❀ CAPÍTULO UM

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➥ RAYNA SULLIVAN ON:

Finalmente poderei recomeçar!

Morar neste orfanato foi legal,mas ao mesmo tempo triste.

Minha adaptação foi difícil e socializar é difícil,principalmente com homens.

Apesar do passado me atormentar,já chegou a hora de viver a vida.

E aqui estou eu,com as malas prontas e me despedindo da diretora já que eu não tinha amigos pois me consideravam “estranha” e,bem,eu não julgo,dei vários motivos para que pensassem isso.

A diretora se chama Célia e me ajudou (ou tentou) desde os meus dezessete anos e hoje eu completo dezoito.

O que posso falar da maioridade?

A chegada dos dezoito anos acredito que seja um momento de muita felicidade.

“Eu finalmente vou poder fazer o que eu quero!”

“Livre dos meus pais!”

Sinto em lhe dizer mas...Você está enganado.

Você não poderá fazer o que quiser pois terá que respeitar as leis,caso não queira pagar uma multa ou dar uma visitinha as pessoas da prisão.

Você não vai se livrar dos seus pais porque eles estaram do seu lado para puxar a sua orelha depois de mais uma cagada feita por você.

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades,já dizia o tio Ben.

Isso pode ser utilizado na maioridade,ou seja,a vida adulta.

Quanto mais velho você fica mais crescem as resposabilidades.

Faculdade,curso,emprego,dívidas entre milhares de outras coisas.É tanto trabalho e preocupação que,de repente,te bate uma vontade de voltar a ser criança.

Uma nostágia dos velhos tempos.

Sem preocupações,somente diversão.

Normalmente a infância é a fase mais divertida da nossa vida,o que,infelizmente,não foi o meu caso.

Sou puxada dos meus pensamentos com mais um abraço dado pela diretora.

— Sentirei a sua falta – pude notar um tom quase choroso em sua voz.

Eu seria tão importante a ponto de uma pessoa chorar por mim?

— Eu também – falo retribuindo o seu abraço.

Apesar de nos conhecermos a pouco tempo,foi o bastante para que ela tivesse seu lugarzinho em meu coração.

— Já está tudo pronto!Conversei com a minha amiga e a filha dela mora em um apartamento,porém,ela quer dividir as contas com alguém e eu consegui com que você morasse lá.

Trabalhar?Ajudar nas contas?Meu Deus!Como acharei um trabalho tão fácil na crise em que vivemos?

— Não se preocupe,querida. – sou puxada dos meus pensamentos com a fala dela.

— Você não precisará pagar nos primeiros meses,apenas quando conseguir o seu trabalho. – fico aliviada ao escutar as palavras da diretora,estaria ferrada para encontrar um lugar onde ficar.

— Muito obrigada,nem sei como posso te agradecer.

— Me agradeça sendo feliz e realizando os seus sonhos.

Espero que eu consiga...

— Tudo bem! – respondo meio incerta.

A minha vida é o próprio inferno,como poderei ser feliz com os demônios que me atentam?

Volto á Terra depois de escutar o ônibos parando ao meu lado.

É,chegou a hora! - penso comigo mesma.

— Não importa o quanto demore,nem quão difícil fique,você precisa continuar lutando.

— Supernatural? – pergunto segurando a risada.

— É a série que você ama! – responde rindo e eu acabo me juntando á ela na risada.

Realmente,Supernatural é a minha série preferida,sempre gostei de coisas sobrenaturais.

Ah!Falando nisso,eu não acredito em espirítos,fantasmas...Mas eu tenho medo dessa coisas.

Enfim,a hipócrisia.

O meu queridinho é o Dean,com o seu jeito que me faz tiras boas gargalhadas,além de ser um gatão!

Depois é o Castiel.O seu jeito inocente é muito divertido,nunca irei me esquecer da famosa frase dita por ele!

“Se o cara da pizza realmente ama essa babá,por que continua dando tapas na bunda dela?Talvez ela tenha feito algo errado.”

E o terceiro tinha que ser o meu querido,Sammy,admito que tenho inveja daquele cabelo sedoso dele.

Qual creme será que ele usa?

Acabo rindo dos meus pensamentos.

— Vou indo,acredito que o cara do ônibos não tenha muita paciência. – falo depois de escutar três buzinadas do nosso lado.

Calma homem,o ônibus não vai criar asas e sair voando!

— Se cuida,querida. – pede a diretora depois de me dar mais um abraço.

— Você também! – pego as minhas malas e antes de entrar no ônibus olho para o lugar onde passei grande parte da minha vida.

É Rayna,talvez as coisas possam melhorar agora.

Da janela dou um "tchauzinho" com as mãos para a única pessoa que se importou comigo durante anos!

Logo o ônibus dá a partida me levando ao meu destino.

E lá vamos nós!

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