A chuva caí rápida e grossa nos cabelos de Helena.
Desesperada e com medo de ser atingida por um raio, ela saí correndo, em busca de algum lugar para se esconder.
Embora o lugar seja mais do que bem movimentado, não há uma alma viva para salvar a pele dela, sequer um toudo para se esconder enquanto a chuva não passava.
Helena continuou a correr, mesmo com medo de cair, um tombo seria melhor do que morrer com um raio.
Depois de correr por mais cinco minutos embaixo da chuva, ela enxerga uma pessoa, de longe, andando com um guarda-chuva. A garota continuou a correr, mesmo que os pulmões queimassem um pouco.— EI, ESPERA! — Ela tentou gritar, mas a pessoa não parou.
Continuou a correr e assim que o alcançou, entrou embaixo do guarda-chuva.
Ela observou o garoto ao lado dela empalidecer e fazer uma cara de surpresa.— Desculpe? — Ele a olhou, um pouco surpreso.
— Está chovendo muito e eu tô com muito medo de cair um raio em mim. Por favor, me deixa ficar com você, não posso ficar doente. — Praticamente suplicou e fez um bico que a fez parecer uma criança.
— Ahn, claro, tudo bem por mim. — Ele disse com o rosto esquentando e as bochechas ficando rodadas.
— É, eu sei que é estranho e eu pareço uma maluca por aparecer do nada, mas de verdade, estou há quase dez minutos correndo e não acho um lugar para me esconder. — Ela parou de andar e o garoto parou também. — Olhe para mim, estou encharcada. — Apontou para si mesma, o garoto riu.
— Realmente. Por acaso sabe como você vai embora? Dúvido que você possa entrar num uber ou ônibus desse jeito. — Ele ironizou e Helena bufou.
— Puta merda, eu não sei! — Quase berrou. O garoto de cabelos escuros riu ao lado dela.
— Se for doida o suficiente para confiar num estranho, posso te dar uma carona. — Ele ofereceu e Helena ponderou por alguns instantes. Ela poderia morrer por um raio na rua ou ser morta por um cara desconhecido.
— Da o mindinho aí. — Apontou para o dedo dele, estranhando, ele estendeu a mão para ela e ela cruzou os mindinhos deles. — Você está fazendo um juramento de dedinho e não pode ser descumprido. Por favor, se for me matar, essa jura te faz garantir que será rápido e pouco doloroso. — A garota falou extremamente seria, enquanto o outro caiu em uma gargalhada que o fez perder o ar.
— Meu Deus, você é impossível! — Ele apoiou as mãos no joelhos, recuperando o fôlego. — Juro que será algo totalmente rápido. — Beijou o mindinho e Helena riu. Eles seguiram juntos até o carro e o garoto abriu a porta para Helena.
— Afinal, qual o seu nome? — Ela perguntou à ele assim que se sentou no banco do motorista.
— Miguel. Miguel Aguiar e o seu? — Sorriu para ela.

VOCÊ ESTÁ LENDO
UMBRELLA | ONESHOT
RomanceHelena Torres sempre foi cheia de si e nunca teve vergonha de expressar o que sente. Não tem vergonha de se meter em situações desastrosas, se a rendessem boas risadas. E por isso, ela conhece Miguel Aguiar, um garoto fofo e tímido, mas muito sarcás...