One-shot

17 2 8
                                    

Arranha-céus com mais de mil metros, carros e hyperloop voadores, mochilas a jato, o que já é mais comum, robôs ajudantes, que fazem tudo e são personalizados para cada pessoa de acordo com suas características, lentes de contato avatares, casas totalmente conectadas aos chips instalados nos humanos, impressoras 3D e muito mais. Esse é o mundo em que estou vivendo.

Não sendo um mundo tão bom de se viver, estamos preparados para acontecer o apocalipse, e poucas pessoas estão sendo selecionadas para se salvarem deste mundo cruel. Pessoas, como eu digo, boas estão sendo salvas e indo para uma nave espacial preparada com tudo que seres humanos precisão, como comidas mais saudáveis, salas onde haverá menos tipo de tecnologia para mais interação social, dormitórios onde são separadas por gênero, sala, cozinha, sala de jogos clássicos, que estão lado a lado e um jardim onde representa a natureza.

Felizmente estou saindo deste mundo, as pessoas daqui não são mais tão felizes como eram antigamente, são mais arrogantes, ignorantes, insatisfeito, sempre querendo mais tecnologia para não ter que fazer nada, preguiçosos, perversos, desumanos e muitos mais. Recebemos comida em casa, não precisamos sair para trabalhar, não temos mais internet, sendo bem mais livre, dificilmente saímos de casa, compramos tudo pela "internet", não aproveitamos os momentos mais.

Estou na janela do meu apartamento observando a grande cidade de Manila. Com a grande janela um pouco aberta deixando o frio entrar, usando uma calça jeans, um suéter e um sobre tudo por cima. Com 1,81 de altura, cabelos negros e pele branca. Me chamo Rhuan estou com 26 anos e preparado para ir para o espaço, começar uma nova vida.

Recebo uma ligação, atendo. Pego minhas malas, com a ajuda do Cyhan, meu robô, levamos minhas coisas até o elevador, pessoas dentro do elevador me olham com curiosidade, mas só prossigo meu caminho. Chegando no térreo pego minhas malas e me despeço do Cyhan e vou de patinete até o porto espacial.

"Que bom que você chegou" a primeira coisa que escuto foi do nosso chefe Lee. Vi várias pessoas diferentes de mim, mas aparentavam ter a mesma idade, pessoas de outros países, olhos puxados, negros, brancos, olhos coloridos. Essas pessoas são bonitas, e parecem ser simples. Posso dizer que tem um casal de cada "tipo", em torno de uns 5 casais.

Já sei o que vai acontecer, todos devem saber. Lee fala algumas coisas, como se fossem as regras, não entendo muito bem pois estava muito chocado com tudo que está acontecendo. As pessoas que estavam ali começaram a subir nas pequenas naves que nos levariam até a maior, sigo-os. Adentro na nave, coloco minha mala com as outras e me sento com os outros.

Sentindo a Nave dar partida, coloco em minha playlist e tento relaxar. Com meus olhos fechados sinto um leve frio na barriga, mas ignoro. Não queria que as outras pessoas morressem, elas merecem o pior, mas não a morte.

Abro lentamente meus olhos, dando de cara com uma menina, ela me olhava curiosa, não dou bola e olho para os lados. Nada de mais, só tecnologias, mas é comum.

Chegamos, depois de 5 horas. Eles estão sentados, comendo, mas as comidas são diferentes, são saudáveis. Estou na janela observando nosso planeta, a Terra, está sendo destruído, não estamos muito longe dele, então conseguimos observa-lo. Sinto tristeza, imagino as pessoas lá, sofrendo e tentando fugir, tentando sobreviver. Saio da janela, tentando não imaginar mais. Me sento no sofá e novamente a playlist está sendo tocada, como podem ver não sou muito social.

Decorei alguns nomes; a menina que me observava se chama Laila, ela é brasileira, olhos verdes, cabelos castanhos e cacheados. Temos um americano que se chama Noah, loiro, musculoso, olhos azuis, mas sua pele é mais escura, mais praiana, o típico americano. Temos a Thanh, pele morena, cabelos morenos, ela é tailandesa, seus olhos puxados só realçam sua beleza. O Jae é coreano, intelectual, o do contra, mas uma pessoa maravilhosa, amante de comedia, mas na hora do trabalho é sério, até demais. Temos o

"Nosso novo planeta está pronto, chegaremos em breve" diz Lee entrando na sala. Já tinha se passado uma semana, o planeta Terra já tinha sido destruído, estava avermelhado, como vênus. Quando robôs chegaram aqui, foram desligados e guardados e as outras tecnologias foram totalmente eliminadas, com certeza vamos voltar para os anos 90, eu adoro essa década. Laila está feliz, fala que vamos melhorar o mundo. Acredito que nossos sucessores vão destruí-lo, como fizemos no nosso antigo planeta. Não temos o que fazer.

"Vamos começar novamente, vamos educar nossos filhos da maneira certa. Vai dar tudo certo". Dizia Laila confiantemente. Ainda tenho minhas dúvidas, mas só vivendo para saber. Vamos viver o recomeço. 

🎉 Você terminou a leitura de Recomeço- crônica, cyberpunk {capitulo unico} 🎉
Recomeço- crônica, cyberpunk {capitulo unico}Onde histórias criam vida. Descubra agora