Mamãe Potter

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    Acordei por volta das sete horas em uma manhã de inverno e vinha da janela uma brisa fria, então continuei deitado, pensando em quando meu castigo ia acabar, já fazia quase três semanas desde que mamãe me colocou de castigo pelo que eu fiz no ministério, ela brigou com papai também mais como eu sou o filho o castigo ficou pra mim! A maior parte do tempo fico no quarto lendo alguns livros, eu estava quase dormindo de novo quando escuto alguém batendo na porta.
- Alvo? Alvo tá acordado?
Era minha irmã, coloquei o travesseiro entre meus ouvidos pra tentar não escutar.
- Tô entrando...
- O que é Li? - perguntei ainda deitado
- Carta do Tiago.
Me sentei na cama, um pouco sonolento e peguei a carta, depois olhei pra ela.
- Obrigado.
- De nada, ler e vem logo, o café já tá pronto.
- Tá bem.
Esperei ela sair e abri a carta.

Caro Alvo,
      Oi irmão, desculpa não ter te escrevido antes, só soube do que aconteceu no ministério a alguns dias por Lilian. Pensei que você só se metia em encrenca quando estava comigo. Soube que mamãe te colocou de castigo também… comentei com Hagrid sobre você e ele disse que somos iguaizinhos a papai. Espero que esteja bem,
Tiago

P.S: nem acredito que vou dizer isso mais estou com saudades, nos vemos no Natal.

"Tiago com saudade de mim? Pensei que em um castelo com tantas coisas e com o mapa do maroto ele nem lembraria que eu existo."
- É... Tô morto de fome.
Joguei a carta na mesinha ao lado da cama e desci ainda de pijama mesmo.
Desci e meus pais e Li já estavam sentados, me sentei ao lado da minha irmã e peguei uma torrada.
- O que Tiago dizia na carta Al? - perguntou meu pai.
- Nada de mais pai... - respondi enquanto passava manteiga na torrada.
- A bom. - papai se levantou - tenho que ir. Tchau filho, tchau filha.
- Tchau pai. - falamos juntos.
- Tchau amor. - e deu um beijo na mamãe.
- Bom trabalho querido.
E ele aparatou e continuamos tomando nosso café.
- Crianças, eu tenho que ir no meu trabalho hoje entregar uma matéria, mais antes vou levar vocês pra casa dos meus pais, está bem?
- Tá bem mãe. - falou Lílian.
- Al?
- Que foi?
- Está bem?
- Claro mãe - e dei de ombros.
- Então Lílian me ajude a tirar a mesa e você Alvo vá trocar de roupa.

Subi pro meu quarto e vesti uma blusa azul e uma calça. "Bom ir pra casa dos meus avós é melhor que ficar aqui no quarto." pensei. Quando desci mamãe e Lílian já estavam me esperando, íamos usar o pó de flu.
- Está bem querida, vá primeiro, depois você Al.
Lílian pegou o pó de flu, jogou e logo sumiu, agora era minha vez, fiz a mesma coisa e sai na chaminé da toca. E já fui recebido por um abraço aperto da minha vó Molly.
- Alvo querido, como você está? - perguntou me olhando.
- Estou bem vó. - forcei um sorriso.
- Ainda de castigo?
- Sim...
E logo minha mãe apareceu.
- Gina! - falou alegre minha vó e a abraçou também.
- Oi mãe, passei só para ver a senhora e o papai. Cadê ele?
- Arthur está na garagem mexendo nas coisas dele.
- Fala pra ele que eu mandei um beijo, eu tenho que ir.
- Tudo bem querida, bom trabalho.
Mamãe deu um beijo na bochecha da vovó e aparatou.
Vovó se virou pra nós sorridente.
- Hugo e Rosa estão lá em cima, podem subir, depois chamo vocês pra comer alguma coisa. - disse sorridente.

Eu e Lílian então fomos, a casa dos nossos avós era incrível, o lugar que eu mais gostava depois da minha casa era com certeza a deles, então entramos em um quarto que eu não sei a quem pertencia (porém tinha uma foto dos meus tios e algumas caixas empoeiradas da gemialidades weasley)
E lá estavam Rosa e Hugo
- Oi! - disseram juntos.
- Oi, tudo bem com vocês? - perguntou Lilian
- Sim, obrigada. - respondeu Rosa.
- Ei primo, quer jogar? - perguntou Hugo a mim.
- Hugo, você adora me humilha não é? Você sempre vence!
- Eu sei - falou meio debochado - mas não vai desistir não é?
- Tá bom... Vamos jogar isso então.
- Eu vou descer pra ficar com a vovó - disse Rosa - quer vim Li?
- Sim quero.
Saíram batendo a porta, me sentei e comecei a jogar xadrez com Hugo, passamos algum tempo e jogamos cinco partidas e eu perdi todas!
- A chega! Vamos descer, cansei desse jogo! - falei um pouco zangado.
- Tá bem - Hugo ría - Tô morrendo de fome...
- Claro que está... - falei irónico.
Descemos e já podíamos sentir um cheiro maravilhoso de um bolo de cenoura que vovó acabará de fazer.
- Tô com água na boca - disse Hugo quase babando.
- Você é igualzinho ao papai Hugo - falou Rosa rindo.
- Sim, Rony era igualzinho - acrescentou vovó.
Todos rimos e de repente vovô apareceu.
- A olha só, meus netos! -  a gente levantou e ele se estendeu para dá um abraço em todos nois de uma vez.
- Tá bom vô... tô... preste a ficar... sem ar... - com esforço consegui falar
- A está bem - ele riu - desculpe, vamos comer o Bolo então?
Vovó cortou um pedaço para todos nois (que repetimos claro) e depois subimos pra um quarto em que tinha camas, ficamos ali pouco tempo porque logo escutamos a voz do meu pai, vovó nos chamou e quando descemos papai conversava com vovô.
- Crianças! - falou ele quando nos viu.
- Oi tio Harry. - falou Hugo.
- Oi Hugo. - ele sorriu e olhou para mim e Lílian - Vamos?
Eu e Li nos despedimos de Rosa e Hugo e dos nossos avós, Lílian foi primeiro pela chaminé, depois eu e papai chegou logo atrás de mim, mamãe nós viu entrando.
- Alvo, já pro quarto! O castigo ainda não acabou!
- Mas mãe...
- Agora! Quando a almoço estiver pronto você vem.
Bufei e fui pro meu quarto, resolvi então responder a carta de Tiago, peguei um pedaço de pergaminho, uma pena, o tinteiro e comecei a escrever.

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