Willow apesar de parecer frágil, tem uma determinação de dar inveja em qualquer um.
No meio de uma confusão, Will se vê sem saber ao certo o que fazer para proteger seu filho, até que seu amigo surge com uma proposta.
Se mudar para a Penha.
Juca é u...
Sinceramente, eu sempre soube que gravidez não era um mar de flores, presenciei gravidez de tias e tals, mas na boa, nunca que eu ia imaginar a dor que ia ser, porra, minhas costas não tem mais vida se bobear, minha barriga fica dura e sinto dor com as contrações, não tenho posição pra dormir, os chutes do Pedro doem, beleza, isso tudo vai levar pra eu ter meu filho no braço, mas caralho, não podia doer menos??
Já perdi a conta de quanto tempo eu tô com dor e contração, antes era mais treinamento, mas agora, eu tenho certeza que não é uma contação normal de treinamento.
Bufei levantando da cama devagar, Lineu já saiu de casa pra boca, deu algum problema com uns armamentos apreendido e ele foi resolver, minha sogra essa semana tá aqui em casa pra me ajudar e tals.
Fui pro banheiro fazendo minhas coisas, eu faço sempre tudo muito rápido, não gosto de enrolar, mas ultimamente não tô conseguindo, terminei de fazer tudo e parei encostada no batente com mais uma contração, elas são rápidas ainda e não tão fortes, mas incomoda demais, de verdade.
Kátia- contração, filha? - ergui a cabeça vendo minha sogra na porta do quarto. Assenti respirando fundo e ela veio até mim- algum sinal de que a bolsa vai estourar?
Carla- ainda não, mas o tampão saiu ontem de tarde.
Kátia- as vezes não da pra saber pelo tampão, o meu na gravidez do Lineu saiu uma semana antes- explicou me ajudando a sentar na cama.
Carla- mas agora as contrações não estão iguais as de treinamento- respirei fundo prendendo meu cabelo num coque.
Kátia- mais fortes?- assenti- começa a marcar o tempo na próxima, já tá em contato com tua médica?
Carla- a última vez que falei com ela foi ontem de noite, parece que as vezes ele se mexe, se encaixando talvez, não sei - acariciei minha barriga torta, Pedro essas últimas semanas tava ficando mais do lado direito do que do esquerdo.
Kátia- pode ser. Eu estou ansiosa pra ver o rostinho dele, será com quem que ele vai parecer?- acariciou minha barriga. Sorri de lado pensando.
Carla- na ultra o narizinho dele parecia do Lineu, acredito que vá puxar a ele- dei de ombros- Lineu já ligou pra senhora?
Kátia- tem uns minutos, disse que ia trazer pão - assenti levantando devagar.
Fui com minha sogra pra sala e sentei no sofá, agora tá assim, saí de um lugar pra sentar no outro. Minha sogra falou que ia fazer um suco pra mim e eu fiquei olhando minha casinha, ela era simples e não era grande, por escolha minha e do Lineu.
Eu cresci numa casa grande, e nunca fui próxima dos meus pais, era cada um em um cômodo e isso formou na minha cabeça que, casa grande não une muito, e eu prezo por isso, quero que meu filho tenha o que eu não tive, e Lineu pensa a mesma coisa, ele cresceu sem o pai por motivos que não cabem a mim falar, minha sogra trabalhava fora pra sustentar a casa então ele só convivia com o avô praticamente, não queríamos isso pra gente quando decidimos morar juntos, então escolhemos ter uma casa pequena mas acolhedora, e é o que temos hoje em dia. Parece menor do que realmente é pelas fotos, mas acreditem, ela é grande até.
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