Ella carregava nas veias o poder de sedução que existe em todas as filhas de Lillith...
E o prazer que existia no ato da sedução superava qualquer preliminar.
Muito jovem ainda, a pequena de pele muito branca e cabelos vermelhos, se apaixonou por um homem mais maduro, seletivo e um professor nato! Essa base forte deu a Ella um poder bruto violento, que ela aprendeu a lapidar com suas diversificadas experiências amorosas.
A dicotomia existente naquele corpo de formas perfeitamente arredondadas a tornava um convite irresistível.
Amante da leitura, escritora talentosa, musicista autodidata, Ella carregava a aura dos que são cientes de todos seus dons, talentos e poderes. De voz treinada e aveludada, pele suave e delicada, marca exclusiva dos que carregam o vermelho no corpo, tudo nela era sutilmente convidativo e extremamente atraente e exótico. E Ella se aproveitava disso.
Não propositadamente, suas conquistas podiam ser contadas nos dedos. Não buscava o amor, ele já existia nela. Não buscava satisfação, era completa em si. Ella buscava o melhor do prazer. Seja em um ou em vários parceiros.
Livre, a vida a convidava e ela abria os braços para receber tudo o que lhe era ofertado. Jovem, bonita, dona de si, empoderada... Seus olhos cor de mel, tranquilos, não deixavam transparecer o furacão que Ella acalentava bem entre seus lindos e redondos seios.
As baladas após o trabalho eram seus locais favoritos para buscar suas presas. A pista de dança era seu palco, a vida que nascia com o crepúsculo seu teatro particular. Se preparar para os encontros inusitados que a aguardavam em quase todos os fins de tarde eram o ponto alto de seus dias.
Assim Ella seguia, saboreando vidas, sentindo, pelo toque de sua língua sedenta, todo elixir da vida que necessitava, através do prazer que dava e recebia.
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Ella - O Conto (Degustação)
Short StoryElla, bela, vermelha, empoderada, diferente, vive como escolheu. Ella é livre. Entretanto, poucos são os que a aceitam e a entendem. Conseguirá esta mulher fogosa e adepta ao amor livre, lidar com o julgamento da sociedade? Com o peso da condenação...