Depois que tudo se apagou, eu não lembro de mais nada, acordei em um quarto de hospital, meu pai sentado em uma poutrona no canto da sala, e a unica coisa que eu consegui dizer foi.
- Pai, eu não quero estar aqui, eu simplesmente não aguento mais a minha vida... Me desculpa por estar te fazendo passar por isso.
Ele levantou assustado e a unica coisa que eu consegui notar foi as lágrimas descendo dos olhos dele. Eu sei que eu o magoei, mas eu não podia guardar para mim, eu não podia mais mentir, e nem fingir que estava tudo bem, porque não estava.
Ele então só veio até mim e me abraçou.
...
Depois disso ele e a minha mãe se separaram, na real eles já nem mais estavam juntos, minha mãe é modelo e tem uma agencia, a maior parte do tempo dela ela está viajando e quase nunca está em casa, sempre que ela volta para casa eles brigam, e ela finje que estava com saudades de mim e tenta passar uns 2 dias comigo, é sempre a mesma coisa, meu pai é Médico, um médico muito bom para falar a verdade, ele é bem ocupado, mas mesmo assim sempre passa a maior parte do tempo dele comigo, ele sabia mais ou menos oque eu passo/passava, e sempre estava cuidando de mim, me dando os remédios, me levando na psicóloga, eu amo ele, ele era o motivo de eu não ter desistido antes, quando eu tentei me matar, a dor que eu estava sentindo estava tão grande, que eu simplesmente não me lembrei do motivo de ainda estar resistindo para continuar viva.
Depois de tudo estar relativamente "bem" ele decidiu que o melhor era a gente se mudar, eu concordei, morar aqui me sufoca.
A gente se mudou para a Inglaterra, e minha mãe se mudou de vez para Nova York, eu gosto dela, mas eu amo meu pai, é ele que está sempre comigo, não ela.
Meu pai conseguiu um emprego logo que chegamos á inglaterra, eu e ele, decidimos juntos, que o melhor para mim era fica em uma clínica de reabilitação, eu fiquei nela uns 3 meses, meu pai sempre ia me visitar, e eu estava bem, é eu consegui ficar bem.
Eu conheci algumas pessoas lá, que me ajudaram muito, todos estavam passando por mais ou menos a mesma coisa, e a gente se ajudava, eu não emagreci de imediato, mas me aceitei, eu aprendi que para ser bonita não precisava estar magra, nem ter o corpo e a beleza "padrão", você só precisa ser você mesma e se aceitar.
Depois que eu sai da clínica, eu voltei a morar com o meu pai, o emprego dele na Inglaterra era muito bom, e ele ganhava bem, eu não diria que a gente é rico, ainda não somos, mas a gente tem dinheiro.
Eu comecei a ir ao nutricionista, e fazer exercícios, correr, fazer academia.
Comecei a andar de skate também.
Minha escola lá era boa, e ninguém rebaixava ninguém, eramos todos "iguais" mas diferentes.
Eu consegui fazer alguns amigos.
A maioria eram colegas na verdade, depois do ocorrido eu não conseguia confiar muito nas pessoas, eu conversava com elas, mas eu não contava quase nada sobre mim, eu estava uma garota seca, e impenetrável, ficava com alguns garotos, mas não deixava eles entrarem 100% na minha vida, sempre me afastava antes de rolar algo sério como namoro.
A unica pessoa em que eu contava tudo, tudo mesmo, era o meu pai, era até engraçado, quando eu contava dos garotos que eu ficava, ele ficava bravo e rindo ao mesmo tempo, e sempre dizia que tinha dó dos garotos que achavam que eu iria ficar com só um eles.
Depois de um tempo eu consegui emagrecer, eu estava treinando bastante, e comendo bem, nada de tranqueiras, mas importante mesmo era que eu estava feliz, comigo, com o meu corpo, eu estava me sentindo bonita, claro que as vezes batia a insegurança e eu ficava mal, mas meu pai cuidava de mim como se eu fosse um copo de vidro, daqueles bem fininhos e fragil. Eu ainda tomo remédios para ansiedade, e preciso passar na psicóloga pelo menos uma vez por mês, mas eu estou bem.
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¬ A Mia passou por muita coisa, mas relaxem que ela vai ser muito feliz.💖
¬ Eu ja disse que estou puta com o Jaden? Como ele fez isso com o Josh caraaaa.
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