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Chegando no escritório de Stansfield o cara que usa rastafári fez eu me sentar em uma cadeira e pegou o saco da minha mão, Stansfield não estava lá e isso me aliviou um pouco mas eu ainda estava com medo de estar sozinha com dois caras no escritório, fazia eu pensar coisas horríveis que poderia ocorrer comigo.

Ele senta em uma cadeira giratória e coloca o saco sobre a mesa  abrindo o mesmo. O cara que estava do outro lado da sala sentado com os pés na mesa não parava de me encarar e isso fazia eu ficar com um pressentimento muito ruin.

- Vejamos... uma nove milímetros, balas e outra nove milímetros. - coloca tudo sobre a mesa e senta na cadeira me olhando divertido. - O que você queria fazer com todas essas armas? -

  - Talvez estivesse pretendendo matar todos no prédio. - o homem do outro lado da sala fala me encarando.

- O que nós temos aqui? - vasculha o saco novamente. - Hmmm, comida tailandesa. -

- Cuidado, pode está envenenado. - o outro homem chama sua atenção.

- Que nada, tem anchovas aqui. - diz e leva o alimento a boca começando a mastigar.

Nesse momento a porta do escritório é aberta brutalmente revelando Billie, ela não dá tempo e dá um tiro na cabeça de um e faz a mesma coisa com o outro fazendo os dois caírem no chão.

Me levanto da cadeira e corro em sua direção. Billie abre os braços e me jogo nela abraçando seu pescoço, ela faz o mesmo abraçando fortemente minha cintura me apertando contra ela.

Billie afunda seu rosto no meu pescoço respirando profundamente como se sentisse saudade.

- Eu te amo, Ayla. - sussurra perto da minha orelha e sorrio com essas três palavras ditas a mim, me sentindo confortável de estar assim com ela.

- Também te amo, Billie. - digo e beijo sua bochecha, me afasto um pouco para olhar em seus olhos e Billie pega em meu rosto como se tivesse desesperada procurando algo nele.

- Fizeram alguma coisa com você? Você está bem? Te machucaram? - faz várias perguntas virando meu rosto de um lado para o outro pegando em meus braços para ver se eu não tinha me machucado.

- Ei Billie,  eu estou bem. - pego em seu rosto fazendo ela parar e olhar pra mim. - Estou melhor agora que você está aqui. -  falo sorrindo e ela sorri também.

- Vamos embora. - diz pegando na minha mão e me levando para fora do prédio.

- Desde quando esse taxi ta parado aqui na frente? - questiono a ela entrando no banco de trás do carro.

- Desde que eu saí dele pra salvar sua vida? -

Sorri sentando do meu lado e fechando a porta do carro.

[...]

Fiquei olhando o calendário na cozinha enquanto Billie tomava banho,  e percebi que hoje era meu aniversário, eu nem me lembrava mais que eu fazia aniversário... bom,  pelo menos hoje eu tô completando dezesseis anos. Tô nem aí.

Vou até a janela da sala para ver como está o tempo lá fora, abro a cortina e olho para o céu escuro vendo algumas estrelas brilhando, coloco minha mão no vidro sentindo ele gelado e vejo algumas gotas de chuva batendo nos mesmo.

Sinto a presença de alguém atrás de mim e viro meu rosto devagar, encontro o rosto de Billie que me olhava de maneira serena, ela se aproxima da janela e olha pra cima.

Billie estava usando uma regata preta justa que fazia seus seios realçarem, acompanhado de um short moletom da mesma cor que ia até seus joelhos. Seu perfume exalava perto de mim, me dava vontade de atacar seu pescoço mas me segurava para não fazer isso.

No time to die ▪ Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora