Por mais que a minha boca dissesse não, o meu corpo respondia ao contrário.
Na verdade, ele correspondia aos estímulos das mãos hábeis que sabiam exatamente onde explorar. A minha camisa foi erguida e retirada por cima da cabeça e, quando minhas costas nuas tocaram o chão gelado, os arrepios se somaram a excitação, fazendo meu corpo estremecer. Não estava apenas sendo dominado, estava sendo consumido por aquele desejo ardente que fazia meu membro latejar dentro da calça, pedindo imediatamente por alívio.
Era loucura estar me deixando levar por aquelas sensações já que nunca houve desejo da minha parte por ele. Eu pensei em pará-lo, voltar atrás e impedi-lo de continuar me despindo e me tocando, mas seus lábios pressionados possessivamente sobre os meus privavam-me até mesmo de ofegar a excitação que me consumia, imagine de raciocinar.
Meu coração começou a bater acelerado. A força que ele empunha no roçar do seu quadril sobre o meu obrigava-me a buscar uma concentração sobre-humana para não gozar antes de ter a calça retirada.
Segurei os ombros dele e tentei, ridiculamente, empurrá-lo. Ele sorriu debochadamente entre o beijo. Calmamente, segurou as minhas mãos, entrelaçando-as nas deles e, na sequência, prendeu-as no chão. Só então, sua boca se desvencilhou da minha e com seus olhos fixos nos meus, sussurrou:
— Você sabe que não pode resistir, não é?
Fechei os olhos, irritado. Trinquei os dentes e segurei em minha garganta o maldito gemido que se formou. Era engraçado. Havia sido chamado de fraco nas entrelinhas daquele estúpido questionamento. Tinha a ciência de que a resposta para pergunta era afirmativa e, ainda assim, senti todo meu corpo desejá-lo ainda mais.
O maldito era mesmo um demônio manipulador e eu não tinha mais um orgulho a ser ferido. Havia aceitado aquela proposta, por mais humilhante que parecesse, em troca de uma promessa. Todavia, se era mesmo humilhante, não conseguia compreender por que diabos meu corpo todo correspondia positivamente.
O peso subitamente desapareceu de cima de mim. Ao reabrir os olhos para verificar o que acontecia, cerrei-os novamente devido ao choque com o ambiente agora iluminado. Abri-os mais vagarosamente, acostumando-os a luminosidade, então, o vi desfilar, completamente nu, até a janela, afastar as cortinas e subir o vidro. O ar noturno, que soprava úmido devido à chuva que caíra durante o dia inteiro, invadiu o quarto e ele acomodou-se na poltrona de couro entre a janela e a cama de casal. Talvez fosse uma preferência dele pelo o ar fresco em vez do condicionado.
Havia espelhos demais naquele lugar, um enorme sobre o teto acima da cama de casal, na cabeceira e outro que cobria quase toda a extensão da parede diante dela. Fora através do reflexo no teto que o vi se acomodar na poltrona e passar a acariciar o membro ereto como se o preparasse para uma experiência sem igual; foi através do mesmo reflexo no teto que também pude vislumbrar quão patética era a minha figura. Meus cabelos haviam se desprendido do produto que usava e esparramavam-se no chão. O blazer e a camisa cinza estavam jogados ao meu lado. O zíper da minha calça aberto, mostrando parte da cueca branca.
— Você é lindo, Yoongi. — ele falou de repente, chamando minha atenção. — E narcisismo não combina com você — concluiu. — Então, pare de se admirar e venha. Quero gravar de todos os ângulos o momento em que meu pau irá se perder enfiado até o último centímetro dentro de você.
Meus olhos se arregalaram. Eu não consegui acreditar naquilo que tinha sido dito. Mas o pior não foi ouvi-lo vocalizar seus pensamentos de forma tão despudorada — eu sempre soube que Taehyung não prestava —, o mais constrangedor foi sentir a respiração deixar meu peito de forma mais densa e quente.
Constatei, pateticamente: Eu queria transar com Kim Tae-Hyung.
E aquela constatação repentina atingiu minha cara mais forte que uma direita de esquerda.
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A Proposta (TaeYoonSeok)
FanfictionEle só queria garantir a felicidade da pessoa que ama, nem que para isso tivesse que submeter aos caprichos de um antigo traidor.