•Capítulo Trinta•

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Beatrice🌬

Hoje eu vou sair com o Dylan, acho que vai ser legal, mesmo sendo dia de semana e eu estar cansada dos ensaios preciso me divertir.

Meu cabelo está solto e eu estou vestida com um top de renda vinho com uma blusa de furinhos por cima, uma calça preta com uma listrinha vermelha ao lado e um tênis vans.

Minha maquiagem esta uma coisa bem leve, não quis pesar muito, apenas passei base e coloquei cílios postiços e um gloss

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Minha maquiagem esta uma coisa bem leve, não quis pesar muito, apenas passei base e coloquei cílios postiços e um gloss.

Saí do apartamento encontrando Dylan encostado na parede do corredor.

-Oi - digo enquanto fecho a porta do apartamento.

-Oi, esta muito bonita - ele diz e sorrio me virando para ele.

-Obrigada, você também está - digo e nos seguimos para o elevador.

Dylan esta vestido com uma camisa branca folgada e uma calça um pouco folgada também.

Achei ele bem estiloso.

Quando chegamos no estacionamento fomos até o carro dele e entramos.

-Para onde vai me levar? - digo colocando o cinto.

-Vamos para um restaurante bem legal que tem aqui - ele diz e sorrio.

-Fast-food? - ele assente - como sabe que eu gosto de fast-food?

-E que eu também gosto - ele diz e sorrio.

Eu vou acabar me apaixonando por esse garoto.

-Por um momento achei que tinha perguntando a minha prima Kiara - digo ele nega sorrindo.

-Mora com quem no apartamento? - ele pergunta quando saímos do estacionamento do prédio.

-Com minha prima e duas amigas, e você?

-Com minha mãe - ele diz.

Quando ele para o carro no estacionamento do restaurante, nós tiramos o cinto de segurança e descemos do carro.

Entramos e sentamos em uma mesa, olhamos o cardápio e decidimos pedir um combo casal.

Vinham dois refrigerantes, dois hambúrgueres, batata frita e nuggets.

Quando chegou nós dois começamos a comer calados, era um silêncio bem legal e não desconfortável.

-Então Beatrice, e daqui mesmo? - ele pergunta assim que acaba de comer seu hambúrguer.

-Eu venho da Itália junto com a minha prima Kiara - respondo e ele parece surpreso - e você?

-Sou nascido em Londres, vim morar aqui quando tinha dez anos de idade - ele explica.

-Por que se mudou pra cá? - pergunto.

-Minha mãe se separou do meu pai, e como a família da minha mãe vive praticamente toda aqui vinhemos para cá, eu presumo que você veio a pouco tempo, estou certo? - assinto.

-Vim para cá no finalzinho do ano passado para a faculdade - digo e ele sorri.

-E sua família? - ele pergunta depois de tomar um gole do refrigerante.

-Bom, minha mãe vive com meu pai na Itália, e tenho uma irmã mais velha que no momento está na Bélgica - digo e ele sorri.

-Eu tenho uma irmã mais nova, o nome dela e Lídia e ela tem 15 anos - ele diz.

-E sua mãe? - pergunto e ele sorri.

-Bom, minha mãe e meu tudo junto com minha irmã, depois que ela se separou do meu pai ele parou de ligar pra gente e só nós mandava a pensão, hoje ele paga minha faculdade e os custos da minha irmã, minha mãe e secretária de uma empresa por isso vivemos tão bem - ele explica.

-Meus pais sempre tiveram uma conexão incrível, eu realmente vía que aquilo era mais que uma simples conexão era amor, minha irmã foi embora eu ainda tinha uns 15 anos então eu sentia bastante falta dela pelo fato que ela era minha melhor amiga, depois que ela foi embora eu fiquei muito próxima da minha mãe e hoje eu sinto uma falta dela - digo e meus olhos enchem de lágrimas mais eu seguro elas.

-Família e uma coisa tão complicada né - assinto - minha mãe saiu de casa tinha apenas 18 anos de idade e grávida de mim, meus avós não aceitaram a gravidez pois ela mal tinha começado a faculdade - ele diz.

-Minha família tem um caso que sempre me fascinou, meu tio fez uma viagem uma vez para o Brasil lá ele conheceu uma moça, se apaixonou, namorou ela até chegaram a noivar, ele levou ela para Itália para conhecer a família e depois os dois voltaram para o Brasil, minha prima Ravena nasceu foi uma grande comemoração e meu tio foi a Itália para buscar minha vó pro Brasil mais na ida o avião acabou caindo e ele morreu, apenas ele, num avião com 200 pessoas apenas ele morreu - digo e ele parece tão fascinado quanto eu.

-E bem incrível, entendo porque você e tão fascinada por essa história - ele diz.

-Me conta o resto da história da sua mãe - peço.

-Ela acabou parando a faculdade e indo morar com meu pai, que tinha acabado de começar a trabalhar com o seu tio, ele colocou minha mãe dentro da casa dos meus avós que não gostaram muito e falaram para ela ir embora, meu pai não aceitou isso e acabou levando minha mãe pra Londres, ainda nos primeiros meses de gravidez. Meu pai conseguiu uma casa, um emprego e um carro, estávamos estabilizados, deu tudo certo a partir daí, eu nasci com saúde, comecei a estudar e quando eu tinha cinco anos de idade a minha mãe engravidou da minha irmã, ela nasceu e o casamento começou a desgastar, brigas, dificuldades, mudanças até a separação. Minha mãe voltou para a casa dos meus avós que dessa vez não brigaram e acolheram a gente de braços abertos, depois de um tempo minha mãe conseguiu esse emprego e alugou esse apartamento para nos três - ele termina a história.

-Pelo o que você me falou agora, sua mãe e uma baita de uma guerreira - digo e ele assente.

-Quero dar o melhor que eu puder para ela e minha irmã - ele diz e sorrio.

-Você faz algum estágio? - ele assente.

-Faço três vezes por semana em um hospital aqui da cidade - ele diz e assinto.

-Que legal! - digo.

-Você deve dançar muito - ele diz e dou um sorriso de lado.

-Acho que sim - digo.

-Já ouvi falarem que essa faculdade tem muitas apresentações - ele diz e sorrio.

-Sim, inclusive vai ter uma daqui alguns meses, já estão até vendendo os ingressos - digo e ele da um sorriso espontâneo.

-Minha mãe gosta dessas coisas, acho que vou leva-la, também vou adorar te ver dançar - ele diz.

-Espero que isso divirta você e sua mãe - digo.

-Já está ficando tarde, amanhã você tem ensaio e eu tenho que ir para faculdade - ele diz e assinto - vou pagar a conta - ele diz se levantando.

-Espera eu vou te ajudar, você não veio sozinho - digo mais ele nega e vai ao balcão.

Ele paga a conta e nós saímos do restaurante, vamos para o carro e ele dirige até o prédio, fomos todo o caminho conversando sobre algumas coisas, quando chegou no prédio ele estacionou o carro e nós fomos para o elevador, chegando no nosso andar saímos do elevador nos despedimos um do outro e cada um foi para seu apartamento.

Kiara - A Patinação Ou O BalletOnde histórias criam vida. Descubra agora