O Anel

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POV Liz 

Assim que cheguei na empresa o clima lá estava como das outras vezes, nada de interessante, eu acabei indo para lá sem avisar que voltaria, o que é claro nenhum dos funcionários esperava pela minha volta repentina depois que tudo aconteceu. Caminhei até minha sala vendo que ela estava ocupada por alguém que eu realmente não queria ver ali, ainda mais sentado na minha cadeira. 

- Posso saber quem te deu o direito de estar na minha sala e na minha cadeira? - perguntei assim que entrei e vi ele sorrir irônico - Saía daí agora, Sloan 

- Lizzie? O que faz aqui? - levantou da cadeira em um pulo - Não sabia que voltava hoje 

- Não estou voltando ainda, vim só buscar algo - respondi - O que ainda faz aqui, saí - vi ele se aproximar de mim tentando algo - Tira suas mãos nojentas de mim - afastei ele imediatamente - Não pense que tem direito de fazer algo comigo, não como antes 

- Eu achei que... - interrompi ele pegando minha outra maleta. 

- Achou errado, agora saí seu nojento - vi ele bufar de raiva e logo sair batendo a porta, peguei o quadro em cima da minha mesa que tinha uma foto minha e da Chloe guardando na gaveta e trancando com chave. Peguei as chaves da porta logo saindo e fechando minha sala - Se eu voltar aqui e o Sloan ou qualquer outra pessoa estiver dentro da minha sala, irão ter sérios problemas - e saí em direção ao meu segurança que me esperava na porta do elevador - Tudo certo? - perguntei e ele assentiu. 

O caminho até o local foi em completo silêncio, no fundo eu sabia que poderia não encontrar ela ali. Mas não queria perder as esperanças, no caminho Emily me ligou várias vezes mas eu não atendi, quando vi que ela não pararia com as ligações resolvi atender. 

- Oi Emily - disse assim que atendi - Não posso falar agora estou a caminho da delegacia - menti - Eu prometo que assim que eu conseguir alguma pista do paradeiro dela eu ligo, tenta ficar calma. Cuida da Chloe e das meninas - logo desliguei - Quanto tempo ainda falta? - perguntei ao meu motorista que era um dos meus seguranças. 

- De acordo com o rastreador, estamos a 2 quarteirões do local indicado - respondeu entrando em uma rua deserta - Alguns dos seguranças irão cercar o local para não correr o risco de fuga 

- Certo, obrigada - peguei meu celular olhando para foto dela e aquilo me apertou o coração, certamente ela deve estar pior que isso agora. 

... 

Alguns minutos depois chegamos ao local que era possível que ela estivesse, desci do carro colocando minha arma na cintura por baixo do meu blazer andando com dois dos meus seguranças até uma suposta entrada. Aquele lugar estava em péssimas condições, o que de certa forma estava me dando um medo. 

- O local está cercado, nós iremos entrar e depois damos o sinal para você - disse o segurança entrando no local com o outro enquanto eu esperei do lado de fora, mas a angústia dentro de mim falou mais alto que tudo que não esperei pelo comando dele. 

Entrei sozinha, procurando por cada lugar ou cômodo, mas todos estavam vazios e sem nenhum vestígio dela. Quando entrei em um lugar mais escuro que os outros, encontrei um interruptor que iluminava o local avistando mais a frente uma cadeira e algumas cordas sobre o chão - Você esteve aqui - sussurrei andando pelo lugar e logo encontrando um anel que eu tinha dado para ela a 6 meses atrás dias antes do nosso término como um singelo presente, só não sabia que ela ainda usava ele. 

... 

Saí daquele lugar com lágrimas nos olhos por não conseguir encontrá-la, mas eu não iria desistir assim. Eu iria achá-la de qualquer jeito. 

De volta ao passado.Onde histórias criam vida. Descubra agora