava tentando falar.

- Ele não vai atender Anne, o Lucas não vai vim - já fazia muito tempo que eu não o via, mas o Lucas tem alguém mais importante pra cuidar agora. - Não se preocupe tanto vou fica bem, logo logo eu vou tá indo embora.

- Como assim? - ela me olhou confusa.

- Eu aceitei a bolsa de estudo pra estudar nos Estados Unidos.

- Mas como assim? Como você vai pra outro país se conhece ninguém? Como você vai se manter lá? - me aproximei dela, até fica de frente pra ela.

- Posso fica no dormitório da universidade, arranja um emprego de meio período, lógico que não vai se fácil no começo mais eu tenho uma reserva que vai dar pra mim manter nos primeiros meses, vou fica bem.

- Amanda!!

- Anne eu preciso ir, fica aqui vai se uma tortura pra mim, já tava difícil e agora que o único motivo que me prendia aqui se foi. - nesse momento meu peito se apertou. - Eu preciso ir, vai se melhor assim, por favor não fique chateada comigo.

- Tudo bem, tudo bem - ela abraço e eu deixei as lágrimas caírem novamente sem nenhuma vergonha.

......

Já havia passado uma semana e agora com as malas prontas, em algumas horas estaria embarcando. Anne tava me ajudando com as malas. Ela não queria que fosse mas ela entendia que eu precisava desse tempo longe.

-  Táxi chegou - Anne me avisou me ajudando a levar as malas pro carro.

O motorista colocou tudo no porta mala e então eu foi me despedir da Anne, ela disse que não ia comigo pro aeroporto pois tinha medo de não deixar eu embarca. Anne era minha melhor amiga, ainda lembro quando a gente se conheceu na escola, as duas excluídas contra o mundo, eu por ser filha de uma mãe solteira e ela por ser negra. Mesmo a gente sendo criança a sociedade já se mostrava cruel. E assim a gente cresceu cuidando e protegendo uma a outra.

- Me manda notícias assim que pode. - já era a milionésima vezes que ela falava isso.

- Mando sim. - a gente se abraçou.

- Então e a hora do adeus né?

- Não e um adeus e só um até logo. Eu vou volta - nesse momento apertei mais um pouco abraço antes de solta. - Até logo Anne.

- Até logo Amanda.

Entro no carro vendo minha amiga ficando cada vez mais distante. As coisas iam se diferente agora, algo havia mudado, era como se uma parte de mim tivesse morrido ou então tivesse sido enterrada, sentimos  e segredos que continuaram guardados no meu coração, serão os meus segredos do coração.

......