O Início

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1987, verão. George Anderson, um menino de 8 anos, mora na cidade do Texas e é um estudante muito esforçado, na escola em que estuda durante a semana. Mora junto com o seu pai Bruce, que é advogado e com sua mãe, Jennifer Anderson, que é enfermeira em um hospital. Todos residem em uma pequena casa de quatro cômodos, com um quintal espaçoso junto a um admirável jardim florido por rosas.
 
Sem muitos amigos por ser um pouco antissocial, passa a maior parte do tempo lendo e escrevendo, cultivando pensamentos peculiares, e assim obtendo frutos espetaculares. Como por exemplo em New York, quando viajava dentro de um trem a passeio escolar com um colega chamado Leonard, um menino considerado por muitos um nerd, nessa viagem por coincidência, George havia imaginado que a mulher ao seu lado sentada, ao levantar tropeçaria e cairia, minutos depois isso veio a se tornar realidade, e ele assim, conseguiu salvá-la, a segurando na mesma hora do ocorrido.
 
George, por se manter sempre fechado com os outros, nunca teve sensações básicas de convívio, como: brincar, brigar, jogar jogos ou até mesmo dançar para com os demais de seu cotidiano.
 
George sempre notou essa diferença gritante entre ele e os demais ao seu redor, diferença essa considerada por muitos como sendo sobrenatural, porém ele nunca teve coragem alguma de informar aos seus pais sobre essa peculiaridade, o medo o consumia e era insuportavelmente irritante para ele, apesar de ter somente 8 anos de idade, George costumava a pensar como um homem adulto de 38 anos para mais, e daí vinha o medo, pois por ser inteligente o suficiente sabia que ao contar, haveria a provável possibilidade de seus pais, ou de qualquer outra pessoa, de o internarem em algum hospital psiquiátrico, evitando que isso se torna-se fato, guardava esse conhecimento para si próprio, pois vinha crendo com o passar do tempo que isso era mais do que real, mal sabia ele que isso seria o menor de seus problemas...
 
1987, inverno. George se encontra no mais puro tédio, seus livros não chamavam mais a sua atenção como antigamente, e até seu estimado amigo Leonard estava ausente da presença dele devido a problemas familiares, e de distância.
 
Bruce e Jennifer sabem das dificuldades de seu filho em socializar, e com isso ficam conflitantes em ideias, para animar o garoto. Como não havia nada para se fazer devido às férias de sua escola, e a  falta de amigo para conversar, George entra num mundo totalmente só dele após cair no sono, um mundo invertido, onde as raças dominantes desse mundo nada mais eram do que robôs junto há diversas espécies de animais, muitas até mesmo desconhecidas pela ciência humana. Para chegar lá, ele passa por um misterioso buraco de minhoca, aparentemente esse buraco seria uma caverna "normal" no meio de uma intensa floresta sombria e silenciosa, e em seguida se encontra com um castor, que além de ficar seguindo ele pela floresta, também conseguia se comunicar com George, ele então se pergunta se está alucinando, grita e chega a fechar os olhos e a contar até dez, muito assustado e confuso, pois aquilo estava real demais, ao abrir os olhos de novo se acalma ao perceber que ainda estava em sua cama macia e confortável.
 
George então reflete sozinho em seu quarto no meio da madrugada "não irei mais imaginar nada! Nunca mais." algo difícil de se realizar, ainda mais nessa idade onde a mente humana é um solo muito fértil para ideias e principalmente, em relação a imaginações. O futuro do menino, estava muito longe do livre-arbítrio, pois o destino dele, já estava mais do que traçado.
 
1988, outono. Bruce mais Jennifer começam a dialogar de novo, o tema do assunto como sempre, é o George. Jeniffer é uma mãe muito protetora, já  Bruce, é o típico pai que sonha em ver o filho se tornar um grande homem na vida, ele almeja que George tenha a sua própria independência.
 
Após muito diálogo, eles então decidem surpreender com um presente o filho deles, afinal ele ainda possui somente 9 anos, e ao mesmo tempo com esse presente também lhe dar, um companheiro, para assim exterminar a solidão do menino de vez!. Mais tarde naquele mesmo dia às 18:30, a imaginação se torna uma realização, George ganha de presente de seus pais um castor, ele surpreso e confuso ao mesmo tempo, comemora muito! e fica sem palavras por tamanha emoção. Mais tarde ainda, no mesmo exato dia, ele sozinho no seu quarto com o castor, se questiona sobre a possibilidade do castor ter o dom da fala, após muita reflexão decide dormir. Ao sentir ventos fortes e sensações inexplicáveis, George abre os olhos e se depara novamente com a floresta e a caverna, uma sensação de pânico imediatamente  começa a consumi-lo, mas se encerra após ele testemunhar o castor em sua frente, sem medo George inicia uma conversa com ele.
 
– Então é você? Hummm... Eu não esperava que fosse tão pequeno menino.
– Do que você está falando? Isso tudo não passa de um sonho bobo e repetitivo!
 
– Quem dera isso fosse apenas um mero sonho garoto.
 
George acorda, olha a sua esquerda e se depara com o seu castor, fica pensativo por um breve momento, e em seguida volta a dormir. O então castor daquela curiosa terra diz "o sonho, só está começando".

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