Ella - O Conto (Degustação)

Capítulo 2 - Bala Preta

Nico chegou próximo ao meu aniversário de 23 anos. Um pouco mais jovem que eu, um almofadinha delicioso, um bebê gracioso!

Será um enorme prazer brincar com este moreno lindo!

Foi a primeira coisa que pensei enquanto mirava os olhos irresistíveis no rapaz que, visivelmente envergonhado, retribuía meu intenso olhar.

O primeiro toque respondeu algumas perguntas que sempre me fazia ao conhecer minha presa, o toque, o cheiro e o beijo dizem muito sobre como será o sexo. E, por Vênus! Embalados pela cadência deliciosa da canção Sensual Seduction, o primeiro beijo se descortinou em um convite ao sexo suave.

Depois de muita conversa e toques incontidos, a busca pelo quarto de motel foi a solução para a explosão que ameaçava acontecer a qualquer momento...

Maior do que a adrenalina da conquista, eu amava mapear o corpo de meus parceiros, toques, bocas, línguas, beijos, cada centímetro daquela pele morena era sentida, cheirada, tocada...

Nico, presa fácil, experimentava sensações inexplicáveis, enquanto eu brincava com seu corpo, como se meu fosse. Os beijos suaves na curva da nuca, as pequenas mordidas na orelha, o toque suave da língua em seu mamilo...

Nico era um amante suave, tranquilo e doce. Tudo nele convidava ao amor, sentimento que não me interessava. Ele será um parceiro romântico, maravilhoso para quem busca romance. Não para mim. Mais tarde precisaria lidar com isso.

Discreta e suave, respondendo aos seus comandos e desejos, cheguei ao pau moreno, duro e convidativo de Nico. Bem lentamente, comecei a brincar com ele. Sugando suavemente, brincando bem lentamente. Mas meus instintos e desejo, nessa hora se soltaram e eu abocanhei com vontade aquele pau delicioso! Eu e minha arma infalível (a bala ardente preta), completamos nosso passeio, fazendo Nico se perder completamente na minha boca molhada e gelada pelo uso maestral da bala.

Meu prazer se multiplicou ao mirar Nico e ver seus belos olhos arregalados de tesão. Sem conseguir conter o riso, diminui o compasso, e deixei que ele mostrasse o que sabia. Num ímpeto, Nico me virou e buscou em meu sexo o prazer que eu senti no dele.

Mesmo dominante, sabia a hora de me fazer de languida inocente, sabia me entregar e me deixar domar... Sabia deixar o parceiro satisfeito, ao mesmo tempo em que o conduzia ao prazer que era todo meu e para mim. Assim, Nico, seguindo os passos pré-estabelecidos, sem perceber, caminhava ao meu bel prazer. Como em um baile, Nico buscava retribuir o prazer que recebera. Cada posição, cada sussurro, cada puxão de cabelo, faziam com que ele se descobrisse o delicioso dominador, dominado pela feiticeira ruiva.

Assim se passaram alguns dias. Entre viagens, passeios, carros, casas de praia, motéis e cantos escuros, Nico foi o amante perfeito para Ella. Sexo seguro, doce e ardente. A exuberância naquela mulher fez Nico viajar de forma nunca pensada e a cada bala preta ardente usada, olhos arregalados de prazer miravam aquela deusa irreal.

Mas Ella não sabia lidar com sentimentos e no primeiro sinal de amor demonstrado por Nico, partiu e não mais voltou, partindo o doce coração de Nico.

Em sua busca por prazer, Ella não percebia o estrago que, muitas vezes, deixava ao passar...