capítulo único

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Os sons de canhões e tiros ecoavam no oceano da segunda metade da Grand Line, pouco depois da entrada para o Novo Mundo. Os piratas do Barba Branca se moviam para defender o Moby Dick das enormes balas de canhão que se aproximavam a bombordo.

Vista, Blamenco e Rakuyo estavam na proa do gigantesco navio baleia desviando as bolas de ferro que eram lançadas pelos canhões inimigos, enquanto os demais comandantes lutavam contra os piratas que tentavam invadir o Moby Dick.

-Esses novatos tem muita coragem, mal saíram do Paraíso e querem nos enfrentar-yoi - comentou Marco voando em sua forma híbrida e acertando alguns tripulantes inimigos com suas garras afiadas os derrubando no mar.

-Quem não quer um pouco de emoção ao chegar ao Novo Mundo? - disse Thatch acertando sua espada e cortando a pele de alguns tantos tripulantes que cairam no chão gritando de dor.

Izou atirou com suas pistolas nas coxas de outros dez piratas da embarcação razoavelmente grande. Barba Branca ficava em sua cadeira observando seus filhos lutarem bravamente contra os novatos.

Em poucos minutos o massacre se findou, afinal, era óbvia a diferença gritante de força entre os piratas do Barba Branca e a tripulação de novatos. O capitão mais novo se arrastou para perto da proa tentando de alguma forma fugir, suas pernas doiam pelos tiros e sua pele ardia pelos terríveis cortes.

-P-por favor, tenham piedade, eu faço qualquer coisa, e-eu podem levar nossos tesouros, não temos muitos, apenas aquele baú - falou o capitão trêmulo apontando para o baú de madeira próximo a porta de entrada do navio.

-Vocês ainda têm muito o que aprender antes de enfrentar o Oyaji-yoi - afirmou Marco pegando o baú com suas garras e voando de volta para o Moby Dick.

Os demais filhos do Barba Branca retornaram logo em seguida para o navio baleia e voltaram para o rumo em direção a ilha de protetorado mais próxima onde reabasteceriam os mantimentos para seguirem jornada.

-Abre esse baú, Marco, vamos ver o que de valioso tem ai - disse Haruta se aproximando do comandante da primeira divisão em sua forma humana.

-Pode ser algum truque dos novatos, temos que tomar cuidado-yoi - advertiu Marco inspecionando o baú.

-Abra-te, Césamo - anunciou Thatch utilizando a lâmina de sua espada para abrir com maestria o baú de madeira - e aqui o incrível tesouro... Que isso?

-Eu disse para tomar cuidado, não para sair abrindo o baú-yoi - o loiro olhou para dentro do baú franzindo o cenho para o objeto entre dourado e marrom.

-Isso parece um bule de chá - comentou Thatch olhando o objeto mais de perto.

-Eu acho que é um regador - afirmou Haruta também observando com atenção.

-Isso é uma lâmpada de gênio - comentou Izou pegando o objeto de latão que possuia boa parte do metal oxidado e marrom, além de ter algumas marcas que deveriam ter sido preenchidas por pedras em tempos atrás.

-Um gênio? Tipo aquele da akuma no mi do Daifuku?

-Pode ser um pouco diferente, mas a ideia é a mesma, Thatch.

-O que a gente faz com ela? - perguntou Jozu.

-A gente deveria esfregá-la para ver o gênio - sugeriu Haruta pegando a lâmpada em suas mãos.

-Não façam isso, vocês não sabem que tipo de gênio tem ai e nem se... - antes que o comandante da primeira divisão pudesse dar seu aviso sobre os perigos que envolviam um gênio, Haruta e Thatch já estavam esfregando a lâmpada empolgados.

De repente uma fumaça esbranquiçada começou a sair da ponta da lâmpada, a fumaça foi aumentando e aumentando até que se tornasse uma forma humana que aos poucos foi ganhando cor e deixando de ser fumaça, restando apenas um rapaz de cabelos negros de comprimento mediano, diversas sardas espalhadas pelo rosto, usando um chapéu de cowboy, uma bermuda e um par de botas, além de um colar de bolinhas avermelhadas e reluzentes.

o gênio e os 16 piratasOnde histórias criam vida. Descubra agora