Renjun conseguiu se encaixar no quebra-cabeças de Jeno e Jaemin...
🜲
Jaemin não se importou em parecer babão demais por Jeno. Nunca se importava. Não via motivos para esconder nada naquele quarto iluminado apenas pelo abajur e pelos adesivos brilhantes de estrelinhas que Renjun tinha colado no teto.
Tinham passado horas e horas ali, na companhia apenas um do outro, o Na com o celular e o Lee com o violão. E, no fim, achavam que tinham o esqueleto de uma música bem bonita.
"Eu gostei muito" - o mais novo disse, se permitindo deitar e apenas passear os olhos pelo teto enfeitado. - "Tá muito... a gente, sabe?"
"Sei" - a resposta veio com uma risada, e não precisava olhar para saber que o sorriso de Jeno tinha chegado até os olhos, que se fechavam como duas luas bonitas.
Tudo em Jeno era bonito.
O mais velho começou a dedilhar o instrumento, se permitindo observar o jeito confortável que o Na estava descansando nos lençóis com estampa de coelhos. Seus lábios se curvaram para cima involuntariamente quando lembrou como o ele tinha ficado feliz quando ganhou o conjunto de presente de natal.
Sorria também por ver como o outro parecia totalmente confortável em sua presença, como sempre. Era um privilégio enorme ter a versão genuína de Jaemin, sem timidez nem silêncios desconfortáveis. Jeno o entendia tão bem que nem precisavam usar palavras.
O mais novo podia ficar introspectivo, desanimado ou precisando de café, e Jeno sabia. Sabia como se moldar às vontades e o jeitinho certo que seu Nana gostava de fazer brincadeiras. Era tão gentil e frágil às vezes, que quem olhasse de fora podia perder todas as nuances maravilhosas de sua personalidade.
Jeno sempre as enxergou.
E era aquilo que via naquele instante, no rostinho pensativo que se virou para ele, fazendo uma pergunta enquanto o corpo se enroscava como um coala em volta de um dos travesseiros.
"Qual nome você acha que combina com ela? Tipo, o título da música?"
Jeno pensou enquanto os dedos brincavam distraidamente pelas cordas do violão. A visão, para Jaemin, era simplesmente perfeita. O modo adorável que os óculos escorregavam levemente pelo nariz anguloso, o maxilar bonito ressaltado quando este virava o rosto, pensativo, e até as veias atraentes nos braços fortes.
Poderia pensar em mil e um títulos para a música - todos clichês, recheados de carinho, envolvidos em admiração, pintados de ternura e embalados em afeto.
Todos dizendo de amor.
"Eu não sei" - Jeno riu levemente, um som quase angelical, antes dos olhos meigos se voltarem para o mais novo - "Tudo que eu penso é sem graça"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por que não continuar?
FanfictionHistórias de Markhyuck boyfriends 《Oneshots》 Bônus da saga "Por que não?" 《Markhyuck》