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Félix acordou com a grama espetando sua bochecha, não sabia o que acontecera, mas sabia que não estava no seu quarto.
A única coisa que lembrava era de rolar todos os degraus da escada de sua casa. Simplesmente não sabia em que pegadinha de mal gosto tinha caído.
Tudo ao seu redor era verde,uma grande floresta, provavelmente seria mais um de seus sonhos esquisitos. Talvez beliscar o braço resolveria.
Respirando fundo, levou a mão até o antebraço esquerdo, mas paro-a no ar, ele estava vestido com roupas antigas.
Parecia que seus sonhos tinham elevado o nível de fertilidade, abaixou o braço repousando-o na cintura.
"Meus sonhos nunca vão até o fim". Pois-se a andar antes que o sonho acabasse.
O céu mostrava sinais que iria amanhecer. Aquele lugar estava longe de ser uma miragem, nunca vira algo tão lindo.
Andando entre as árvores, sentiu a sensação de liberdade, correndo com os pés descalços, não se importou com arranhões que recebia em suas pernas.
Sa respiração tornou-se pesada, gotículas de suor descia em sua testa, nunca sentira tal felicidade antes.
Deitou-se no chão sem importa se estava sujo ou não, era apenas um sonho, alguns coelhos comiam folhagens do outro lado da árvore.
Fazia horas que estava na floresta e não tinha voltado pra sua casa,ou melhor pro chão da sua casa.
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A estrada estava úmida, com certeza estava perto de algum rio, sabia disso pois assistira 'jogos vorazes'.
E a informação estava correta, andando mais alguns metros chegara a um riacho, tão cristalino, podia ver o fundo do mesmo. Pedrinhas de xêxo eram visíveis na margem.
Como não havia ninguém alí mesmo, Félix teve a brilhante idéia de se despir e entrar no riacho.
Entrou no riacho sem mais nem menos, mergulhando até o fundo, agradeceria a sua mãe por colocá-lo em aulas de natação, mesmo que em sonho, nadava muito bem.
