On Rain 言葉の庭

canela e cítricos

Andar de metrô pode ser ser estressante para algumas pessoas, mas não para mim.Colocar fones de ouvido e ouvir músicas que eu gosto é melhor que qualquer terapia existente, sem dúvidas.

Vejo meu reflexo na janela do metrô, meu cabelo está estranho, tenho que arrumar o corte e talvez a cor, minha escola não é rígida em relação à cor de cabelo,penso que eu poderia fazer algumas luzes na ponta, ainda não sei.

Eu consegui o emprego que tanto precisava,foi fácil na verdade meu irmão deu uma mãozinha na indicação, não é a melhor coisa do mundo, mas o suficiente para ajudar meu irmão com as contas de casa e juntar algumas economias já que a mamãe não se importar com isso.

Hoje inclusive tenho que ir para lá.

Ajudar a servir algumas mesas e tirar o lixo não é tão pesado assim já que é apenas de meio período durante a noite e o salário não é dos piores, consigo gerenciar tudo e ainda ter tempo para minhas tintas nos finais de semana.

Fiz um amigo, eu acho, talvez, seu nome é Jimin, em relação ao trabalho, ainda vou decorar tudo direito mas dou conta.

Escutei o som dizendo que minha parada chegou, não gostaria de estar indo para escola hoje, mas é a única coisa que me resta já que hoje fará dois dias que não chove.

A escola me traz um desânimo horrível, e hoje terei que ficar até mais tarde já que acabei faltando inúmeras vezes, vou fazer aulas extras para compensar e hoje também é meu dia na limpeza.

Minha mente viajava, eu olho o céu acinzentado e torço para que amanhã chova para vê-lo mais uma vez, por incrível que pareça eu queria poder ver o rosto de Taehyung mais vezes ele me trás sentimentos mas eu não tenho certeza.Nunca tive esse tipo de contato e sentir esses sentimentos por alguém.

Penso que é um pouco estranho eu sentir esse sentimento bobo por um desconhecido, eu sei apenas seu nome, e o máximo que fazemos é trocar poucas palavras.

Recentemente coloquei meu nome na lista para o vestibular de artes de Seul, não contei para Seokjin, porque não quero criar falsas expectativas em casa, mas estou muito ansioso.

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Acordo com um leve incômodo entre as cobertas, empurrei com o pé de leve e ouvi um barulho de algo batendo no chão, olhei meu celular estatelado no chão. Mal acordei e já tem essa.

Como de automático vejo a janela, e para minha alegria estava com respingos. Não acredito.

Passe pela cozinha como um raio, vi minha mãe jogada no sofá a dormir como sempre e passei direto como se não estivesse ninguém ali e fechei a porta com rapidez,sai a andar pela chuva com meu guarda-chuva transparente de sempre.

Aquele sentimento tão leve.

Após o longo trajeto lá estava ele, com calças xadrez marrom escura e blusa de moletom em um castanho claro, sentado com seu guarda-chuva transparente em um tom meio lilás apoiando em seus pés e com pernas cruzadas olhando o telhado do lugar, segurando um cigarro com uma das mãos apoiadas para fora do banco para que as cinzas caisem para fora do local.

Quando seus olhos pairam sobre mim, abre um sorriso de lateral.

— Quanto tempo… Eu senti sua falta, sabia que viria hoje — sorriu vitorioso.

Passei para baixo da pequena cobertura e deixei meu guarda-chuva fechado encostando no banco.Foi apenas um dia e meio.

— Sabe também senti.

Ele sorri bonito.Seus dentes têm um tom amarelado, mas isso não me fez perder o foco de quão lindo era seu sorriso, e muito sincero.

Nossa relação não é de amigos, mas eu gosto da sua presença, e sinto que ele também gosta da minha, tem um clima de conforto porquê eu não tenho necessidade de falar, são as palavras saem naturalmente.